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Hoje na História

Hoje na História: 660 a.C. – Jinmu Tennō funda o Império do Japão

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Dia da Fundação Nacional japonesa é celebrada em torno de história marcada por lendas que versa sobre a unificação do arquipélago

João Novaes

São Paulo (Brasil)
2022-02-11T14:18:00.000Z

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O Japão celebra a cada dia 11 de fevereiro, a data nacional de sua fundação. Foi nesse dia que, no ano de 660 antes de Cristo, segundo a versão oficial, o imperador  Jinmu Tennō, no dia de Ano Novo do calendário lunar, fundou o Império do Japão e se autoproclamou seu primeiro imperador. 

O trono teria sido ocupado por ele por 76 anos até o dia de sua morte, em 585 a. C., quando Jinmu – cujo nome significava literalmente “Guerreiro Divino” – já tinha alcançado 127 anos.

O que é fato ou folclore nesse acontecimento ainda é tema de debate entre muitos historiadores. Há dúvidas sobre a veracidade da história e até mesmo sobre a existência de Jinmu, já que sua biografia só é contada através de crônicas do século VIII, que serviriam de base para a mitologia japonesa e do xintoísmo.

Independentemente disso, a família imperial japonesa acolhe a história como verídica e a data é celebrada até hoje no país, sem muita pompa ou mobilização no Japão contemporâneo.

Essas crônicas consideram como verídicas e históricas uma série de passagens fantásticas, como a descendência divina de Jinmu para com Amaterasu Omikami, deusa do sol e governante do céu, uma das entidades mais importantes da mitologia japonesa. A deusa, tatataravó do primeiro imperador, teria enviado um de seus filhos ao arquipélago japonês com o objetivo de pacificá-la, e um descendente estaria, eras depois, predestinado a governá-lo.

Rezam as crônicas que, desde recém-nascido, Jinmu já teria adquirido sabedoria e capacidade para decidir. Filho do governante da ilha de Kyushu (ao sul de Honshu, a ilha principal e de maior área), foi nomeado ao trono aos 15 anos e se casou Ahiratsu-hime, com quem teve três filhos.
 

Wikicommons
Dia da Fundação Nacional japonesa é celebrada em torno de história marcada por lendas que versa sobre a unificação do arquipélago

Aos 45 anos, em 666 a. C., Jinmu teria se reunindo com seus irmãos na província de Hyuga, ao leste de Kyucho, onde proferiu um discurso dizendo que, há quase 1,7 milhão de anos, Amaterasu teria enviado seu filho e este, junto com os demais antepassados, lograram pacificar o sul do Japão, transformando-o de uma terra desolada para uma região próspera. No entanto, havia ainda muitas regiões ainda, principalmente no leste, não pacificadas e fora do poder de Amaterasu, sendo governadas por chefes e deuses locais, razão pela qual eram vitimadas por conflitos territoriais. E, como o leste seria o “centro do universo”, era uma região naturalmente apta para estabelecer-se uma nova capital e pacificar todo o arquipélago.

A ideia foi bem acolhida e uma expedição naval para a conquista do leste foi organizada para unificar o país.

Durante a jornada, Jinmu e seus irmãos foram guiados pela ave mística Yatagarasu, cuja lenda diz que representa a vontade divina em interferir nos assuntos humanos.

A pacificação e união do Império ocorreu seis anos depois do início da expedição, compreendendo toda a região de Yamato, que constitui o centro e o sul da ilha de Honshu. Com o leste tomado, foi construída uma “vasta e espaçosa” capital para o novo império: a planície de Kashihara, em Nara, ao sul de Honshu, local onde hoje se localiza o mausoléu de Jinmu, que, aos 52 anos, deu início ao Império do Japão.

A data só foi passou a ser oficialmente comemorada em 1873, após a primeira constituição do Japão e a adoção do calendário gregoriano. Originalmente o evento era chamado de Kigensetsu (Dia do Império) e, segundo o calendário gregoriano, caía no dia 29 de janeiro. Sua celebração acabou suprimida ao fim da II Guerra Mundial, dado às suas ligações com a nobreza, mas voltou a ser celebrada em 1966 até os dias de hoje. As referências ao imperador foram suprimidas, e a data passou a ser celebrada como “Dia de Fundação Nacional”.


Também nessa data:

1482 - Tomás de Torquemada é nomeado inquisidor
1650 - Morre filósofo francês René Descartes
1948 - Morre Eisenstein, um dos maiores cineastas da história
1990 - Libertado o ativista sul-africano Nelson Mandela

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.  

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Guerra na Ucrânia

União Europeia terá plano emergencial de fornecimento de gás em julho

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Representante anunciou nesta quarta-feira (06/07) que a União Europeia terá plano emergencial para lidar com problemas no fornecimento de gás dentro de duas semanas

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-06T14:45:00.000Z

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Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou nesta quarta-feira (06/07) que a União Europeia terá um plano emergencial para lidar com problemas no fornecimento de gás russo dentro de duas semanas.

"É importante ter uma abordagem coordenada baseada em dois pontos: verificar onde há mais necessidade de gás e como fazer com que esse gás vá para essas áreas. Estamos preparando esse plano porque não queremos que, em caso de emergência, haja 27 diferentes intervenções em nível nacional, como aconteceu no início da covid", pontuou a líder do Executivo ao Parlamento Europeu.

Von der Leyen afirmou que é preferível que cada Estado-membro da União Europeia tenha seu próprio plano interno, "mas se reduzirmos a demanda de energia em alguns setores da economia, isso deve ocorrer sem obstáculos no mercado interno".

A presidente da comissão ainda acrescentou que "o gás e o petróleo devem ser distribuídos onde houver mais necessidade", e alertou que os países-membros devem estar "preparados" para novos cortes no fornecimento dos combustíveis fósseis russos, como vem ocorrendo nas últimas semanas por conta das sanções contra a o país, devido a guerra na Ucrânia.

"Precisamos nos preparar para novas interrupções do fornecimento de gás, até mesmo uma interrupção completa do fornecimento por parte da Rússia. Hoje, ao todo, 12 Estados-membros são diretamente afetados por reduções parciais ou totais no fornecimento de gás. É evidente que [Vladimir] Putin está usando a energia como arma. Por isso, a Comissão está elaborando o plano de emergência europeu", disse Von der Leyen.

Flickr
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, se manifestou sobre o possível corte do fornecimento de gás russo para a Europa

A presidente da comissão também apontou que todas os países europeus já estão "diversificando as fontes" de fornecimento de energia, usando outros parceiros e "se afastando da Rússia":

"Desde março, as exportações globais de GNL para a Europa aumentaram 75% em relação a 2021. Ao mesmo tempo, a importação média mensal de gás russo teve uma forte queda de 33% na comparação com o ano passado. E estamos fazendo mais progressos, mas isso tudo funcionará só se acelerarmos a nossa transição para os renováveis. As mudanças climáticas não vão esperar o fim da guerra de Putin", acrescentou a presidente da Comissão Europeia.

A representante ainda negou especulações de que, por conta do conflito e de questões de segurança, seria necessário "atrasar a transição verde" para focar na segurança do bloco:

"É exatamente o contrário. Se não fizermos nada além de limitar combustíveis fósseis, os preços vão explodir no futuro e vão reforçar Putin. A melhor saída, mais limpa e mais segura da nossa dependência são as energias renováveis", disse.

(*) Com Ansa.

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