Aumentando os temores de uma expansão da guerra no Oriente Médio, Israel manteve ataques contra o Líbano, a Faixa de Gaza e o Iêmen, neste domingo (29/09).
Sob justificativa de atingir membros do Hezbollah, os incessantes bombardeios israelenses contra Beirute mataram 77 pessoas e feriram cerca de 80 nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde libanês. A pasta ainda informou que Tel Aviv assassinou 14 médicos libaneses em suas ofensivas.
Enquanto isso, o chefe do Estado-Maior Militar de Israel, Herzi Halevi, declarou que seu país “precisa continuar atacando” o Hezbollah “com força”.
Nos ataques dos últimos dias, Israel matou Sayed Hassan Nasrallah, secretário-geral e Nabil Qaouk, responsável pela segurança preventiva do grupo libanês, com bombardeios contra Beirute.
Desta forma, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que os países islâmicos devem se unir para pôr fim às atrocidades israelenses e construir a paz na região.
“A instabilidade que é criada na região é por causa do regime sionista. Nada vai acontecer se o regime sionista não matar nenhuma pessoa e assassinar ninguém”, disse o presidente, acrescentando que se os EUA pararem de apoiar Israel e o regime parar de forçar as pessoas a saírem de suas terras e casas, nenhum dos grupos de resistência como Hamas ou Hezbollah intervirá.
Guerra na Faixa de Gaza
Paralelamente à destruição israelense no Líbano, continuam as operações militares em Gaza. As Forças de Defesa Israelenses (FDI, como é chamado o exército do país) atacaram neste domingo uma escola das Nações Unidas que servia de abrigo aos deslocados palestinos. Pelo menos quatro pessoas foram mortas e 15 feridas no ataque, segundo a Al Jazeera.
Tel Aviv também manteve ataques contra o campo de refugiados de Nuseirat e a Cidade de Gaza, elevando o número de mortos para 41.595, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Estes números, acrescentou a entidade de saúde, não têm em conta os milhares de corpos que permanecem nos escombros do enclave, sem que ambulâncias ou equipas de resgate consigam aceder aos mesmos.
Ofensiva contra os Houthis do Iêmen
Aeronaves israelenses ainda fizeram uma série de ataques na província de al-Hodeidah, no oeste do Iêmen, em resposta aos ataques que o grupo de resistência Houthis, em solidariedade à Gaza, lançaram contra Tel Aviv no último mês.
Segundo a Al Jazeera, o exército israelense disse que responderá a “qualquer tipo agressão que venha de qualquer lugar da região”.
Uma fonte de segurança explicou à Agência de Notícias do Iêmen, Saba, que os aviões de guerra de ocupação atacaram tanques de petróleo no porto de Ras Issa e áreas próximas ao porto de al-Hodeidah.
Os ataques de Tel Aviv deixaram quatro mortos e 29 feridos, segundo o Ministério da Saúde das áreas controladas pelos Houthis no Iêmen.
(*) Com IRNA e TeleSUR