Após Israel bombardear o Líbano e matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, famílias de reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza pelo Hamas denunciam, neste sábado (28/09), que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está desviando o foco do resgate para promover ataques contra Beirute.
Segundo o jornal catari Al Jazeera, os familiares de prisioneiros do grupo palestino denunciam que Netanyahu “está jogando dos dois lados” ao atacar a fronteira norte de Israel, com o Líbano, em vez de garantir um acordo para a libertação dos reféns.
A insatisfação tornou-se uma manifestação em Tel Aviv, mesmo diante da ordem do exército israelense contra aglomerações, prevendo uma possível escalada dos conflitos.
De acordo com o periódico israelense Times Of Israel, os manifestantes reuniram-se em Begin Road, exigindo que o governo de Netanyahu garanta a libertação dos reféns, que estão mantidos em Gaza desde 7 de outubro de 2023. Protestos também foram registrados em Jerusalém, Eilat e na Cesareia, em frente à residência do primeiro-ministro.
Contudo, ignorando as pressões de familiares dos reféns em Gaza, Netanyahu escolheu discursar sobre a morte de Nasrallah, afirmando que este foi um “ponto de virada histórico que pode mudar o equilíbrio de poder no Oriente Médio”.
O primeiro-ministro ainda alertou a sociedade israelense sobre “dias desafiadores” pela frente, em alerta sobre a escala de tensão que o assassinato de Nasrallah gerou, uma vez que o Irã declarou “firme apoio” ao Hezbollah, enquanto o Hamas anunciou uma “frente unida” com o grupo libanês.