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Hoje na História

Hoje na História: 1608 - Samuel de Champlain funda Quebec, na América do Norte

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Explorador funda colônia, hoje parte do Canadá, e passou a ser chamado de 'Pai da Nova França'

Max Altman

2022-07-03T16:00:00.000Z

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Em 3 de julho de 1608, sob o reinado de Henrique IV, Samuel de Champlain funda a atual capital da província do Quebec.

Nascido 38 anos antes numa família de marinheiros de Brouage, perto de La Rochelle (oeste da França), de um pai audaz e apaixonado, Champlain faz uma primeira viagem a América do Sul e sugere, premonitoriamente, a escavação de um canal no istmo centro-americano. Posteriormente explora em 1603 a costa norte-americana conjuntamente com Aymar de Chaste, primeiro governador da "Nova França", uma colônia ainda em estado de projeto.

Em 1604, de retorno do Novo Mundo, acompanhado de Monts, o sucessor de De Chaste, tenta sem sucesso criar um assentamento permanente no vale de Anápolis (ilha de Nova Scotia, leste do atual Canadá). Regressa à França e publica Os Selvagens.

Quando retorna à então chamada “Nova França”, quatro anos mais tarde, Champlain fixa sua atenção no vale do rio São Lourenço. Localiza um promontório arborizado ao qual os nativos chamavam de Quebec, num ponto em que o rio se estreitava. Ali funda um entreposto comercial “Abitation de Québec”, origem da atual capital administrativa da ‘Bela Província’.

Situada no lugar onde se ergue atualmente a igreja Notre-Dame-des Victoires, na Cidade Baixa, a Abitation comportava três casas de madeira de dois pavimentos dispostas em forma de “U” em torno de um pátio fechado, e uma loja de um andar erguida sobre uma adega.

O conjunto era rodeado por uma fossa e de muralhas de terra, com uma ponte levadiça e duas plataformas para os canhões.

O assentamento contava de início com 28 homens. No entanto, desde o começo surgiram atritos entre eles. Um certo Jean Duval, serralheiro de profissão, projeta, auxiliado por quatro cúmplices, assassinar Samuel de Champlain enquanto dormia e vender a colônia aos espanhóis. Desmascarado, é enforcado e sua cabeça espetada na ponta de uma lança à guisa de advertência.

Wikicommons
Em 3 de julho de 1608, sob o reinado de Henrique IV, Samuel de Champlain funda a atual capital da província do Quebec

Chega o inverno e com ele o escorbuto e a disenteria. A doença abate 16 dos 24 franceses que permaneciam em Quebec. Os sobreviventes, entre eles Champlain, são resgatados em 5 de junho de 1609 por uma equipe de socorro enviada por Pierre Dugua de Mons, tenente-general na Nova França.

Como se não bastasse, Champlain se vê obrigado a se envolver nas guerras indígenas. Alia-se aos hurons e aos algonkinos contra os iroquees. Num dado momento se depara com 60 hurons diante de 200 iroquees. Aponta seu arcabuz e faz fogo sobre um inimigo. É a debandada. A tecnologia do homem branco acabou prevalecendo sobre a superioridade numérica.

Champlain prosseguiu na exploração do vasto território e levou a efeito diversas viagens de ida e volta à França – atravessou o Oceano Atlântico num total de 21 vezes, um recorde absoluto para a época.

Entretanto, jamais esqueceu de sua colônia de Quebec, da qual é nomeado governador pelo duque de Montmorency em 1619. Empreende em 1623 a construção dos primeiros edifícios em pedra.

Os ingleses tomam o pequeno vilarejo em 19 de julho de 1629 mas o restituem à França três anos mais tarde, em virtude do Tratado de Saint-Germain-en-Laye. Samuel de Champlain, que havia sido capturado, retorna ao Canadá.

Morre em Quebec em 25 de dezembro de 1635, aos 65 anos, enquanto governavam a França o rei Luís XIII e seu ministro, o cardeal Richelieu. Sua tenacidade e êxito lhe valeram ser cognominado de "Pai da Nova França".

Também nesta data:

1775 - George Washington assume o comando do Exército Continental
1840 - Pescadores matam última ave não voadora do hemisfério norte
1957 - Nikita Khruschov assume o controle na União Soviética
1962 - Argélia se torna independente após 132 anos de domínio francês
 1996 - Boris Yeltsin é reeleito presidente da Confederação Russa

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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