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Hoje na História

Hoje na História: 1776 - cidade de São Francisco é fundada por ordem religiosa

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Cidade deve seu nascimento a franciscanos que vieram do México cinco dias antes da Declaração de Independência dos EUA

Max Altman

2022-06-29T14:15:00.000Z

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Em 29 de junho de 1776, dois padres franciscanos vindos do México celebraram uma missa no fundo de uma magnífica baía da costa californiana. Isto ocorreu 5 dias antes da Declaração de Independência dos futuros Estados Unidos da América. Neste local, ergue-se hoje a cidade de San Francisco. A cidade deve, portanto, o seu nascimento e seu nome à ordem religiosa dos franciscanos, fundada por São Francisco de Assis.

Nascido em 1713 em Majorca, Ilhas Baleares, o padre Junipero Serra fundou uma missão em San Barnabé, perto de Monterey, ao norte da colônia da Nova Espanha (atual México). De lá, enviou expedições para a Califórnia, ainda inexplorada, e afastada da civilização ocidental.

Em 15 de dezembro de 1774, o vice-rei da Nova Espanha, Bucareli, envia ao padre Junipero Serra uma carta em que o convida a juntar-se a uma expedição para uma baía de importância estratégica, na Califórnia Central, sob o comando do capitão de marinha Juan Batista de Anza.

Um primeiro acampamento militar é estabelecido nesse local e os padres Palou e Cambon ali celebram a missa pela primeira vez diante de uma modesta cabana, a Missão Dolores. A localidade recebe o nome de San Francisco em homenagem ao santo Francisco de Assis, fundador da Ordem dos Franciscanos. Nasce assim a futura metrópole da Califórnia Central.

A descoberta do ouro iria assegurar, a partir de 1848, um rápido desenvolvimento, interrompido apenas pelo terremoto de 1906. Enquanto os franciscanos espanhóis multiplicavam suas missões na Califórnia do Sul, os russos, vindos da quase-ilha de Kamtchatka, na extremidade norte do continente asiático, punham os pés na América, atravessando o estreito de Bering a fim de estender seus territórios de caça à pele de animais.

Wikimedia Commons
Ilustração de uma visão panorâmica de São Francisco em 1855, por Charles A. Dana

Os russos praticaram tão ávida caça de visons, castores e lontras que os levavam a seguir sempre adiante, não hesitando sequer em invernar nas condições mais hostis. O vice-rei do México se irrita com esta usurpação em terras espanholas e dá ordem de se mostrarem inflexíveis a esses ‘empreendedores cismáticos russos’.

Nos primeiros anos do século 19, os caçadores russos vindos da Ásia avançaram sobre novos territórios de caça e fundam Fort Ross, ao norte de São Francisco, onde instalam uma pequena colônia habitada por esquimós do Alasca.

Todavia, em dezembro de 1841, sem mais esperanças de apoio do czar, que tinha outras preocupações em mente, seus súditos não tiveram outra saída que não apelar a John Sutter, um colono de origem russa que havia feito fortuna como negociante em Sacramento e que ganharia celebridade mundial ao descobrir ouro em suas terras.

Em 5 de abril de 1806, o Juno, um pequeno navio russo se apresentou diante do forte de San Francisco, comandado pelo capitão Arguello. A bordo, o grão-fidalgo Nicolas Petrovich Rezanov, ministro plenipotenciário do czar e responsável pela colonização russa na América.

O russo pediu socorro após uma invernagem desastrosa no posto de Sitka, Alasca, 3 mil quilômetros mais ao norte. O capitão do forte de San Francisco, que não era má pessoa, não deixou de ficar emocionado pelo estado de esgotamento daqueles corajosos homens e lhes oferece uma generosa hospitalidade em seu posto avançado, no aguardo de instruções.

A guarnição do forte se aborrece, enquanto os oficiais, como todos os oficiais do mundo, se ocupam em jogar baralho, em beber e fazer a corte às moças. Essas eram particularmente raras, sem contar que pais e maridos mantinham estrita vigilância.

