O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apelou nesta segunda-feira (30/09) para um cessar-fogo “imediato”, pedindo que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) não lancem uma operação terrestre no sul do Líbano..
“Precisamos de um cessar-fogo agora”, declarou o mandatário durante uma coletiva de imprensa realizada na Casa Branca. Em seguida, foi questionado por um repórter se estava “confortável” com os planos israelenses de invadir o Líbano.
“Estou mais ciente do que você imagina e estou confortável com eles parando”, enfatizou.
Pouco antes da coletiva concedida por Biden, inicialmente convocada para abordar os danos e mortes causados pelo furacão Helene em vários estados do país, diversos meios de comunicação informaram que Tel Aviv havia notificado Washington sobre uma próxima operação militar contra o Líbano.
Veículos da imprensa local como as emissoras CBS News e Fox News, além do jornal Washington Post, citaram uma fonte anônima pertencente ao governo norte-americano e afirmaram que a incursão começaria “dentro de horas”, em um “futuro iminente”.
Mais cedo, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, destacou que o governo Biden havia sido informado de que Israel realizaria uma operação “limitada” para destruir as estruturas do Hezbollah perto de sua fronteira. O jornal norte-americano The New York Times relatou que as autoridades norte-americanas tiveram “intensas conversas” ao longo do fim de semana, e “acreditavam ter persuadido Israel a não realizar uma grande invasão terrestre no sul do Líbano”.
Esta é a segunda semana de uma intensa operação de bombardeios contra o território libanês, no que as forças israelenses alegam ter como alvo o grupo Hezbollah. Em poucos dias, as IDF assassinaram altos funcionários do movimento, incluindo o líder supremo Hassan Nasrallah, no último sábado (28/09).
No sábado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que “a região” do Oriente Médio se tornou mais segura com o assassinato de Nasrallah. No entanto, nesta segunda-feira, o representante norte-americano recuou e enfatizou que “a diplomacia continua sendo o melhor e único caminho para alcançar maior estabilidade no Oriente Médio”.
“Os Estados Unidos continuarão trabalhando com nossos parceiros na região e em todo o mundo para avançar em uma resolução diplomática que proporcione segurança real a Israel no Líbano e permita que cidadãos evacuados em ambos os lados da fronteira voltem para casa. Os Estados Unidos também estão avançando com seus esforços para um acordo de cessar-fogo em Gaza e um acordo de reféns”, disse Blinken.