Um ataque promovido na sexta-feira (27/09) pelas Forças de Defesa Israelenses (FDI, como é chamado o exército do país) em Beirute, capital do Líbano, matou Sayyed Hassan Nasrallah, líder do grupo armado libanês Hezbollah. A morte foi confirmada pelo próprio grupo neste sábado (28/09).
A declaração confirmou que ele foi morto com outros membros do grupo “após o ataque sionista traiçoeiro nos subúrbios ao sul” de Beirute, que não foi cessado após a morte de Nasrallah.
O bombardeio de Israel contra a capital libanesa deixou pelo menos seis pessoas mortas e outras 91 feridas, segundo o governo do Líbano. O ataque foi realizado horas depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursar na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.
Um porta-voz militar de Israel anunciou a morte de Hassan Nasrallah, algumas horas depois do ataque. Os militares israelenses afirmaram que os ataques em território libanês tiveram como alvo o QG de Nasrallah, que ficava “sob um edifício residencial na área de Dahieh, em Beirute”.
O Hezbollah, mais tarde, confirmou o fato, prometendo manter sua resistência, apesar da perda de seu principal líder. “A liderança do Hezbollah jura ao mais nobre, sagrado e precioso mártir da nossa luta repleta de sacrifícios, que continuará a sua jihad contra o inimigo, em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano e do seu povo resistente e nobre”, informou.
O muçulmano de 64 anos, que tinha laços bem estreitos com o Irã, comandava o Hezbollah desde 1992.
Ataques de Israel contra o Líbano
Em combates a tiros desde o início da ofensiva em Gaza, a violência israelense contra o Líbano se intensificou nas últimas semanas. Pagers e aparelhos de comunicação por rádio usados no Líbano explodiram simultaneamente, deixando pelo menos 37 mortos e mais de três mil feridos em uma ação atribuída a Tel Aviv.
O Hezbollah respondeu lançando mísseis sobre Israel. Contudo, a resposta das FDI foi um bombardeio sobre Líbano, que deixou mais de 700 mortos. Cerca de 30 mil libaneses saíram em direção à vizinha Síria em apenas 3 dias, fugindo dos ataques de Israel.
Segundo o jornal norte-americano The New York Times, o exército libanês posicionou tanques no centro de Beirute, próximo à ponte ponte Burj Al Ghazal, “em antecipação a possíveis confrontos após a morte de Nasrallah”.
Autoridades de Israel têm afirmado que o conflito contra libaneses é a nova frente da guerra na Palestina iniciada há quase um ano, após um ataque do grupo Hamas a Tel Aviv. Israel, então, lançou ataques frequentes a Gaza e invadiu o território, em uma ofensiva que deixou mais de 40 mil mortos.
(*) Com Ansa e Brasil de Fato