Após meses buscando um veículo capaz de atravessar trincheiras, derrubar obstáculos e resistir a artilharia pesada, o Exército Britânico testa em 6 de setembro de 1915 o primeiro tanque de guerra da história.
Após ter visto o Rolls Royce blindado utilizado pela Royal Naval Air Service em 1914, o primeiro lorde do Almirantado, Winston Churchill, patrocina o Landships Committe para supervisionar o desenvolvimento desta nova arma.
Sob a direção do coronel Ernest Swinton, o Landships Committe criou, com sucesso, o primeiro protótipo, chamado Little Willie. Inicialmente denominados de barcos de terra (landship), os primeiros veículos foram coloquialmente designados como transportadores de água e, mais tarde, para manter o segredo, tanques.
A palavra tanque foi utilizada para dar aos trabalhadores a impressão de que estavam construindo contentores de água móveis para o Exército Britânico na Mesopotâmia. O primeiro tanque entra em operação em 15 de setembro de 1916, quando o capitão H.W. Mortimore, da Royal Navy, leva um Mark I a combate durante a Batalha do Somme.
Os franceses desenvolveram o Schneider CA1 que foi utilizado pela primeira vez em 16 de abril de 1917. A primeira vez que foram empregados tanques maciçamente durante um confronto foi na Batalha de Cambrai, em 20 de novembro de 1917.
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Mark I foi um dos primeiros tanques de guerra usados em campo de batalha
O carro de combate tornaria finalmente obsoleta a guerra de trincheiras. Os milhares de tanques que se utilizaram na guerra pelas forças britânicas e francesas trouxeram uma contribuição significativa para esse resultado.
Os resultados iniciais com os tanques eram variados: a probabilidade de não funcionar satisfatoriamente no campo de batalha causava um desgaste considerável em combate. Contudo, sua utilização em pequenos grupos também diminuiu o seu valor e impacto tático.
As forças alemãs sofreram o choque e não tinham armas contra os tanques. Foi acidentalmente que descobriram que o uso de trincheiras mais fundas e largas poderia limitar a mobilidade dos tanques britânicos.
A evolução das condições no campo de batalha e a falta de confiança plena forçaram os aliados a continuar o aperfeiçoamento de seus tanques durante o resto da guerra, produzindo-se novos modelos como o Mark V, que podia abrir passagem através de obstáculos maiores, especialmente trincheiras mais amplas.
A Alemanha apresentou uma pequena quantidade de tanques, principalmente capturados durante a Primeira Guerra Mundial. Só chegaram a produzir vinte tanques de seu próprio projeto, o Sturmpanzerwagen A7V.
A Segunda Guerra Mundial tornou famosa as blitzkrieg (guerra relâmpago) alemãs apoiadas fundamentalmente na velocidade de deslocamento de suas panzerdivisionen, divisões de carros de combate blindados, sucessores dos tanques da Primeira Guerra Mundial.