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Hoje na História

Hoje na História: 1941 - Lindbergh defende neutralidade dos EUA na Segunda Guerra

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Aviador norte-americano se tornou líder de um movimento nacionalista de tendência nazista que não escondia sua simpatia por Hitler e pela Alemanha

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2022-01-23T15:30:00.000Z

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Em 23 de janeiro de 1941, o aviador norte-americano Charles Lindbergh prestou depoimento no comitê de relações exteriores do Congresso dos Estados Unidos, defendendo um pacto de neutralidade com a Alemanha nazista e criticando duramente a política de empréstimo e arrendamento (lend and lease policy) do então presidente, Franklin Roosevelt.

Lindbergh, um herói nacional nos EUA desde a façanha de atravessar sozinho e sem escalas o Oceano Atlântico, nasceu em 1902 na cidade de Detroit. O interesse pela aviação levou-o a uma escola de pilotos no Nebraska. Mais tarde, passou a trabalhar com voos acrobáticos e de correio aéreo. Quando fazia voos regulares de Saint Louis a Chicago, decidiu que seria o primeiro piloto a voar direto de Nova York a Paris, sozinho.

Em 1927, Lindbergh tinha o mesmo sonho de todos os pilotos da época: ganhar os 25 mil dólares oferecidos pelo dono de um hotel de Nova York, o francês naturalizado norte-americano Raymond Orteig, para o primeiro que completasse a proeza. Vários pilotos já haviam morrido na tentativa. Apenas Lindbergh, a bordo de um monomotor durante 33 horas de voo, conseguiu. Não só ganhou o prêmio como conquistou fama mundial. A façanha fez dele o personagem mais popular durante os anos da Grande Depressão nos EUA.

Em 1932, o aviador voltou às manchetes, mas dessa vez devido ao sequestro seguido de morte de seu filho de 2 anos. Deprimido, mudou-se para a Europa, onde familiarizou-se com os avanços dos alemães na aeronáutica. De lá, Lindbergh alertou os norte-americanos sobre a crescente superioridade alemã nesse campo. Ao mesmo tempo, encantou-se com a ‘revitalização’ nacional germânica sob o regime nazista, sendo até condecorado pelo líder nazista Hermann Göring. Em 1936, esteve na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Berlim ao lado de Adolf Hitler.

De volta aos EUA, Charles Lindbergh enfrentou uma onda de críticas. Foi acusado de simpatizar com o nazismo, o que não o impediu de defender a neutralidade com relação à Alemanha e criticar a política de empréstimo aos países aliados. Denunciou publicamente os “britânicos, os judeus e o governo Roosevelt” como instigadores da participação dos EUA na Segunda Guerra Mundial.

Antes da entrada dos EUA no conflito, Charles Lindbergh chegou a ser cogitado para presidente pelo Partido Republicano, contra o próprio Roosevelt em 1940. Mas, em 1941, o presidente (já reeleito) denunciou-o publicamente, obrigando Lindbergh a demitir-se da reserva da Força Aérea. Engajado, o aviador tornou-se líder de um movimento nacionalista de tendência nazista e anti-semita que não escondia sua simpatia por Hitler e pela Alemanha.

Somente no fim da guerra, Lindbergh contribuiu com os esforços bélicos, realizando cerca de 50 missões de combate sobre o Oceano Pacífico, promovido pelo presidente Eisenhower, em 1954, a general-brigadeiro da reserva.


Reprodução/ U.S. National Archives
Aviador norte-americano se tornou líder de um movimento nacionalista de tendência nazista

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016. 


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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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