Exército de Israel está planejando uma resposta “forte e significativa” ao ataque com mísseis do Irã, realizado no último dia 1º de outubro em mais um episódio de uma escalada da tensão no Oriente Médio, informou a imprensa local israelense neste sábado (05/10).
O site Ynet relatou que as Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) anunciaram que “o que o Irã fez não pode ser ignorado”. Recentemente, autoridades norte-americanas já haviam estimado à imprensa que o ataque israelense ao Irã é “iminente”.
Israel, por sua vez, não deu garantias ao governo de Joe Biden, que é contra esta ofensiva, de que atingir instalações nucleares iranianas esteja fora de questão.
Segundo os meios de comunicação, o ataque iraniano causou danos no país liderado pelo premiê de extrema direita Benjamin Netanyahu, incluindo bases aéreas, embora o Exército israelense tenha afirmado que nenhuma aeronave ou infraestrutura crítica foi atingida.
Mais cedo neste sábado, apesar de ser Shabat – dia sagrado no judaísmo – foram realizadas reuniões no Ministério da Defesa, em Tel Aviv, com representantes de países aliados de Israel para coordenar ações contra Teerã. Oficiais superiores do Exército também participaram.
De acordo com fontes militares, o Exército prepara-se para expandir as operações terrestres na Faixa de Gaza, coincidindo com um ano do início do mais recente massacre contra os palestinos, em 7 de outubro.
As evacuações indicadas esta manhã pelas tropas em Nuseirat e Bureij, na zona central da Faixa de Gaza, seriam um sinal da expansão dos ataques. As áreas estão localizadas logo ao sul do corredor Netzarim, onde o Exército mantém uma presença semipermanente.
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Cresce número de mortos em Gaza
O Ministério da Saúde de Gaza informou neste sábado que, desde 7 de outubro, o número de palestinos mortos devido à agressão de Israel cresceu para 41.825, enquanto o número de feridos aumentou para 96.910, sendo a maioria dos afetados mulheres e crianças.
Ainda segundo as autoridades, equipes de emergência ainda não conseguem chegar às numerosas vítimas e corpos presos nos escombros ou espalhados pelas estradas, uma vez que as forças de ocupação israelenses continuam a impedir a passagem de ambulâncias e equipas de defesa civil.
(*) Com Ansa e Telesur.