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Hoje na História

Hoje na História: 1564 - Morre o artista renascentista Michelangelo

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Michelangelo pintou teto da Capela Sistina do Vaticano; considerado maior artista da época, era chamado de 'Divino'

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-02-18T14:30:00.000Z

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Em 18 de fevereiro de 1564, morreu o pintor, escultor, arquiteto e poeta Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, aos 88 anos. Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo, chamado de o Divino. Ao longo dos séculos, é tido como um dos maiores artistas que já viveram e como o protótipo do gênio. Até hoje, Michelangelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão universal. 

Michelangelo Buonarroti nasceu em 6 de março de 1475, na cidade toscana de Caprese, na atual Itália. Quando era criança, dedicava boa parte de seu tempo a desenhar, o que levou seu pai colocá-lo sob a tutela de Ghirlandaio, um respeitado artista daquele tempo. Mais tarde, tornou-se aluno do escultor Bertoldo di Giovani, empregado da família Médici. 

Desde jovem, Michelangelo era conhecido pela extrema sensibilidade, sabendo combinar uma energia inesgotável com um talento fora do comum. Aprendeu a pintar e a esculpir mais pela observação do que pela tutela de algum professor, mas pode-se perceber em seu trabalho certa influência de artistas como Leonardo, Giotto e Poliziano.

As primeiras esculturas de Michelangelo foram realizadas no jardim dos Médici, perto da igreja de São Lourenço. Seus Baco e Cupido Adormecido mostram o resultado de uma cuidadosa observação das obras clássicas existentes.

Michelangelo tinha apenas 23 anos quando esculpiu o que muitos consideram a mais impressionante obra de arte que o gênio humano jamais concebeu: a Pietá. Em função da pouca idade, muitos não acreditaram que fosse o autor. Por isso, teria inscrito o nome na faixa que atravessa o peito da Virgem Maria, sua única assinatura conhecida: Michael Angelus Bonarotus Florent Facieba(t) - ou feito por Miguel Ângelo Buonarotti de Florença.  

Wikimedia Commons
Michelangelo pintou teto da Capela Sistina do Vaticano; considerado maior artista da época, era chamado de 'Divino'

Em 1504, esculpiu o Davi em estilo clássico, com perfeita proporção de corpo e musculatura, contrastando com o Davi de Donatello, mais jovem e de musculatura mais flácida. Em 1505, o artista foi incumbido de desenhar e esculpir a tumba do papa Júlio II, que morreria alguns anos depois. As dimensões eram grandiosas e ele previu incluir cerca de 80 figuras superdimensionadas. 

Devido a complicações na execução, Michelangelo esculpiu apenas uma figura - Moisés, sua última grande escultura. Criou a estátua a partir de um bloco de mármore considerado não maleável por escultores anteriores. Conta-se que após terminar de esculpir, Michelangelo teve uma alucinação diante da beleza da própria obra. Teria batido com o buril no joelho de Moisés e começado a gritar: “Por que não fala?". 

Michelangelo demonstrou maestria na composição de figuras humanas também na pintura. Seu Doni Tondo (c.1504), uma significativa obra da juventude, mostra equilíbrio e energia, sob influência clara de Leonardo da Vinci. 

Finalmente o artista foi chamado para pintar o teto da Capela Sistina no Vaticano. Originalmente, as 12 figuras ali desenhadas representariam os 12 apóstolos de Jesus. Mas Michelangelo resolveu pintar sete profetas e cinco sibilas. Entre os nove painéis que contam a história bíblica do mundo, três foram dedicados à Criação, três à história de Adão e Eva e três a Noé e o Dilúvio. Na parte de trás da Capela, Michelangelo pintou o Juizo Final (1534), considerado por muitos como sua obra-prima em pintura. 

Também como arquiteto, Michelangelo desafiou as convenções de seu tempo. O formato de losango tinha a intenção de contrapor os efeitos da perspectiva. De 1540 a 1550, Michelangelo redesenhou a Basílica de São Pedro, completando apenas a cúpula e quatro colunas básicas antes de sua morte.


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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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