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Hoje na História

Hoje na História: 1961 - morre o escritor e jornalista norte-americano Ernest Hemingway

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Autor de clássicos como 'O Velho e o Mar' e 'Por Quem os Sinos Dobram', norte-americano conquistou o Prêmio Nobel de Literatura de 1954

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2022-07-02T19:50:00.000Z

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Na manhã do dia 2 de julho de 1961, o consagrado escritor e jornalista Ernest Hemingway comete suicídio em sua casa de Ketchum, nos Estados Unidos. Sua concisão e ironia, além de sua vida de aventuras, influenciaram a ficção do século XX. 

A maior parte de sua obra foi produzida entre meados dos anos 1920 e 1950. Conquistou o Prêmio Nobel de Literatura em 1954.

Nasceu em 21 de julho de 1899, em Oak Park, Illinois. Clarence e Grace Hemingway criaram seu filho neste subúrbio de classe média de Chicago. No colégio, Hemingway trabalhou no jornal da escola, Trapeze and Tabula, escrevendo inicialmente sobre esportes. Logo depois de formado, o então foca passou a colaborar no Kansas City Star, ganhando a experiência que, mais tarde, marcaria seu estilo despojado.

“No Star fui obrigado a aprender a escrever uma simples sentença afirmativa. Isto é útil para qualquer um. O jornalismo não prejudicará um jovem escritor e pode até ajudá-lo se souber cair fora a tempo”, dizia.

Em 1918, serviu na Primeira Guerra Mundial como motorista de ambulância no exército italiano. Por seus serviços, foi contemplado com a Medalha de Prata por Bravura. Pouco depois, sofreu ferimentos em batalhas que o levaram a um hospital de Milão.

Lá conheceu uma enfermeira, Agnes von Kurowsky, que aceitou seu pedido de casamento, mas o deixou, mais tarde, por outro homem. O episódio arrasou o jovem escritor. No entanto, inspirou-o na criação da heroína do famoso Adeus às Armas (1929).

Ainda cuidando dos ferimentos e se recuperando das brutalidades da guerra, retornou aos Estados Unidos, no norte de Michigan, onde conseguiu emprego no Toronto Star. Foi em Chicago que Hemingway conheceu Hadley Richardson, que se tornaria sua primeira mulher. O casal muda-se para Paris, onde trabalhou como correspondente do Star.

Lá passou a ser figura importante do famoso grupo que Gertrude Stein chamou de “Geração Perdida”. Como Stein, escritora, poeta e colecionadora de arte, era sua mentora, travou conhecimento com grandes escritores e artistas de sua geração como Scott Fitzgerald, Ezra Pound, Pablo Picasso, James Joyce, Guillaume Apolinaire e Henry Matisse. 

Em 1923, Hemingway e Hadley tiveram um filho. Nessa época, Hemingway começa a frequentar o célebre Festival de San Fermin, em Pamplona, Espanha.

Em 1925, o casal viaja ao festival que lhe proporcionaria material para o seu primeiro romance, O Sol Também Se Levanta. Esse livro é amplamente considerado como a maior obra de Hemingway, em que engenhosamente trata da desilusão de sua geração no pós-guerra.

Logo depois da publicação do livro, Hemingway e Hadley se divorciam, devido ao seu caso com Pauline Pfeiffer, que se tornaria sua segunda mulher. O autor finaliza nesse período seu livro de contos Men Without Women. Pauline fica grávida e o casal decide voltar para os Estados Unidos. Após o nascimento do filho Patrick, em 1928, estabelecem-se em Key West, Florida. 

Hemingway termina seu celebrado romance sobre a Primeira Guerra Mundial, Adeus às Armas, assegurando-lhe um lugar duradouro na literatura universal.

Wikimedia Commons
Escritor e jornalista Ernest Hemingway comete suicídio na manhã de 2 de julho de 1961

Nos anos 1930, quando não estava escrevendo, passou o tempo em busca de caçadas na África, corridas de touros na Espanha e pesca em águas profundas na Flórida. Cobrindo a Guerra Civil espanhola, em 1937, conheceu a colega correspondente de guerra, Martha Gellhorn, que viria a ser sua terceira mulher.  Reúne material para o seu romance Por Quem os Sinos Dobram, com o qual seria indicado para o Prêmio Pulitzer.

Gellhorn e Hemingway casam-se e adquirem um terreno nos arredores de Havana, Cuba, que serviria como sua residência de inverno. Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, em 1941, serviu como correspondente e esteve presente em alguns momentos cruciais, inclusive no desembarque do Dia D, na Normandia. No final da guerra, encontra-se com outra correspondente de guerra, Mary Welsh, que viria a ser sua quarta mulher.

