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Hoje na História

Hoje na História: 1897 - lançado 'Drácula', de Bram Stoker

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Autor escreveu 17 romances; inicialmente vampiro Drácula se chamaria 'Conde Vampiro', mas foi alterado após Stoker ler um livro sobre Valáquia e Moldávia

Max Altman

2022-05-26T16:30:00.000Z

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Os primeiros exemplares do clássico e afamado romance de vampiros Drácula, de autoria do escritor irlandês Abraham ‘Bram’ Stoker, apareceram nas bancas das livrarias londrinas em 26 de maio de 1897.

Em meio a uma infância desvalida, Stoker cresceu para se tornar uma estrela da equipe de futebol do Trinity College, em Dublin. Após sua graduação, conseguiu um emprego de serviços gerais no Castelo de Dublin, onde trabalhou nos dez anos que se seguiram, época em que colaborou com o jornal Dublin Mail como crítico de teatro. No exercício dessa função, tornou-se amigo do respeitado ator Sir Henry Irving, que o contratou para ser seu empresário. Stoker permaneceu como agente do artista por mais de três décadas, respondendo por ele a volumosa correspondência de Irving e acompanhando-o em turnês pelos Estados Unidos. No curso desses anos, Stoker começou a escrever várias histórias de horror para distintas revistas e em 1890 publicou seu primeiro romance, The Snake's Pass.

Stoker publicaria um total de 17 romances, mas foi o seu romance Drácula, de 1897, que finalmente lhe trouxe fama literária, tornando-a conhecida como uma obra-prima da literatura de terror da Era Vitoriana. O livro tem a forma de um diário narrado pelos principais personagens: Jonathan Harker, que encontra o vampiro em seu castelo, sua noiva Mina, o médico John Seward e Lucy Westenra, vítima de Drácula transformada em vampira.

Liderados pelo médico holandês Van Helsing, Harker e seus amigos enfrentam e matam a terrível criatura. Drácula é a história de um vampiro que viaja da Transilvânia (uma região do Leste Europeu, hoje Romênia) a Yorkshire, na Inglaterra, e ali faz de inocentes suas presas para sugar-lhes o sangue de que precisa para sobreviver. De início, Stoker deu ao vampiro o nome de “Conde Vampiro”. O nome Drácula ele encontrou num livro sobre a Valáquia e a Moldávia escrito pelo diplomata aposentado William Wilkinson, que ele pegou emprestado de uma biblioteca pública de Yorkshire durante as férias de sua família.

Wikicommons
A "draculamania" cresceu vertiginosamente com o enorme sucesso do filme "O Conde Drácula"

Na trama da obra, a ciência mistura-se à ficção. Van Helsing, por exemplo, submete Lucy à transfusão sanguínea, para salvá-la do vampiro. Trata-se de uma novidade na época. Quando Drácula foi escrito, a Europa experimentava as primeiras transfusões. Stoker tinha dois irmãos médicos e conhecia os avanços da medicina de sua época, só não sabia das diferenças entre os grupos sanguíneos, que só seriam descobertas em 1900 pelo médico austríaco Karl Landsteiner. Por isso, Van Helsing fez transfusões preocupando-se apenas com a saúde do doador, sem pensar na incompatibilidade com o tipo sanguíneo de Lucy.

Vampiros, que abandonam seus túmulos à noite para beber o sangue de seres humanos, eram figuras populares em contos folclóricos de épocas passadas, porém o romance de Stoker catapultou-as para uma das correntes principais da literatura do século XX. Por ocasião de seu lançamento, Drácula gozou apenas de um moderado sucesso. 

As vendas começaram a crescer nos anos 1920, quando o romance foi adaptado para o teatro na Broadway. A "draculamania" cresceu vertiginosamente com o enorme sucesso do filme O Conde Drácula do estúdio Universal, em 1931, dirigido por Tod Browning e estrelado pelo ator húngaro Béla Lugosi. Dezenas de filmes, programas de televisão e literatura, tendo por tema vampiros, surgiram, embora Lugosi, com o seu exótico sotaque, permanece até hoje como a quintessência do Conde Drácula.