No entanto, seis semanas mais tarde Rezanov retoma coragem, comum aos jovens pretendentes, e se atreve a pedir ao pasmado capitão espanhol a mão de sua filha mais velha, senhorita Concepción. As núpcias são celebradas prontamente debaixo das saudações da tripulação, à espera da autorização do papa e do rei da Espanha – o russo era ortodoxo e a noiva, católica.

O Juno zarpa de novo em 21 de maio, seus porões bem aprovisionados de material e alimentos. De volta a São Petersburgo, Rezanov morre de pneumonia. Não se encontraria mais ninguém disposto a levar adiante o sonho de uma colonização russa na América.

Também nesta data:

1943 - Roosevelt pede a Oppenheimer que acelere construção da bomba atômica
1974 - Isabelita Perón assume Presidência da Argentina
1995 - Shopping desaba em Seul e deixa 500 mortos
2003 - Morre a atriz norte-americana Katharine Hepburn

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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Saúde

OMS alerta para transmissão da varíola dos macacos de humanos para animais

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Ciência registra primeiro caso de infecção de homem para cachorro, soando alerta da organização internacional

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T19:55:00.000Z

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um alerta nesta quarta-feira (17/08) para que os infectados com varíola dos macacos evitem expor animais ao vírus, após o relato do primeiro caso de transmissão de humanos para um cachorro.

O caso envolvendo dois homens e um cão da raça galgo italiano, que vivem juntos na mesma residência, foi registrado em Paris, na França, e descrito na revista médica The Lancet.

"Este é o primeiro registro de transmissão de humano para animal [...] e acreditamos que seja o primeiro exemplo de um canino sendo infectado", afirmou Rosamund Lewis, diretora técnica da OMS para varíola dos macacos.

Segundo a diretora, especialistas já estavam cientes do risco teórico da possibilidade desse tipo de transmissão, e agências públicas de saúde já haviam lançado apelos para que infectados isolassem seus pets.

Além disso, diz Lewis, o manejo adequado do lixo é fundamental para diminuir o risco de contaminação de roedores e outros animais externos. Segundo ela, é vital que as pessoas saibam como proteger seus animais de estimação, assim como manejar corretamente o lixo, "de maneira que os animais, em geral, não sejam expostos ao vírus".

Mutações

Quando os vírus conseguem "pular" a barreira das espécies, surgem preocupações de que possam passar por mutações em sentidos mais perigosos.

NIAID/AP/picture alliance
Cientistas temem que o vírus da varíola dos macacos, ao se transportar para espécies diferentes, possa sofrer mutações

Lewis ressaltou que, até o momento, não há registros de que isso esteja ocorrendo, mas reconheceu que "certamente, tão logo o vírus se transporte para um ambiente e uma população diferente, existe, obviamente, a possibilidade de que venha a se desenvolver e se desenvolver de maneira diferente".

Para ela, a preocupação maior gira em torno dos animais externos ao ambiente doméstico.

"A situação mais perigosa [...] seria aquela na qual o vírus consegue se movimentar em uma população de pequenos mamíferos com alta densidade de animais", afirmou o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.

Segundo ele, as infecções de um animal a vários outros poderiam gerar uma rápida evolução do vírus.

Ryan, entretanto, considera que não há grandes preocupações quanto aos animais domésticos. Ele minimizou a possibilidade de evolução do vírus em um único animal e disse que os pets não estão em risco.

Mais de 35 mil casos no mundo

A varíola dos macacos recebeu esse nome por ter sido inicialmente identificada em primatas utilizados em pesquisas científicas na Dinamarca, em 1958. No entanto, o vírus é encontrado em uma variedade de animais, com frequência maior nos roedores.

A doença foi detectada em humanos pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo, e se espalhou para outras nações na África Central e Ocidental.

Em maio, as infecções começaram a se espalhar com rapidez pelo mundo. Mais de 36 mil casos da varíola dos macacos já foram confirmados em 92 países desde o início do ano, com 12 mortes registradas, segundo dados da OMS. A entidade classificou a doença como uma emergência global de saúde.

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