Presidente do Irã acusa EUA e Europa de mentirem para favorecer interesses de Israel
Masoud Pezeshkian afirmou que países do Ocidente ofereceram armistício após morte de líder do Hamas, em troca de não retaliação a Tel Aviv, mas que morte do líder do Hezbollah comprovaria que ‘aquela promessa era falsa’
Após uma reunião ministerial realizada neste domingo (29/09), o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi uma prova de que Estados Unidos e União Europeia mentiram quando propuseram um armistício às autoridades iranianas, em agosto passado.
Segundo Pezeshkian, a oferta de Washington e Bruxelas ocorreu dias depois do assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, durante um atentado ocorrido em Teerã, em 31 de julho. Aquela ação foi realizada por agentes da inteligência israelense.
Diante das ameaças de represálias por parte do governo iraniano, europeus e norte-americanos teriam pedido um acordo informal no qual a República Islâmica aceitaria não retaliar Tel Aviv pela morte de Haniye, em troca de os países ocidentais garantirem que o país sionista não realizaria novas operações militares ou de inteligência dentro dos territórios do Irã e do Líbano.

IRNA
Masoud Pezeshkian prometeu que o Irã apoiará os ‘combatentes libaneses que lutam contra as forças israelenses’
Para o líder iraniano, “as declarações dos líderes dos Estados Unidos e dos países europeus, que prometeram um cessar-fogo em troca de o Irã não responder ao assassinato de Haniyeh, foram completamente falsas, e dar uma oportunidade a estes criminosos apenas os encorajará a cometer mais crimes”.
“Esta ação (que resultou na morte de Nasrallah) demonstrou mais uma vez que este regime criminoso (de Israel) não adere a quaisquer parâmetros internacionais ou mesmo os países e entidades aliadas”, acrescentou o mandatário, em pronunciamento transmitido pela agência de notícias estatal IRNA.
Pezeshkian prometeu que o governo do Irã “não deixará os combatentes libaneses sozinhos na luta contra as forças israelenses”, e pediu solidariedade de outros países da região contra “aqueles que vêm sofrendo com os abusos e o terror promovidos pelo governo sionista”.
Com informações da agência IRNA.