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Hoje na História

Hoje na História: 1945 - URSS invade Estado fantoche japonês na China

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Stalin já havia acertado com EUA e Reino Unido que atacaria Japão três meses após derrota alemã

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2014-08-08T09:00:00.000Z

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A guerra soviético-japonesa de 1945 teve início em 8 de agosto de 1945 com a invasão da União Soviética ao Estado japonês de Manchukuo, exatamente três meses depois da rendição alemã em 8 de maio.

Os soviéticos eliminaram o controle nipônico sobre Manchukuo, Mengjiang (Mongólia interior), o norte da Coreia, o sul das ilhas Sakalinas e das ilhas Kurilas.

Na Conferência de Teerã, em novembro de 1943, Stalin decidiu que a União Soviética iria entrar na guerra contra o Japão uma vez que a Alemanha nazista fosse derrotada. Na Conferência de Yalta de fevereiro de 1945, Stalin acertou com os Aliados entrar no teatro de guerra do Pacífico dentro de 3 meses após o fim da guerra na Europa.

O início da invasão ocorreu entre os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Stalin sabia da existência desses artefatos. No entanto, em virtude dos acordos de Teerã e Yalta, ficou claro que a notícia dos ataques às duas cidades não alteraria o calendário da invasão.

Às 23h00 de 8 de agosto de 1945, o ministro do Exterior soviético, Viatchleslav Molotov, informou ao embaixador japonês Sato que a União Soviética havia declarado guerra ao Japão. Um minuto depois da meia-noite, o Exército Vermelho invadiu simultaneamente em 3 frentes.

No final da década de 1930 houve uma série de incidentes na fronteira soviético-japonesa, sendo a mais significativa a Batalha do Lago Khasan, de julho-agosto de 1938, que conduziu ao Pacto de Neutralidade Soviético-Japonês de abril de 1941. O pacto permitiu a Moscou concentrar-se na guerra contra a Alemanha e os japoneses se concentraram em sua expansão no sul da Ásia e no Oceano Pacífico.

Com a vitória em Stalingrado e a derrota da Alemanha cada vez mais perto, a atitude soviética em relação a Tóquio mudou, com Stalin pronunciando-se publicamente contra o Japão. Stalin queria evitar a todo custo uma guerra em duas frentes, mas ao mesmo tempo queria obter vantagens no Extremo Oriente. A única maneira de evitar a guerra em duas frentes e obter vantagens no Oriente asiático era que a Alemanha capitulasse antes do Japão.

Em meados de março de 1945, as coisas não iam bem para os japoneses no Pacífico. Tiveram de retirar suas tropas da Manchúria para apoiar as ações no Pacífico. Por seu lado, Moscou havia decidido não renovar o pacto de neutralidade. Isto causou em Tóquio considerável preocupação apesar dos soviéticos afirmarem que o tratado prosseguiria em vigor por outros 12 meses.


Em 8 de maio de 1945, a Alemanha capitulava incondicionalmente, o que significava que os soviéticos teriam de entrar em guerra contra o Japão até 8 de agosto. A situação continuou piorando para os japoneses e era a única potência do Eixo que seguia em guerra. Estavam dispostos a manter e ampliar o Pacto de Neutralidade. Os soviéticos nada fizeram para desalentar as esperanças nipônicas a um tempo em que preparavam suas tropas de invasão.

No final de junho, pediram à União Soviética intermediar a paz com os Estados Unidos.  Em troca, oferecia aos soviéticos concessões territoriais atraentes. Stalin manifestou interesse e os japoneses ficaram à espera. Todavia, em 24 de julho, a União Soviética evacuou todo o pessoal da embaixada no Japão. Em 26 de julho, a conferência emitiu a Declaração de Potsdam pela qual Churchill, Truman e Chiang Kai-shek – a União Soviética não estava em guerra com o Japão – exigiam a rendição incondicional de Tóquio. Os japoneses evitaram responder, no aguardo da manifestação de Moscou.

Os japoneses estiveram vigiando o tráfego da Ferrovia Transiberiana e a atividade soviética no leste da Manchúria, o que lhes sugeriu que os soviéticos não estariam prontos para invadir a Manchúria antes do final de agosto. Foram colhidos de surpresa quando os soviéticos declararam guerra uma hora antes da meia-noite de 8 de agosto, e avançaram minutos depois.

Manchúria foi "varrida" pelas tropas soviéticas de qualquer possível resistência militar. Como se acordou em Yalta, a União Soviética passou a ter direito aos territórios de Sakalin e às ilhas Kurilas e também sobre Port Arthur com suas conexões ferroviárias estratégicas. Os territórios no continente asiático foram transferidos posteriormente ao controle da República Popular da China em 1955. As outras possessões ainda são administradas atualmente pela Rússia.

Se bem que o norte da península da Coreia estivesse sob controle soviético, com o desembarque norte-americano em Incheon, antes que o Exército Vermelho pudesse assegurar toda a península, a Coreia na prática se dividiu. Esse fato foi o precursor da Guerra da Coreia, cinco anos depois.

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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