A República da China foi um dos países fundadores das Nações Unidas em 1945. Em 1949, com o fim da guerra civil chinesa, o governo da República da China do partido Kuomitang de Chiang Kai-shek, ao ser derrotado pela revolução liderada por Mao Tse Tung, refugiou-se na ilha de Taiwan, cedendo o controle da área continental para o governo comunista da República Popular da China.
O assento chinês nas Nações Unidas foi ocupado pela República da China até 25 de outubro de 1971, quando foi aprovada a resolução 2758 pela Assembleia Geral da ONU substituindo Taiwan pela República Popular da China em todas as suas instâncias e organismos. Em 23 de novembro tornou-se membro permanente do Conselho de Segurança com direito a veto.
Desde 1991, a República da China vem apresentando reiteradas petições para a sua reinclusão na ONU, em representação da população de Taiwan, valendo-se de designações como República da China em Taiwan, República da China (Taiwan) ou simplesmente Taiwan.
Contudo, todas as tentativas têm sido negadas, porque o pedido não consegue votos suficientes para o deferimento ou porque é rejeitada liminarmente devido à oposição da República Popular da China.
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A República da China foi um dos países fundadores das Nações Unidas em 1945
Em julho de 2007, o atual presidente de Taiwan, Chen Shui-bian apresentou a 15ª solicitação para se unir às Nações Unidas, sob o nome de Taiwan, tendo sido negada pelo Escritório de Assuntos Jurídicos da ONU, por força da Resolução 2758.
Em resposta à rejeição da ONU, o governo de Taipé tem argumentado que Taiwan não é parte da China, e que a Resolução 2758 não toca a questão da representação de Taiwan na ONU, portanto não impede a participação de Taiwan como uma nação soberana independente. Contudo, o governo de Pequim afirma que Taiwan é parte integrante da China, repisando que a decisão das Nações Unidas fora tomada na conformidade do Estatuto das Nações Unidas e da resolução da Assembleia Geral.
As tentativas atuais de de incluir Taiwan no concerto das nações como representante dos 23 milhões de habitantes da ilha têm sido infrutíferas.