No momento em que as tropas do Exército Vermelho invadiam as ruas desertas e destruídas de Berlim e esmagavam as tropas nazistas, o führer Adolf Hitler, ditador da Alemanha, enterrado em seu refúgio a prova de ataques aéreos, mastiga uma cápsula de cianureto enquanto atira contra si com uma pistola. Era o dia 30 de abril de 1945. O prometido Reich de mil anos desabava sobre ele.
Hitler tinha reformado seu 'bunker', estrutura feita para resistir a projéteis, em 16 de janeiro após ter decidido permanecer em Berlim para o derradeiro grande cerco da guerra. Localizado a cerca de 20 metros abaixo da chancelaria, passou a ser o quartel-general de Hitler como chanceler do Reich nazista.
O refúgio continha 18 pequenos aposentos e estava plenamente sortido de mantimentos. Dispunha também de sistema próprio de fornecimento de água e eletricidade. Muito raramente ele deixava o bunker. Uma das exceções foi para condecorar um esquadrão de soldados-adolescentes da Juventude Hitlerista.
Passava a maior parte de seu tempo imaginando como poderia manobrar com o que restava da defesa alemã. Às vezes recebia convidados como Hermann Goering, Heinrich Himmler e Joachim von Ribbentrop e com eles se entretinha.
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Confirmação da morte do ditador ocorreu 11 anos depois, em 1956
Ao seu lado estava Eva Braun, com quem tinha se casado apenas dois dias antes de seu duplo suicídio, e o cão alsaciano Blondi.
Alertado por seus oficiais que o Exército Vermelho se acercava da chancelaria e que em estimados um ou dois dias ela seria tomada de assalto, eles o aconselharam que se refugiasse em Berchtesgarden, uma pequena cidade nos Alpes Bávaros, onde Hitler, em seus tempos de ascensão, costumava passar parte de seu tempo. O ditador preferiu o suicídio.
Acredita-se que tanto ele quanto sua mulher mastigaram cápsulas de cianureto, que havia sido testada em seu próprio cachorro e suas crias. Além do provável efeito letal do cianureto, ele confirmou sua morte com um disparo de sua própria arma.
Os corpos de Hitler e Eva foram cremados no jardim da chancelaria pelos serviçais do bunker, por ordem do führer. Segundo se conheceu posteriormente, as tropas russas conseguiram recuperar parte da ossatura que havia sido enterrada junto com cinzas da cremação.
Somente em 1956, após incontáveis perícias e testemunhos, uma corte de justiça da Alemanha Ocidental declarou oficialmente que Adolf Hitler estava morto.