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Hoje na História

Hoje na História: 1946 - Precursor da ficcção científica, escritor H. G. Wells morre em Londres

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Autor se debruçou sobre temas da fantasia científica, descrições proféticas do triunfo da tecnologia e comentários sobre os horrores das guerras

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2020-08-13T15:27:00.000Z

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Escritor, historiador e filósofo inglês, Herbert George Wells morreu no dia 13 de agosto de 1946 em Londres. Conhecido por seus romances de ficção científica, Wells é considerado ao lado de Júlio Verne um dos precursores desse gênero. Devido ao fato, decidiu-se em 1970, em sua homenagem, chamar de H. G. Wells uma cratera lunar situada ao lado escuro da Lua. 

Aos oito anos, Herbert sofreu um acidente que o deixou de cama com uma perna quebrada. Para passar o tempo, começou a ler livros da biblioteca local. Apaixonou-se pela leitura e passou a querer escrever. 

Poucos anos depois, é seu pai quem sofre um acidente - o que levou Herbert e seus irmãos a empregar-se para poder ajudar a sustentar a casa. A experiência em uma loja de tecidos, foi refletida em novelas como The Wheels of Chance (1896) e Kipps: The Story of a Simple Soul (1905), cujo protagonista é aprendiz têxtil. 

Aos 18 anos, ele obtém uma bolsa de estudos a fim de estudar biologia no Royal College of Science de Londres. Formou parte dos fundadores de The Science School Journal, uma revista em que expôs seus postulados em literatura e em temas sociais. 

Herbert é considerado um dos precursores da ficção científica e suas primeiras obras tiveram já por tema a fantasia científica, descrições proféticas do triunfo da tecnologia e comentários sobre os horrores das guerras: A máquina do tempo (1895), seu primeiro romance, de êxito imediato, em que se entrelaçam a ciência, a aventura e a política; O homem invisível (1897); A guerra dos mundos (1898); Os primeiros homens na Lua (1901). Vários deles deram origem a filmes. 

Interessou-se igualmente pela realidade sociológica do momento, em especial pela das classes médias, defendendo os direitos dos marginalizados e lutando contra a hipocrisia imperante, como em Love and Mr. Lewisham (1900), Kipps, the Story of a Simple Soul (1905) e Mr. Polly (1910), romance em que descreve com fina ironia o fracasso das aspirações sociais de seus protagonistas.

Wikimedia Commons
Escritor, historiador e filósofo inglês, Herbert George Wells morreu no dia 13 de agosto de 1946 em Londres

A grande maioria de seus restantes livros podem ser classificados como romances sociais: Ana Verônica (1909) em que defende os direitos das mulheres; Tono Bungay (1909), um ataque ao capitalismo irresponsável; Mr. Britling vai ao fundo (1916), que descreve a reação do inglês médio ante a guerra. Depois da Primeira Guerra Mundial, escreveu a história da humanidade em 3 partes, Outline of History (1920), em colaboração com Julian Huxley. 

Ao longo da vida, Wells se preocupou com a sobrevivência da sociedade contemporânea. Se bem que acreditasse na utopia em que as vastas e terríveis forças materiais postas à disposição do homem poderiam ser controladas pela razão e utilizadas para o progresso e a igualdades dos habitantes da Terra, pouco a pouco foi se tornando mais pessimista. 

H.G. Wells foi sempre um esquerdista convicto. De fato, seu primeiro romance A máquina do tempo tratava fundamentalmente da luta de classes. Os Elois eram descendentes dos antigos capitalistas e os Morlocks, dos proletários, que acabam por dominar seus antigos opressores. 

Convencido da necessidade de um sistema social mais justo, se uniria à Sociedade Fabiana, cujo objetivo era instaurar o socialismo de forma pacífica. Diferenças políticas acabaram por distanciá-lo da sociedade. Segundo os críticos, o estilo literário de Wells não está à altura dos temas que trata. Segundo o próprio Wells, “o que conta é o que se escreve e não como se escreve”.

