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Hoje na História

Hoje na História: 1924 - Morre Lenin, o líder da Revolução Russa

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Teórico político e homem de ação, Lenin foi o primeiro dos herdeiros de Marx a conduzir uma revolução até a vitória, lançando as bases do sistema soviético

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-01-21T16:23:00.000Z

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Em 21 de janeiro de 1924, morreu aos 53 anos o líder da revolução bolchevique, Vladímir Ílitch Ulianov, ou Lenin. O revolucionário já estava semiparalisado devido a sucessivos acidentes vasculares e, aos poucos, foi obrigado a renunciar ao exercício do poder. Mas teve tempo de instalar a ditadura do proletariado após o triunfo da Revolução de Outubro. Sua morte, devido a uma hemorragia generalizada, provocou intensa comoção popular. O funeral de Lenin foi assistido por 1 milhão de pessoas sob o rigoroso inverno russo. 

Teórico político e homem de ação, Lenin foi o primeiro dos herdeiros de Marx a conduzir uma revolução até a vitória, lançando as bases do sistema soviético. Combinando uma reflexão teórica original e uma visão de organização centralizada e disciplinada, foi considerado por seus contemporâneos como o verdadeiro pai da revolução bolchevique. Os opositores também consideram o russo como a origem do sistema de repressão e supressão das liberdades individuais na União Soviética. 

Influenciado desde muito cedo pela leitura da obra de Karl Marx, O Capital, Lenin radicalizou sua posição com a execução de seu irmão mais velho, Aleksandr, por conspirar contra o czar Alexandre III, em 1887. Profundo e ardoroso intelectual, Lenin associou os princípios do marxismo diretamente à sua própria teoria de organização política e a análise da realidade russa, imaginando um grupo de elite de revolucionários profissionais - ou “vanguarda do proletariado” -, que inicialmente conduziriam as massas russas à vitória sobre o regime czarista e depois provocar uma revolução mundial. 

Ele expôs essa teoria em sua famosa obra O que fazer?, em 1902. A insistência de Lenin na necessidade desta vanguarda acabou por dividir o Partido Social Democrata russo em dois. Uma ligeira maioria passou a ser conhecida como bolchevique, que pregava a revolução, e seus oponentes, os mencheviques, que defendiam as reformas graduais. 

Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, Lenin, que então vivia na Suíça, instou seus partidários na Rússia a reverter o conflito interimperialista numa guerra civil capaz de livrar as classes trabalhadoras do jugo da burguesia e da monarquia. 

Wikimedia Commons
Teórico político e homem de ação, Lenin foi o primeiro dos herdeiros de Marx a conduzir uma revolução até a vitória

Com o sucesso da Revolução de Fevereiro de 1917 com a abdicação do czar Nicolau II, Lenin retornou clandestinamente à Rússia e trata de organizar a tomada do poder pelos bolcheviques, o que ocorreria em outubro do mesmo ano.

Ao chegar ao poder, Lenin buscou um armistício imediato com as Potências Centrais (Alemanha, Áustria e Turquia) e agiu rapidamente para consolidar o poder do novo Estado soviético, sob o controle do que passou a ser o Partido Comunista bolchevique. Para tanto, os “vermelhos” (revolucionários) tiveram de derrotar os “brancos” (reacionários) em uma feroz luta e repelir a invasão de 13 potências estrangeiras. 

Em seus seisanos de poder, Lenin enfrentou extremas dificuldades para implementar sua visão de Estado dentro das fronteiras, assim como materializar a revolução internacional. Lenin e o Politburo, que incluía Trotsky, seu fiel seguidor durante a guerra civil, e Josef Stalin, o Secretário-Geral do Partido Comunista, cuidaram de esmagar toda a oposição às políticas proclamadas na constituição da nova União Soviética. 

Lenin sofreu um primeiro derrame em maio de 1922. O segundo, mais violento, ocorreu em maio do ano seguinte, deixando-o quase sem fala e praticamente encerrando sua carreira política. 

Quando Lenin morre, em janeiro de 1924, em sua casa de campo em Gorki, o Politburo, em meio à comoção geral, preparou exéquias excepcionais. Stalin envia um telegrama a Trotsky, que estava ausente de Moscou, comunicando a morte de Lenin. Trotsky, no entanto, não consegue chegar a tempo no funeral. Havia três versões para a ausência de Trotsky: estaria em descanso no sul da Rússia; em tratamento de saúde; a serviço, a bordo de um trem militar. Trotsky telefona para Stalin e perguntou quando seriam os funerais. Stalin respondeu que seria no sábado e que Trotsky não chegaria a tempo. Deste modo, o aconselhou a seguir o tratamento de saúde. As cerimônias ocorreram no domingo. Stalin foi o único orador ao lado do caixão mortuário. O povo e os camaradas do partido interpretaram a cena: Stalin transformara-se no herdeiro de Lenin. 


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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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