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Hoje na História

Hoje na História: 1955 - Doente, Winston Churchill pede demissão do posto de primeiro-ministro

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Mesmo após deixar o cargo, o líder britânico continuou no Parlamento até 1964, um ano antes de sua morte

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-04-05T21:40:00.000Z

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Winston Leonard Spencer Churchill, o líder que conduziu a Grã Bretanha e um dos responsáveis pela condução da aliança que combateu o nazifascismo durante a Segunda Guerra Mundial, renunciou, aos 80 anos, ao cargo de primeiro-ministro, no dia 5 de abril de 1955.

Nascido em Blenheim Palace em 1874, Churchill juntou-se ao 4º Regimento britânico dos Hussardos depois da morte de seu pai, em 1895. Durante os cinco anos subsequentes, desfrutou de uma gloriosa carreira militar, servindo na Índia, no Sudão e na África do Sul, distinguindo-se diversas vezes nos campos de batalha.

Em 1899, abandonou a farda para se concentrar em sua carreira literária e política e, em 1900, foi eleito para o Parlamento como deputado do Partido Conservador, pelo distrito de Oldham. Em 1904, filiou-se aos liberais, servindo em diversos postos importantes antes de ser designado como o Primeiro Lorde do Almirantado em 1911, onde trabalhou para modernizar a Marinha Britânica e prepará-la para o tipo de guerra que ele previa.

Em 1915, no segundo ano da Primeira Guerra Mundial, Churchill foi considerado responsável pelas desastrosas campanhas de Dardanelos e Galipoli, sendo, por conseguinte, excluído do governo de coalizão durante a guerra.

No entanto, em 1917, retornou à política como membro do gabinete no governo liberal de Lloyd George. De 1919 a 1921, foi Secretário de Estado para a Guerra e em 1924, ingressa por uma segunda vez no Partido Conservador, onde, dois anos mais tarde, desempenhou um papel de liderança na derrota da Greve Geral dos trabalhadores de 1926. Fora do governo de 1929 a 1939, Churchill não cessou de manifestar alertas – ignorados pelo governo de Londres – sobre a ameaça de agressão nazista e japonesa.

Depois da renúncia, manteve-se na política, sendo sucessivamente eleito para o Parlamento até 1964, um ano antes de sua morte

Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial no continente europeu, Churchill foi novamente designado para o cargo de Primeiro Lorde do Almirantado e, oito meses depois, substituiria Neville Chamberlain como primeiro ministro de uma nova coalizão governamental.

Em seu primeiro ano de administração, a Grã Bretanha se viu sozinha contra a Alemanha nazista. Churchill então prometeu que a sua nação “jamais se renderia”. Convocou o povo britânico para uma resistência resoluta, juntando-se ao presidente norte-americano, Franklin Delano Roosevelt, e ao seu inimigo ideológico, Joseph Stalin, numa aliança que finalmente iria derrotar as potências do Eixo.

Após a vitória no pós-guerra do Partido Trabalhista, em 1945, Churchill tornou-se líder da oposição. Deu início formal à Guerra Fria quando, em um discurso em Fulton, nos Estados Unidos, cunhou a expressão “cortina de ferro”. Em 1951 foi novamente eleito primeiro-ministro. Em 1953, foi nomeado Cavaleiro pela rainha Elizabeth II, tendo conquistado o Prêmio Nobel de Literatura.

Depois da renúncia como primeiro ministro em 1955, manteve-se na política, sendo sucessivamente eleito para o Parlamento até 1964, um ano antes de sua morte.


Também nesta data:
1794 - Danton, Desmoulins e d'Églantine são mortos na guilhotina
1830 - Joseph Smith funda a Igreja dos Mórmons
1951 - Casal Rosenberg é condenado à morte nos EUA

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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