Tinha também vocação de historiador. Publicou duas obras: Breve história do mundo e Esquema da história universal. Ambas começam com a criação da Terra, estendendo-se a primeira até a formação da Sociedade de Nações e a segunda, até a queda da Alemanha nazista. 

Em 1997 foi incluído no Salão da Fama da Ficção Científica em caráter póstumo. Foi também, sem que isto supusesse contradição alguma com suas convicções pacifistas, pioneiro no desenvolvimento dos jogos de guerra, com seus trabalhos Floor Games (1911) e Little Wars (1913).



Também nesta data: 
1863 - Morre Eugène Delacroix, um dos maiores mestres da pintura francesa
1912 - Morre Jules Massenet, ilustre compositor francês
1953 - Golpe no Irã depõe Mossadegh

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Coronavírus

Primeiro carregamento de oxigênio sai nesta sexta da Venezuela e deve chegar a Manaus até domingo

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Serão enviados dois caminhões com cilindros de oxigênio acompanhados por escolta militar até a fronteira entre os dois países

Fania Rodrigues

Caracas (Venezuela)
2021-01-15T23:07:00.000Z

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O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, informou com exclusividade a Opera Mundi na noite desta sexta (15/01) que o primeiro carregamento de oxigênio para o Amazonas já foi autorizado e será despachado ainda hoje para o Brasil.

A carga vai sair da cidade de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar e viajará 1.500 km, por aproximadamente dois dias, até a capital amazonense. Essa primeira leva será transportada por via terrestre em dois caminhões e deverá chegar à cidade até domingo.

As formalidades do acordo de cooperação foram negociadas entre os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), e o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Nogueira.

Segundo Arreaza, a logística desse primeiro envio será fornecida pelo governo venezuelano. Mas, depois o governo amazonense deverá assumir a tarefa enviando mais caminhões do Brasil para buscar oxigênio na Venezuela.

O governo da Venezuela vai ofereceu ainda uma escolta militar para as cargas, que será acompanhada até a fronteira a cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira, e depois por militares brasileiros.

O ministro venezuelano informou ainda que o governo de Nicolás Maduro “vai fornecer oxigênio enquanto durar a situação de emergência do estado Amazonas”, o que impede, segundo ele, de precisar a quantidade fornecida da substância, tampouco o tempo da duração do convênio.

Dhyeizo Lemos/Fotos Públicas
Carregamento de oxigênio da Venezuela sai nesta sexta do país e deve chegar a Manaus até domingo

A produção de oxigênio na cidade de Puerto Ordaz faz parte de um plano de nacional para atender a pandemia do covid-19 na Venezuela. Essa planta industrial estava desativada e foi retomada no ano passado com esse objetivo. “O oxigênio que produzimos nessa fábrica é suficiente para atender essa região da Venezuela e ainda contribuir para aliviar a emergência do Brasil”, disse.

De acordo com Arreaza, a ação de solidariedade da Venezuela com o estado Amazonas está acima das diferenças ideológicas que possam existir entre os dois países. “Oferecemos ajuda ao governador do Amazonas porque os bolivarianos somos solidários, essa é uma ação humanitária que tem que estar acima das diferenças políticas. O que nos une é o objetivo de salvar vidas. Espero que o governo brasileiro entenda que é importante ter boa relação com os seus vizinhos”.

A Venezuela possui uma das menores taxas de contágios e mortes por covid-19 da América Latina, portando a assistência ao Brasil não afeta sua situação interna. O país investiu em ações preventivas e criou centros de diagnósticos rápidos, desafogando hospitais e clínicas.

Além disso, decidiu isolar todos os pacientes que testam positivo para o covid-19, evitando assim a propagação da doença. Atualmente, os hospitais e centros de atendimento de saúde operam com uma ocupação de leitos que varia entre 50 a 60% de sua capacidade.

Além disso, o país já assinou contrato com a Rússia para o fornecimento da vacina Sputnik V e deve começar a vacinação em fevereiro, segundo informações oficiais. Na primeira etapa serão vacinadas 10 milhões de pessoas, um terço da população de 30 milhões de habitantes.

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