Segunda-feira, 16 de junho de 2025
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O primeiro ministro do Líbano, Najib Mikati, solicitou nesta sexta-feira (11/10) uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para um “cessar-fogo imediato e completo”. Segundo ele, o Hezbollah fará parte do compromisso e desocupará a fronteira.

O governo se compromete a enviar o Exército para a região e cumprir a decisão 1701 do Conselho de Segurança da ONU.

“Hezbollah é sócio deste governo e está de acordo com esta decisão”, disse Mikati. O primeiro-ministro destacou o compromisso do seu governo de aplicar a decisão 1701 do Conselho com todas as suas cláusulas.

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Essa resolução colocou fim a um conflito entre Israel e o Hezbollah em 2006. Além do fim das hostilidades em ambos lados da fronteira, ela prevê que apenas as forças de manutenção da paz da ONU e o Exército libanês podem estar presentes no sul do Líbano.

Isso significa que as forças do Hezbollah instaladas perto da fronteira com Israel terão que se retirar para o norte, acima do rio Litami. O compromisso inclui o desarme dessa organização xiita. O premiê frisou que o grupo “está de acordo com esta questão”, insistindo, entretanto, que a comunidade internacional faça “com que Israel se comprometa com a resolução 1701”.

premie do libano najib mikati
World Economic Forum / Wikmedia Commons
Primeiro-ministro do Líbano quer cessar-fogo imediato e tratar dos problemas criados pela guerra

O Hezbollah informou às autoridades libaneses que concordava com o cessar-fogo com Israel no dia em que seu líder, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque israelita no final de setembro, segundo informou a agência notícias France-Presse (AFP).

Até aquele momento, o grupo xiita havia condicionado o cessar-fogo no Líbano ao fim dos combates em Gaza.

Em meados de setembro, o Exército israelita intensificou sua ofensiva no sul do Líbano e na capital, Beirute, nos quais foram mortos diversos líderes do grupo xiita, além de Nasrallah. E, há pouco mais de uma semana, Israel iniciou a inclusão terrestre na região próxima a fronteira, provocando centenas de vítimas libanesas.

Há dois dias, os ataques incluíram até instalações das forças de paz da ONU próximas à fronteira, levando a escalada de tensão e violência a um novo patamar.

A reunião do Conselho de ministros estudou também o que deverá ser feito após o fim da guerra. Entre numerosos temas, debateu-se a situação humanitária e sanitária, assim como os deslocamentos. Segundo Mikati, apenas nas últimas duas semanas, um total de 334 mil sírios abandonaram o país.

O primeiro-ministro libanês também denunciou a continuidade da guerra de Israel contra o Líbano, os assassinatos, a destruição e a violação da soberania do país, além das agressões às forças de paz da ONU no Líbano.

Por último, Mikati afirmou que continuará o diálogo com França, Estados Unidos e outros países para uma solução diplomática do conflito.