Na madrugada de 7 de maio de 1945, à 1h30, o almirante Mark Dönitz, que assumira o comando da nação após o suicídio de Hitler, em 30 de abril, radiografou ao general Alfred Jodl de seu novo quartel-general em Flenburg, na fronteira dinamarquesa, dando-lhe amplos poderes para assinar o documento de rendição incondicional.
Numa pequena escola de tijolos vermelhos, em Reims, na França, onde Eisenhower havia instalado seu quartel-general, deu-se a capitulação incondicional da Alemanha às 2h45 da mesma madrugada.
Foi assinada em nome dos Aliados, pelo general Walter Bedell Smith, em nome do Exército Vermelho pelo general Ivan Susloparov, apondo sua assinatura como testemunha o general francês François Sevez. O almirante Hans Von Friedeburg e o general Alfred Jodl assinaram pela Alemanha.
Jodl solicitou permissão para dizer algumas palavras, sendo-lhe concedida: “Com essa assinatura, o povo e as Forças Armadas da Alemanha são, para melhor ou pior, entregues às mãos dos vencedores. Nesta hora, posso apenas exprimir a esperança de que os vencedores nos tratem com generosidade”.
Não houve resposta por parte dos aliados.
Wkipedia Commons
General nazista Alfred Jodl assina a rendição da Alemanha, colocando fim à Segunda Guerra Mundial, em 7 de maio de 1945
Fim do Terceiro Reich
O III Reich sobreviveu ao seu fundador apenas 7 dias, que se matara ao sentir a aproximação inexorável e a invasão do Reichstag e do bunker de Hitler pelo Exército Vermelho.
Pouco depois das 22h de 1º de maio, enquanto os corpos de Joseph Göbbels e de sua mulher estavam sendo queimados no jardim da Chancelaria, e os que habitavam o abrigo se reuniam para empreender a fuga, a rádio de Hamburgo interrompeu a transmissão solene da Sétima Sinfonia de Bruckner.
Ouviu-se o rufar de tambores e depois o locutor: “Nosso Führer, Adolf Hitler, lutando até o último alento contra o bolchevismo, tombou pela Alemanha esta tarde em seu quartel-general de Operações na Chancelaria. O Führer nomeou seu sucessor, em 30 de abril, o almirante Karl Dönitz”.
O regime nazista, da mesma maneira que começara, extinguia-se com uma vil mentira esfarrapada: não morreu naquela tarde e sim no dia anterior e, fundamentalmente, não morreu lutando.
Os canhões cessaram fogo na Europa, e as bombas deixaram de cair, à meia-noite de 8 para 9 de maio. Um estranho silêncio pairou sobre o continente pela primeira vez desde 1º de setembro de 1939. Naqueles cinco anos, oito meses e sete dias decorridos, milhões de homens e mulheres tinham sido mortos em centenas de campos de batalha e em milhares de cidades bombardeadas. Milhões de outros tinham encontrado a morte nas câmaras de gás nazistas e nos campos de concentração.
Após 12 anos, quatro meses e oito dias, chegava ao fim o “Reich dos Mil Anos”.