Em 1951, escreve O Velho e o Mar, que se tornaria talvez sua obra mais conhecida, granjeando-lhe o Prêmio Pulitzer que há muito lhe vinha sendo negado. Em 1954, ganha o Prêmio Nobel de Literatura. No auge de sua carreira literária, o corpo e a mente de Hemingway começam a criar-lhe problemas. Tentando recuperar-se de antigos ferimentos e de vastas bebedeiras em Cuba, passa a sofrer de depressão, hipertensão e cirrose no fígado.

Escreve Paris É Uma Festa, memória de seus anos na capital francesa. Recolhe-se permanentemente em Idaho, onde prossegue em sua luta contra a deterioração de suas condições físicas e mentais. Hemingway deixou um impressionante acervo de obras e um estilo peculiar que continua influenciando escritores até os nossos dias. 

Sua personalidade marcante e a constante busca de aventura fizeram esta imagem ombrear-se com o seu enorme talento criativo.


Também nesse dia:

1778 - Morre Jean-Jacques Rousseau, filósofo que inspirou a Revolução Francesa
1839 - Negros rebelam-se na escuna Amistad
1900 - É realizado o primeiro voo de um balão dirigivel pilotado pelo general Ferdinand von Zeppelin
2000 - Eleições presidenciais históricas no México. O PRI perde o governo após 71 anos de hegemonia

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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Saúde

OMS alerta para transmissão da varíola dos macacos de humanos para animais

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Ciência registra primeiro caso de infecção de homem para cachorro, soando alerta da organização internacional

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T19:55:00.000Z

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um alerta nesta quarta-feira (17/08) para que os infectados com varíola dos macacos evitem expor animais ao vírus, após o relato do primeiro caso de transmissão de humanos para um cachorro.

O caso envolvendo dois homens e um cão da raça galgo italiano, que vivem juntos na mesma residência, foi registrado em Paris, na França, e descrito na revista médica The Lancet.

"Este é o primeiro registro de transmissão de humano para animal [...] e acreditamos que seja o primeiro exemplo de um canino sendo infectado", afirmou Rosamund Lewis, diretora técnica da OMS para varíola dos macacos.

Segundo a diretora, especialistas já estavam cientes do risco teórico da possibilidade desse tipo de transmissão, e agências públicas de saúde já haviam lançado apelos para que infectados isolassem seus pets.

Além disso, diz Lewis, o manejo adequado do lixo é fundamental para diminuir o risco de contaminação de roedores e outros animais externos. Segundo ela, é vital que as pessoas saibam como proteger seus animais de estimação, assim como manejar corretamente o lixo, "de maneira que os animais, em geral, não sejam expostos ao vírus".

Mutações

Quando os vírus conseguem "pular" a barreira das espécies, surgem preocupações de que possam passar por mutações em sentidos mais perigosos.

NIAID/AP/picture alliance
Cientistas temem que o vírus da varíola dos macacos, ao se transportar para espécies diferentes, possa sofrer mutações

Lewis ressaltou que, até o momento, não há registros de que isso esteja ocorrendo, mas reconheceu que "certamente, tão logo o vírus se transporte para um ambiente e uma população diferente, existe, obviamente, a possibilidade de que venha a se desenvolver e se desenvolver de maneira diferente".

Para ela, a preocupação maior gira em torno dos animais externos ao ambiente doméstico.

"A situação mais perigosa [...] seria aquela na qual o vírus consegue se movimentar em uma população de pequenos mamíferos com alta densidade de animais", afirmou o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.

Segundo ele, as infecções de um animal a vários outros poderiam gerar uma rápida evolução do vírus.

Ryan, entretanto, considera que não há grandes preocupações quanto aos animais domésticos. Ele minimizou a possibilidade de evolução do vírus em um único animal e disse que os pets não estão em risco.

Mais de 35 mil casos no mundo

A varíola dos macacos recebeu esse nome por ter sido inicialmente identificada em primatas utilizados em pesquisas científicas na Dinamarca, em 1958. No entanto, o vírus é encontrado em uma variedade de animais, com frequência maior nos roedores.

A doença foi detectada em humanos pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo, e se espalhou para outras nações na África Central e Ocidental.

Em maio, as infecções começaram a se espalhar com rapidez pelo mundo. Mais de 36 mil casos da varíola dos macacos já foram confirmados em 92 países desde o início do ano, com 12 mortes registradas, segundo dados da OMS. A entidade classificou a doença como uma emergência global de saúde.

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