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Meio Ambiente

Vaticano organiza reuniões para Sínodo da Amazônia, criticado por governo Bolsonaro

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“A igreja está do lado dos mais fracos, dos mais pobres, dos ribeirinhos e dos indígenas”, declarou bispo de Marajó

Redação

RFI RFI

2019-03-07T16:20:55.000Z

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A Igreja católica está preocupada com a preservação do planeta e organiza a partir desta quinta-feira (7) duas reuniões para discutir o desenvolvimento sustentável. A primeira começou nesta manhã no Vaticano e vai durar até 9 de março. A segunda acontece em Manaus e é uma reunião preparatória para Sínodo da Amazônia, previsto para outubro e que provoca polêmica com o governo Bolsonaro.

A conferência no Vaticano “As religiões e os objetivos do desenvolvimento sustentável: ouvir o grito da terra e dos pobres” propõe um diálogo inter-religioso para estabelecer objetivos de como ajudar a salvar o meio ambiente. Participam representantes da Organização das Nações Unidas para e Agricultura e Alimentação (FAO), além de religiosos da Comissão Justiça, Paz e Integridade da Criação entre outros. A finalidade é reforçar o empenho das religiões e o envolvimento da sociedade civil na preservação do meio ambiente.

Em Manaus, ocorre o seminário de preparação para Sínodo da Amazônia previsto para outubro. O tema central dos dois dias de debates, abertos ao público, é a preservação ambiental da Amazônia.

As duas reuniões recordam a encíclica do papa Francisco Laudato si', na qual ele critica o consumismo e desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global das ações para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas.

Críticas do governo brasileiro

Recentemente o governo brasileiro criou polêmica com a realização do Sínodo da Amazônia. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse em fevereiro que ONGs estrangeiras e chefes de Estado de outros países não devem dar "palpite" na Amazônia brasileira.

Não houve um comunicado oficial do Vaticano respondendo ao governo do Brasil. A Santa Sé não entra neste tipo de polêmica. Já o bispo de Marajó, no Pará, dom Evaristo Spengler, afirmou que não cabe ao governo brasileiro monitorar os debates da Igreja. Segundo ele, a igreja “não é neutra”, o que não significa que tenha partido. Dom Evaristo declarou que “a igreja está do lado dos mais fracos, dos mais pobres, dos ribeirinhos e dos indígenas”.

O bispo criticou também os interesses econômicos do governo brasileiro. De acordo com ele, existem dois modelos de desenvolvimento: o sustentável e o predatório. Sobre o Brasil, ele falou que “estão incentivando um modelo predatório, que extrai as riquezas da floresta e deixa a população na pobreza”. Além disso, o governo brasileiro “quer construir hidrelétricas, abrir rodovias e permitir o avanço do agronegócio e das mineradoras”.

Vale lembrar que o papa Francisco anunciou o seminário em 2017, muito antes da eleição de Jair Bolsonaro. O Sínodo da Amazônia vai ocorrer de 6 a 27 de outubro deste ano. O Sínodo da Amazônia preocupa o governo de Bolsonaro, que teme que suas políticas contra a demarcação de terras indígenas e ONGs que combatem as mudanças climáticas sejam questionadas durante o encontro.

Preparativos para o Sínodo da Amazônia

Na semana passada, o Vaticano já havia organizado em Roma um seminário preparatório para o Sínodo de outubro. Foram três dias de debates sobre a Amazônia que contaram com a participação do cardeal Cláudio Hummes, que é presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica, e do bispo de Marajó, Dom Evaristo Spengler. O Sínodo é para a Amazônia, mas sua preservação ou destruição tem repercussão mundial.

Nove países compartilham a Pan-Amazônia: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Nesta região, importante fonte de oxigênio para toda a Terra, concentra-se mais de um terço das florestas primárias do mundo. É uma das maiores reservas de biodiversidade do planeta, abrigando 20% da água doce não congelada.

Neste imenso território vivem cerca de 34 milhões de pessoas, das quais mais de 3 milhões são indígenas, pertencentes a mais de 390 grupos étnicos. Povos e culturas diferentes como afrodescendentes, camponeses, colonos, vivem em uma relação vital com a vegetação e as águas dos rios.

Wikimedia Commons
Ao comentar a realização do Sínodo da Amazônia, o governo brasileiro diz que ONGs estrangeiras e chefes de Estado de outros países não devem
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Eleições 2021 no Peru

Direitista Guillermo Lasso vence segundo turno e é eleito presidente do Equador

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Empresário chega à Presidência do Equador na terceira tentativa, superando o candidato progressista Andrés Arauz, que reconheceu a derrota

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-04-12T02:11:00.000Z

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O direitista Guillermo Lasso, do Movimento CREO venceu neste domingo (11/04) o candidato progressista Andrés Arauz, da coalizão União pela Esperança (Unes) e foi eleito presidente do Equador. Ele assume o cargo em 24 de maio, substituindo o atual mandatário, Lenín Moreno, e fica no posto até 2025. 

Em discurso, Arauz reconheceu a derrota e disse que ligaria para Lasso para parabenizá-lo pela vitória. "A partir de hoje, precisamos voltar a ser um só Equador", disse.

Com o resultado, o banqueiro e empresário chega à Presidência do Equador na terceira tentativa. Lasso foi derrotado pelo próprio Moreno no pleito de 2017, mas se aproximou do governo após a guinada neoliberal do mandatário.

Veja os resultados mais atualizados da apuração no Equador:



Lasso chegou a ser ministro da Economia do país em 1999, quando ocupou o cargo por um mês durante o episódio conhecido como Feriado Bancário, que congelou as contas de milhões de equatorianos, desvalorizou a então moeda nacional e provocou a dolarização da economia. O período foi reconhecido como uma das piores crises financeiras do país.

O presidente eleito é acusado de ter aumentado seu patrimônio em milhões de dólares por especulações financeiras durante o período. Além disso, Lasso apareceu no vazamento dos Panama Papers como dono de 49 empresas offshores.

No primeiro turno, após uma apuração lenta (levou duas semanas) e tensa, Arauz obteve 32,72% dos votos; Lasso, por sua vez, conseguiu 19,74%. A disputa pela segunda vaga foi acirrada, já que Yaku Pérez, do partido indígena Pachakutik, recebeu 19,38% dos votos. Pérez chegou a liderar a disputa pela segunda vaga em momentos da apuração, mas perdeu a vantagem para Lasso na última semana. Com a pequena vantagem de Lasso, mesmo sem apresentar provas, Pérez afirmou que houve fraude nas eleições e pediu diversas recontagens de votos ao CNE.

Em seu discurso de vitória, Lasso agradeceu o apoio dos eleitores. “Este é um dia histórico, um dia que todos os equatorianos decidiram seu futuro, expressaram com seu voto a necessidade de mudança. Quero agradecer aos equatorianos que depositaram em mim sua confiança, que saíram para votar em espírito democrático, que o fizeram em paz, que deram uma mensagem contundente: nos equatorianos queremos democracia, queremos liberdade”, disse.

Casa de América/FlickrCC
Direitista Guillermo Lasso foi eleito presidente do Equador neste domingo

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