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Hoje na História

Hoje na História: 1482 - Tomás de Torquemada é nomeado inquisidor

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Preocupada em se livrar das minorias religiosas, a Espanha compromete-se com a Inquisição na prática de 'La Limpieza de Sangre', a pureza do sangue

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2020-02-11T13:50:00.000Z

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Atualizada em 11/02/2020

O rei católico Fernando V nomeia em 11  de fevereiro de 1482 novos inquisidores encarregados de erradicar a heresia em território espanhol. Entre eles, figura o futuro inquisidor-geral, Tomás de Torquemada. Símbolo do fanatismo religioso e da violência da Inquisição espanhola, ele teve grande responsabilidade na implantação e generalização da tortura e das fogueiras.

Em 1479, quando a Inquisição medieval vivia suas derradeiras horas, Fernando V e Isabel a Católica fundam a Inquisição espanhola. Este ato de nascimento ilustra a particularidade desta instituição: ela fica sob o controle do Estado e não da Santa Sé, ainda que ela tenha dado autorização. O contexto da Reconquista propicia igualmente o estabelecimento de objetivos bem precisos, orientados contra as minorias religiosas que são os judeus e os muçulmanos.

Os julgamentos da Inquisição adotaram então o nome de Autos da Fé. Preocupada em se livrar das minorias religiosas, a Espanha compromete-se com a Inquisição na prática de “La Limpieza de Sangre”, a pureza do sangue. Dando continuidade à política, a Espanha põe em vigor a emissão de certificados de pureza do sangue, que pretendiam demonstrar que a pessoa era portadora de sangue cristão, ou seja, que ela ou sua família não tinham se convertido recentemente ao cristianismo.


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Torquemada

O inquisidor-geral, Tomás de Torquemada, agiu com violência e queimou na fogueira cerca de duas mil pessoas no espaço de 15 anos, provocando certa reprovação da Santa Sé. Não obstante, seu poder se estendeu rapidamente levando à condenação de feiticeiras e da magia. A partir de 1529, a Inquisição assumiu outra missão: a luta contra os protestantes. Graças a esta instituição, a Espanha resistiu à reforma luterana e permaneceu firmemente católica.

Utilizando-se da tortura, fazendo pesar um verdadeiro manto de chumbo religioso e cultural sobre o país, atormentado pela figura cruel de Torquemada, a Inquisição espanhola perdurou por vários séculos. Com efeito, se a Inquisição medieval foi montada em benefício dos instrumentos de controle e da justiça do Estado, a Inquisição espanhola, embora braço do Estado, não tinha esta necessidade e limitação. Meio de preservar as tradições, mantém sua vigência até a conquista napoleônica. Restabelecida em 1823, só seria definitivamente suprimida em 1834.


Wikicommons
Preocupada em se livrar das minorias religiosas, a Espanha compromete-se com a Inquisição na prática de 'La Limpieza de Sangre'

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Política e Economia

FBI investiga Trump por violar lei de espionagem e recupera documentos dos EUA

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Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-12T21:40:00.000Z

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O FBI está investigando o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação do "Ato de Espionagem", por obstrução de justiça e por remoção ou destruição de registros, informam os documentos tornados públicos nesta sexta-feira (12/08).

Ao todo, 20 caixas de documentos, fotos e outros itens foram retirados da mansão de Mar-a-Lago na operação da última terça-feira (08/08). A informação foi divulgada pelo pelo jornal estadunidense The Wall Street Journal. Entre as páginas estavam documentos com a marcação de "TS/SCI", o mais alto nível de classificação secreta do governo norte-americano.

Foram quatro caixas de documentos "ultrassecreto", três de "secretos" e três de "confidencial". Também foi confirmado que, durante a operação, foi recuperado um material sobre o "presidente da França", Emmanuel Macron.

O Washington Post afirmou que, segundo fontes ligadas à investigação, o FBI também buscava documentos secretos sobre armas nucleares. "Especialistas em informação confidencial disseram que a busca incomum levanta grave preocupação em autoridades do governo sobre o tipo de informação que eles pensavam que poderia ser encontrada [na residência] de Trump em Mar-a-Lago e potencialmente em risco de caírem em mãos erradas", afirmou o periódico.

Palácio do Planalto/Flickr
Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

O mandado de busca e apreensão ainda autorizou a investigação no escritório de Trump na residência e em qualquer "sala de armazenamento e outras salas dentro da premissa de uso ou possível uso por [Trump] e sua equipe e em caixas ou documentos que podem ter sido armazenados, incluindo todas as estruturas ou prédios do local".

Após a divulgação das informações oficiais, Trump se manifestou por meio de sua rede social, a Truth, se defendendo das acusações.

"Número um, era tudo material desclassificado. Número dois, não tinham a necessidade de sequestrar nada. Poderiam ter obtido isso quando quisessem sem fazer política e entrar em Mar-a-Lago. Estavam em um lugar seguro, com um cadeado a mais depois que me pediram", escreveu.

Trump tenta fazer com que a operação do FBI se torne política e vem conseguindo apoio dos seus pares republicanos nisso. Já a Casa Branca se manifestou apenas uma vez sobre o caso, dizendo que o presidente Joe Biden ou qualquer membro do alto escalão não sabiam da ação.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato.

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