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Hoje na História

Hoje na História: 1952 - Revolução derruba rei do Egito e proclama República

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Movimento progressista Oficiais Livres que acabaria derrubando monarquia foi fundado por Abdel Nasser, primeiro egípcio a ocupar Presidência do país

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-07-23T15:13:00.000Z

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A organização clandestina Oficiais Livres derrubou, em 23 de julho de 1952, o rei Farouk I e tomou o poder no Egito, proclamando a república. O general Mohamed Neguib foi levado à chefia do governo. 

Na época, o Egito vivia uma crise depois do fim da primeira Guerra Árabe-Israelense (1948-1949): o rei fora acusado de responsável pela derrota diante de Israel e sua submissão ao Reino Unido, instalado no Canal de Suez.

O movimento progressista que acabaria por derrubar a monarquia foi fundado pelo jovem coronel Gamal Abdel Nasser, que logo se tornaria primeiro-ministro adjunto e, mais tarde, presidente. O rei Farouk abdicaria em 26 de julho e se exilaria em Mônaco. O general Mohamed Neguib seria então escolhido como primeiro presidente da República do Egito.

Logo em seguida à queda da monarquia, o Egito tentou organizar a nascente república. De Nasser a Mubarak, os diversos presidentes moldaram o país, tendo por principais objetivos a modernização e a recuperação econômica. Ao ritmo dos conflitos externos e da influência e da ingerência internacional, o governo atravessou distintas etapas.

Desse modo, da nacionalização a uma democracia mais palpável, passando pela pacificação, o Egito progressivamente mudou de cara, sem verdadeiramente atingir a estabilidade nem a democracia.

Quando a monarquia foi derrubada pelos Oficiais Livres, o general Neguib ocupou as funções de chefe de governo e de presidente do Conselho de Estado. Nasser passou a ser seu assistente, ocupando o posto de vice-presidente.

Wikimedia Commons
Movimento progressista que acabaria por derrubar a monarquia foi fundado pelo jovem coronel Gamal Abdel Nasser

Nasser não demorou muito para afastar Neguib do poder e tomar seu lugar. Pela primeira vez depois de séculos, o Egito seria verdadeiramente governado por um egípcio, já que Neguib nascera no Sudão e a família real de Farouk era de origem albanesa. Isso daria um impulso de nacionalismo ao país. 

Nasser lutou para unificar o mundo árabe e para conferir ao Egito uma independência total. Sua posição e seu papel no nascimento do Movimento dos Países Não-Alinhados ilustram esses objetivos, bem como sua participação na conferência de Bandung, em 1955. 

Todavia, o Egito permaneceu fragilizado por uma economia muito débil que a política nasseriana não conseguiu melhorar. Os conflitos israelo-árabes contribuíram igualmente para o enfraquecimento do país, que se viu obrigado a apelar à União Soviética para se abastecer de armas, e aos Estados Unidos para financiar a construção da barragem de Assuã.

Quando Washington se recusou a fornecer essa ajuda, Nasser respondeu com a nacionalização da Companhia do Canal de Suez. O fato deu nascimento a uma verdadeira crise internacional que, no final, reduziria sua imagem aos olhos do mundo muçulmano governado por reis e nobres. Ele se valeu da situação para tentar executar o projeto de unificação do mundo árabe.

Sua primeira união com a Síria, selada com a criação da República Árabe Unida, resultou em fracasso. Dedicou-se então a reforçar seu papel no seio da Liga Árabe. Mas sua conduta estratégica em relação a Israel conduziu rapidamente à Guerra dos Seis Dias, em 1967, que terminou com uma derrota dolorosa para o Egito.

Também nesta data:

1757 - Morre o compositor italiano Domenico Scarlatti
1920 - Nasce, oficialmente, a rainha do fado Amália Rodrigues
1951 - Morre o general francês Henri-Philippe Petain

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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