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Hoje na História

Hoje na História: 1988 - cientista da Nasa diz que 'efeito estufa' causa aquecimento global

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Em uma comissão do Senado norte-americano, James Hansen, climatólogo-chefe da Nasa, causa sensação ao afirmar que Terra estava em vias de aquecimento

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2022-06-23T14:20:00.000Z

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Em 23 de junho de 1988, uma comissão do Senado norte-americano convoca diferentes cientistas para tentar compreender as razões da onda de calor excepcional que assolava o país. Uma grande parte do Parque de Yellowstone estava ardendo em fogo e no Corn Belt (O Cinturão do Milho), os cerealistas estavam desesperados, recolhendo o que quer que fosse.

James Hansen, climatólogo-chefe da Nasa, causou sensação ao afirmar que a atmosfera terrestre estava em vias de aquecimento. Explicou que decorria do crescimento do “efeito estufa” natural a partir dos primórdios da revolução industrial, em meados do século 19, das emissões de gás carbônico ligados à combustão do carvão, do gás e do petróleo.

Um ano mais tarde, a revista Science publica um artigo intitulado: “Efeito estufa: Hansen contra o resto do mundo”. Na década seguinte, as observações, estudos e estatísticas climáticas tendiam a confirmar a tese de James Hansen e juntaram a ele a imensa maioria dos cientistas que cuidam do clima.

Bem antes do depoimento de James Hansen, há muitos decênios, cientistas já se inquietavam com as emissões de gás carbônico e suas consequências sobre o clima mas ninguém tinha claramente analisado o processo nem identificado o fenômeno físico em questão, o “efeito estufa”.

Os raios solares quando atingem a superfície da Terra são refletidos em parte sob forma de raios infravermelhos porém esta radiação fica parcialmente ‘presa’ na atmosfera em lugar de se dissipar no espaço. Este “efeito estufa” confere a nosso planeta uma temperatura média de +14°C em vez de -20°C em sua ausência.

James Hansen pressentiu que o aumento da proporção de gás carbônico ligado à combustão de energias fósseis iria ampliar esse “efeito estufa” e consequentemente elevar a temperatura média do planeta.

Em novembro de 1988, dois organismos das Nações Unidas encarregados do clima e do ambiente decidem criar um centro especializado destinado a coletar toda a literatura científica sobre as mudanças climáticas tendo em vista esclarecer as responsabilidades políticas. Tratou-se do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (em inglês, Intergovernmental Panel on Climate Change, IPCC).

Wikimedia Commons
James Hansen, climatólogo-chefe da Nasa, que alertou o Senado norte-americano sobre o efeito estufa

Desde então, com sede em Genebra, com uma dezena de assalariados apenas, esse organismo internacional, submetido à observação de Estados tão diferentes como os Estados Unidos, Arábia Saudita, Rússia, China, Brasil e os europeus ocidentais, convoca os melhores cientistas para a redação de um relatório periódico, em campos tão diversos como a química atmosférica, a oceanografia física, a dendrocronologia, a glaciologia, a termodinâmica.

De relatório em relatório ficou confirmada a realidade do aquecimento climático global e sua origem antrópica — emissões de gás de efeito estufa derivado das atividades humanas. Esta realidade tem sido contestada apenas por cientistas de pouca credibilidade e em busca de notoriedade.

Suas consequências podem se provar gravíssimas a menos que coloque como questão central o modo de vida e de consumo inspirado pelo "american way of life": explosão das grandes cidades, generalização do automóvel, globalização das trocas comerciais.

Também nesta data:

1848 - Paris se revolta com o fechamento dos Ateliês Nacionais
1868 - Christopher Sholes ganha patente da máquina de escrever
1894 - É fundado em Paris o Comitê Olímpico Internacional
1959: Espião Klaus Fuchs é libertado na Inglaterra

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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Política e Economia

FBI investiga Trump por violar lei de espionagem e recupera documentos dos EUA

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Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-12T21:40:00.000Z

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O FBI está investigando o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação do "Ato de Espionagem", por obstrução de justiça e por remoção ou destruição de registros, informam os documentos tornados públicos nesta sexta-feira (12/08).

Ao todo, 20 caixas de documentos, fotos e outros itens foram retirados da mansão de Mar-a-Lago na operação da última terça-feira (08/08). A informação foi divulgada pelo pelo jornal estadunidense The Wall Street Journal. Entre as páginas estavam documentos com a marcação de "TS/SCI", o mais alto nível de classificação secreta do governo norte-americano.

Foram quatro caixas de documentos "ultrassecreto", três de "secretos" e três de "confidencial". Também foi confirmado que, durante a operação, foi recuperado um material sobre o "presidente da França", Emmanuel Macron.

O Washington Post afirmou que, segundo fontes ligadas à investigação, o FBI também buscava documentos secretos sobre armas nucleares. "Especialistas em informação confidencial disseram que a busca incomum levanta grave preocupação em autoridades do governo sobre o tipo de informação que eles pensavam que poderia ser encontrada [na residência] de Trump em Mar-a-Lago e potencialmente em risco de caírem em mãos erradas", afirmou o periódico.

Palácio do Planalto/Flickr
Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

O mandado de busca e apreensão ainda autorizou a investigação no escritório de Trump na residência e em qualquer "sala de armazenamento e outras salas dentro da premissa de uso ou possível uso por [Trump] e sua equipe e em caixas ou documentos que podem ter sido armazenados, incluindo todas as estruturas ou prédios do local".

Após a divulgação das informações oficiais, Trump se manifestou por meio de sua rede social, a Truth, se defendendo das acusações.

"Número um, era tudo material desclassificado. Número dois, não tinham a necessidade de sequestrar nada. Poderiam ter obtido isso quando quisessem sem fazer política e entrar em Mar-a-Lago. Estavam em um lugar seguro, com um cadeado a mais depois que me pediram", escreveu.

Trump tenta fazer com que a operação do FBI se torne política e vem conseguindo apoio dos seus pares republicanos nisso. Já a Casa Branca se manifestou apenas uma vez sobre o caso, dizendo que o presidente Joe Biden ou qualquer membro do alto escalão não sabiam da ação.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato.

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