Após a morte do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, o grupo palestino Hamas declarou, neste sábado (28/09), uma frente unida com o aliado libanês.
“Nós, o movimento Hamas, diante deste crime e massacre sionista, devemos renovar nossa solidariedade absoluta e nos unir aos nossos irmãos do Hezbollah e da resistência islâmica no Líbano, que estão participando com nosso povo e da operação Dilúvio de Al-Aqsa [ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023] em defesa da mesquita de Al-Aqsa e dos direitos legítimos do nosso povo e sua aspiração por liberdade, independência e autodeterminação”, disse o Hamas em uma declaração obtida pela Sputnik.
O grupo palestino lamentou a morte de Nasrallah e expressou e sua resistência no enfrentamento do “inimigo sionista”, acrescentou o comunicado.
“Condenamos nos termos mais fortes esta agressão sionista bárbara e o ataque a edifícios residenciais no subúrbio ao sul de Beirute, e consideramos isso um ato covarde de terrorismo, um massacre e um crime hediondo, que prova mais uma vez a sanguinolência e a brutalidade desta ocupação”, acrescentou o grupo, segundo a Al Jazeera.
De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, o Hamas declarou ainda que os assassinatos israelense “só tornarão a resistência na Palestina e no Líbano mais determinada e persistente”. O grupo ainda disse que Nasrallah morreu “na batalha para apoiar nosso povo”.
Firme apoio do Irã
O líder do Irã, o aiatolá Seyed Ali Khamenei, expressou o seu firme apoio ao Hezbollah após o assassinato de Nasrallah. Também condenou veementemente as ações do que chamou de “regime usurpador sionista”.
“Que os criminosos sionistas saibam que são demasiado minúsculos para causar danos substanciais à sólida estrutura do Hezbollah libanês. Todas as forças da resistência na região estão com o Hezbollah e apoiam-no ”, afirmou por meio de um comunicado.
Khamenei ainda afirmou que o Hezbollah “não será enfraquecido por tais atos criminosos”, além de condenar o assassinato de civis no Líbano.
Nesse sentido, Khamenei destacou que “o grupo terrorista que governa o regime sionista não aprendeu a lição da sua guerra criminosa durante um ano em Gaza, não compreendeu que não pode, com massacres massivos de mulheres, crianças e civis, afetar a sólida estrutura organizacional da resistência e derrubá-la”.
O aiatolá Khamenei concluiu a sua mensagem apelando à unidade com o povo libanês e o Hezbollah face à agressão israelense: “É dever de todos os muçulmanos permanecer com os seus meios ao lado do povo libanês e do Hezbollah, e ajudá-los no confronto com o perverso e maligno regime usurpador.”
(*) Com Sputnik e TeleSUR