Também nesta data:
1755 - Contrabandista que desafiou absolutismo francês é executado
1797 – Gracchus Babeuf e Darthé são guilhotinados em Vendôme
1882 - Formada a Tríplice Aliança na Europa
1896 - Nicolau II da Rússia é coroado

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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Constituinte no Chile

'Base de um Chile mais justo', diz presidente da Constituinte na entrega de texto final

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Ao cumprir um ano de debate, Convenção Constitucional encerra trabalhos com entrega de nova Carta Magna a voto popular

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-04T21:39:54.000Z

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Aconteceu a última sessão da Constituinte chilena nesta segunda-feira (04/07) com a entrega de uma nova proposta de Constituição para o país. 

"Esta proposta que entregamos hoje tem o propósito de ser a base de um país mais justo com o qual todos e todas sonhamos", declarou a presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros. 

Após um ano de debates, os 155 constituintes divulgaram o novo texto constitucional com 178 páginas, 388 artigos e 57 normas transitórias.

O presidente Gabriel Boric participou do ato final da Constituinte e assinou o decreto que convoca o plebiscito constitucional do dia 4 de setembro, quando os chilenos deverão aprovar ou rechaçar a nova Carta Magna.

"Hoje é um dia que ficará marcado na história da nossa Pátria. O texto que hoje é entregue ao povo marca o tamanho da nossa República. É meu dever como mandatário convocar um plebiscito constitucional, e por isso estou aqui. Será novamente o povo que terá a palavra final sobre o seu destino", disse.

No último mês, os constituintes realizaram sessões abertas em distintas regiões do país para apresentar as versões finais do novo texto constitucional. A partir do dia 4 de agosto inicia-se a campanha televisiva prévia ao plebiscito, que ocorre em 4 de setembro. 

Embora todo o processo tenha contado com ampla participação popular, as últimas pesquisas de opinião apontam que a nova proposta de constituição poderia ser rejeitada. Segundo a pesquisa de junho da empresa Cadem, 45% disse que votaria "não", enquanto 42% dos entrevistados votaria "sim" para a nova Carta Magna. No entanto, 50% disse que acredita que vencerá o "aprovo" no plebiscito de setembro. Cerca de 13% dos entrevistados disse que não sabia opinar.

Reprodução/ @gabrielboric
Presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros, e seu vice, Gaspar Domínguez, ao lado de Gabriel Boric

"Além das legítimas divergências que possam existir sobre o conteúdo do novo texto que será debatido nos próximos meses, há algo que devemos estar orgulhosos: no momento de crise institucional e social mais profunda que atravessou o nosso país em décadas, chilenos e chilenas, optamos por mais democracia", declarou o chefe do Executivo. 

Em 2019, Boric foi um dos representantes da esquerda que assinou um acordo com o então governo de Sebastián Piñera para por fim às manifestações iniciadas em outubro daquele ano e, com isso, dar início ao processo constituinte chileno.

Em outubro de 2020 foi realizado o plebiscito que decidiu pela escrita de uma nova constituição a partir de uma Convenção Constitucional que seria eleita com representação dos povos indígenas e paridade de gênero.

"Que momento histórico e emocionante estamos vivendo. Meu agradecimento à Convenção que cumpriu com seu mandato e a partir de hoje podemos ler o texto final da Nova Constituição. Agora o povo tem a palavra e decidirá o futuro do país", declarou a porta-voz do Executivo e representante do Partido Comunista, Camila Vallejo.

A composição da Constituinte também foi majoritariamente de deputados independentes ou do campo progressista. Todo o conteúdo presente na versão entregue hoje ao voto público teve de ser aprovado por 2/3 do pleno da Convenção para ser incluído na redação final.

Com minoria numérica, a direita iniciou uma campanha midiática de desprestígio do organismo, afirmando que os deputados não estariam aptos a redigir o novo texto constitucional. Diante dos ataques, o presidente Boric convocou os cidadãos a conhecer a fundo a nova proposta, discutir de maneira respeitosa as diferenças e votar pela coesão do país, afirmando não tratar-se de uma avaliação do atual governo, mas uma proposta para as próximas décadas. 

"Não devemos pensar somente nas vantagens que cada um pode ter, mas na concordância, na paz entre chilenos e chilenas e pela dignidade que merecem todos os habitantes da nossa pátria", concluiu o chefe de Estado.

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