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Hoje na História

Hoje na História: 1873 – Morre Luis Napoleão Bonaparte, conhecido como Napoleão III

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Primeiro presidente francês eleito por sufrágio, comandou um golpe de Estado e se fez proclamar imperador em 1852, adotando o título real de Napoleão III

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2022-01-09T18:31:00.000Z

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Luis Napoleão Bonaparte, sobrinho de Napoleão Bonaparte, o primeiro presidente da República francesa eleito por sufrágio universal, morre no exílio em 9 de janeiro de 1873, em Chislehust, Inglaterra. Comandou um golpe de Estado e se fez proclamar imperador em 2 de dezembro de 1852, adotando o título real de Napoleão III, estando reservado o título de Napoleão II ao filho de Napoleão, quem jamais reinou. 

A sociedade francesa se transformou sob o Segundo Império mais rapidamente do que qualquer outro período de sua história. Foi nessa época que completou sua revolução industrial. 

O imperador assina um tratado de livre-comércio com o Reino Unido. Instituiu também uma união monetária que englobou até a Primeira Guerra Mundial diversos países. Aprovou o direito de greve aos trabalhadores e deu novo impulso à instrução pública, além deter conduzido a reforma urbana de Paris em conjunto com o prefeito Georges Haussmann.

Entretanto, o imperador, desejoso de fazer prevalecer na Europa o “princípio das nacionalidades", leva a cabo uma diplomacia confusa. Envolve-se com os ingleses na Guerra da Crimeia; socorre os cristãos do Oriente; passa por graves contratempos no México e na Itália. 

Debilitado pela doença e pressionado pela opinião pública, desencadeia uma guerra desastrosa contra a Prússia e outros Estados alemães que lhe iria custar o trono. 

Nascido em 20 de abril de 1808 em Paris, era o terceiro filho de Luis Bonaparte, irmão mais novo de Napoleão e rei da Holanda. 

Com a queda do Primeiro Império em 1815, o pequeno Luis Napoleão seguiu com sua mãe para o exílio na Suíça, às margens do lago de Constança. De sua longa estada em terras de fala germânica, guardaria um acentuado sotaque. 

Educado por Philippe Le Bas, filho de um deputado da Convenção, iria se apaixonar pela Revolução Francesa. 

Em 22 de julho de 1832, com a morte do filho de Napoleão, o duque de Reichstadt passa a ser o chefe legítimo do partido bonapartista, então insignificante. Juntando-se a um amigo de sua idade, Persigny, tentam, em 30 de outubro de 1836, sublevar a guarnição de Estrasburgo. Fracassam estrepitosamente e Luis Napoleão teve de se exilar na América. 

A transferência das cinzas do Imperador de Santa Helena aos Invalides, em 15 de dezembro de 1840, dá lugar a uma cerimônia popular e grandiosa. O partido bonapartista renasce e Luis Napoleão decide dele se aproveitar. Com cerca de 60 conspiradores reunidos em Londres, atravessa o Canal da Mancha em 5 de agosto de 1840, dirigem-se a um quartel e pronuncia um discurso diante de soldados e de curiosos pasmados. Chega um capitão. O príncipe dispara um tiro de pistola e fere um granadeiro antes de ser preso. 

Condenado à prisão perpétua, o herdeiro é trancafiado no forte de Ham. Vale-se da prisão para completar sua formação. Escreve e publica a obra de economia política A Extinção do Pauperismo, em que demonstra alguma preocupação social. 

Wikimedia Commons
Napoleão III comandou um golpe de Estado e se fez proclamar imperador em 2 de dezembro de 1852

Evade-se em 25 de maio de 1846 e se refugia em Londres. Ao se desmoronar a “Monarquia de Julho” - nome com que se designa o período histórico de 1830 a 1848, que englobou a Revolução Burguesa de julho de 1830 e as revoluções de 1848, a "primavera dos povos" - aproveita para voltar à França. 

Elege-se deputado em 1848. Seus eleitores pertencem aos nostálgicos do Império, aos defensores da ordem e da propriedade e aos abandonados à própria sorte pela Revolução Industrial. Passa-se a ouvir gritos de “Viva o Imperador!”.

