O Exército de Israel informou ter destruído nesta quinta-feira (26/09) supostas infraestruturas utilizadas pelo Hezbollah, em meio a uma série de ataques aéreos que atingem o território libanês, especialmente as regiões sul e leste do país.
Os militares também afirmam ter lançado mísseis contra a periferia de Beirute, no bairro de Jamus, local que já havia sido alvo de ataques na semana anterior. Na ocasião, mais de 50 pessoas foram mortas, incluindo mulheres e crianças.
Ainda segundo as autoridades das Forças Armadas de Israel (IDF, porsigla em inglês), foram iniciadas operações de bombardeio a posições na fronteira entre o Líbano e a Síria.
Por outro lado, o Hezbollah disparou dezenas de projéteis contra o norte israelense. Dos pelo menos 57 dispositivos bélicos, 45 foram direcionados à cidade costeira israelense de Acre durante o período da manhã. As IDF logo afirmaram ter frustrado essa ofensiva. Em seguida, o grupo libanês lançou outros 10 foguetes nas proximidades da cidade de Kiryat Shmona, assegurando que o alvo principal foi um complexo militar em Haifa, principal cidade no norte de Israel.
“Na defesa do Líbano e do seu povo, o Hezbollah atacou os complexos industriais militares do grupo Rafael (…) com uma série de foguetes”, afirmou o Hezbollah, em comunicado.
De acordo com o jornal The Times of Israel, não houve feridos em decorrência dos ataques do movimento libanês.
Na noite anterior, o governo do Líbano informou que um ataque aéreo israelense atingiu um prédio perto de Baalbek, na fronteira entre o Líbano e a Síria. A estrutura abrigava trabalhadores sírios e suas famílias. Pelo menos 23 pessoas morreram na ofensiva, que foi classificada pelas autoridades locais como uma das mais mortais no contexto da escalada de tensões entre o país e Israel.
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, o número de mortos no país, nesta quinta-feira, bateu a marca de 620, sendo que pelo menos 72 pessoas foram assassinadas somente na quarta-feira (25/09). Milhares de civis estão feridos, enquanto informes do governo indicam que cerca de meio milhão de pessoas foram deslocadas pela agressão militar de Israel.
Um prédio danificado no local de um ataque aéreo israelense nos subúrbios do sul de Beirute
Comandante do Hezbollah morto em Beirute
Em meio às operações israelenses, as IDF afirmaram ter assassinado o chefe das forças aéreas do Hezbollah, nesta quinta-feira, em um ataque aéreo nos subúrbios do sul de Beirute. De acordo com fontes anônimas consultadas pelo jornal The Times of Israel, a ofensiva teria atingido um “reduto do Hezbollah em Dahiyeh”, tendo como alvo o comandante responsável pela frota de drones, mísseis de cruzeiro e defesas aéreas.
À agência AFP, uma fonte de segurança libanesa confirmou a informação e citou o nome de Mohammed Srur.
“[Um] ataque israelense teve como alvo o comandante da unidade de drones do Hezbollah, Mohammed Srur, conhecido como Abu Saleh, cujo destino ainda não está claro”, afirmou.
De acordo com as IDF, Srur ingressou no Hezbollah na década de 1980, e teria sido responsável pela fabricação de drones para o grupo libanês, além de estabelecer pontos no país onde poderiam construir explosivos.
Segundo o The Times of Israel, trata-se de, pelo menos, o quarto assassinato reivindicado por Israel contra os principais comandantes do Hezbollah, desde a escalada de tensões agravada nos últimos dias. Na terça-feira (24/09), os militares israelenses afirmaram ter atingido o chefe de foguetes e mísseis, Ibrahim Qubaisi. Já na semana anterior, o chefe das operações militares do Hezbollah. Ibrahim Aqil, também foi assassinado.