Luis Napoleão se apresenta às eleições presidenciais de 10 de dezembro. Para surpresa geral, chegado o dia, se beneficia de uma avalanche de votos dos que estavam cansados da República conservadora, bem mais do que um voto de adesão a sua pessoa. 

Apresentando-se como um árbitro entre o povo e a maioria conservadora da Assembleia, o presidente cultiva sua popularidade. 

Quando se aproxima o término de seu mandato, os deputados recusam-lhe o direito a postular a reeleição. Reagindo à medida, leva a efeito, em 2 de dezembro de 1851, um golpe de Estado que derruba a 2ª República. Um ano depois, instaura oficialmente o Segundo Império. 

A corte, nas Tulherias, em Compiègne e em Fontainebleau, se destaca por uma atividade mundana, pelo menos durante os bons anos do regime. Abria-se à burguesia sem espírito de classe e se mostrava acolhedora aos artistas e homens de letras. 

Napoleão III tinha nas cortes europeias a reputação de um velho conspirador, de novo rico e de mulherengo. À essa época, Victor Hugo moveu-lhe intensa hostilidade, apelidando-o de Napoleão, o Pequeno. 

Com a derrota na Batalha de Sedan durante a Guerra Franco-Prussiana, em 2 de setembro de 1870, chegava ao fim o Segundo Império. Em 4 de setembro de 1870, a Terceira República foi proclamada e Napoleão III parte para o exílio na Inglaterra, onde morreu em 9 de janeiro de 1873. 

A seminal obra de Karl Marx, O 18 Brumário de Luis Bonaparte, começa com este parágrafo: “Hegel observa numa de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa. Caussidière por Danton, Luís Blanc por Robespierre, a Montanha de 1845-1851 pela Montanha de 1793-1795, o sobrinho pelo tio.”

Também nesta data:
1768 - Primeiro circo moderno é encenado em Londres
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(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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Política e Economia

Putin promete expandir relações com a Coreia do Norte

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Em carta a Kim Jong-un, presidente russo afirma que laços bilaterais mais próximos são do interesse de ambos os países

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-15T13:27:00.000Z

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O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, que os dois países vão expandir suas relações bilaterais com "esforços comuns", noticiou a mídia estatal de Pyongyang nesta segunda-feira (15/08).

Numa carta enviada a Kim por ocasião do Dia da libertação da Coreia – em que se comemora a fim do domínio colonial japonês – Putin ressaltou que os dois países compartilham uma tradição de amizade e cooperação bilateral, segundo a agência de notícias norte-coreana KCNA.

O líder russo disse que laços mais próximos seriam do interesse tanto da Coreia do Norte quanto da Rússia, e que isso ajudaria a fortalecer a segurança e a estabilidade da península da Coreia e do Nordeste da Ásia, de acordo com a KCNA.

Amplamente isolada, a Coreia do Norte declarou apoio a Moscou desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro.

Em julho, a Coreia do Norte seguiu a Rússia e a Síria reconheceu as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, localizadas no leste da Ucrânia e apoiadas por Moscou, como Estados independentes. A atitude levou Kiev a cortar relações diplomáticas com Pyongyang.


picture-alliance/AP Photo/A. Zemlianichenko
Kim Jong-un e Vladimir Putin em encontro na Rússia, em 2019

Autoridades norte-coreanas levantaram a possibilidade de trabalhadores do país serem enviados para as áreas no leste ucraniano para ajudar na construção e em outras atividades.

Kim também exalta cooperação bilateral

Segundo a KCNA, Kim também enviou uma carta a Putin, na qual afirma que a amizade entre os dois países foi selada na Segunda Guerra Mundial com a vitória dos Aliados sobre o Japão, que havia ocupado a península da Coreia.

Desde então, "a cooperação, o apoio e a solidariedade estratégicos e táticos" entre Rússia e Coreia do Norte alcançou um novo nível nos seus esforços comuns para frustrar ameaças e provocações de forças militares hostis, disse Kim na carta. A KCNA não identificou as tais forças hostis, mas comumente usa o termo para se referir aos Estados Unidos e seus aliados.

Kim previu que a cooperação bilateral cresceria "em todas as áreas" com base num acordo assinado em 2019, quando se reuniu com Putin.

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