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Meio Ambiente

Mais ricos emitem dobro de CO2 em relação à população mais pobre, diz relatório da Oxfam

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Segundo relatório, os 10% mais ricos (630 milhões de pessoas) foram responsáveis por 52% das emissões acumuladas de CO2 em 15 anos

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2020-09-21T17:30:00.000Z

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A parte da população mundial que corresponde ao 1% mais rico emite o dobro de gases poluentes em relação à metade mais pobre do planeta. É o que constata um relatório publicado nesta segunda-feira (21/09) pela Oxfam, que pede "justiça social e climática" nos pacotes de estímulo pós-pandemia. 

A ONG examinou o período 1990-2015. Em 25 anos, as emissões globais de CO2, responsáveis pelo aquecimento do planeta, aumentaram quase 60%. Nesse período, a média da temperatura subiu 1°C desde a era pré-industrial, .

De acordo com as análises da Oxfam, "o 1% mais rico da população (quase 63 milhões de pessoas) foi responsável por 15% das emissões acumuladas, ou seja, o dobro em comparação à metade mais pobre da população mundial". Já os 10% mais ricos (630 milhões de pessoas) foram responsáveis por 52% das emissões acumuladas de CO2.

"Nos últimos 20 a 30 anos, a crise climática se agravou e o limitado orçamento global de carbono foi dilapidado para intensificar o consumo de uma população rica, não para tirar as pessoas da pobreza", denuncia a Oxfam. 

Segundo a ONG, os grupos que "mais sofrem esta injustiça são os menos responsáveis pela crise climática: os mais pobres e as gerações futuras", diz a organização, que faz um apelo aos governos de todo o mundo para que retifiquem a situação e coloquem a justiça social e a luta contra a mudança climática no centro dos planos de recuperação econômica para depois da pandemia do novo coronavírus. 

Pixino
Segundo relatório, os 10% mais ricos (630 milhões de pessoas) foram responsáveis por 52% das emissões acumuladas de CO2 em 15 anos

Modelo econômico poluidor não beneficiou mais pobres

"Está claro que o modelo de crescimento econômico muito desigual e emissor de carbono dos últimos 20 a 30 anos não beneficiou a metade mais pobre da humanidade", declarou Tim Gore, especialista da ONG. "É uma dicotomia sugerir que temos que escolher entre o crescimento econômico e o clima", completou.

 A pandemia de covid-19 inevitavelmente trouxe à tona a necessidade de reconstruir melhor e colocar a economia mundial em um caminho mais justo, mais sustentável e mais resistente", afirma no relatório o ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon. "O compromisso coletivo deve ter como prioridade reduzir as emissões de CO2 da faixa mais rica da sociedade, que contamina de forma desproporcional", completa.

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Política e Economia

Após receber carta de Bolsonaro, EUA pedem que Brasil adote “medidas imediatas” contra desmatamento

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Principal representante da Casa Branca saudou as promessas de luta contra o desmatamento ilegal no Brasil; cacique Raoni disse que são mentirosas

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-04-16T22:40:00.000Z

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O governo dos Estados Unidos respondeu nesta sexta-feira (16/04) à carta enviada na véspera pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O principal representante da Casa Branca sobre questões ambientais saudou as promessas de luta contra o desmatamento ilegal da Amazônia até 2030, mas pediu que iniciativas com resultados concretos sejam implementadas imediatamente.

"O fato de o presidente Bolsonaro ter confirmado o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal é importante", disse o enviado especial de Joe Biden para a diplomacia climática, John Kerry. “Esperamos medidas imediatas e um diálogo com as populações indígenas e a sociedade civil para fazer com que esse anúncio se traduza em resultados concretos”, insistiu o representante de Washington em uma postagem nas redes sociais.

Na quinta-feira (15/04), a Presidência brasileira divulgou uma carta de sete páginas, antes da cúpula dos Chefes de Estado sobre a mudança climática que acontecerá em 22 de abril, na qual Bolsonaro diz estar disposto a trabalhar para cumprir as metas ambientais do país no Acordo de Paris e, para isso, pede recursos da comunidade internacional. "Queremos reafirmar nesse ato (...) o nosso inequívoco compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", dizia a texto.

O cacique Raoni, internacionalmente conhecido pela sua luta em defesa da preservação da Amazônia, chegou a reagir publicamente à carta de Brasília pediu ao presidente dos Estados Unidos para ignorar a promessa de Bolsonaro.

"Ele tem dito muitas mentiras", disse o líder indígena no vídeo divulgado pelo Instituto Raoni nesta sexta-feira. "Se este presidente ruim falar alguma coisa para o senhor, ignore-o (...). Ele [Bolsonaro] está querendo liberar o desmatamento nas nossas florestas, incentivando invasões nas nossas terras", acrescentou.

U.S. Department of State
Governo dos Estados Unidos respondeu nesta sexta-feira à carta enviada na véspera pelo presidente brasileiro

Biden cogitou sanções econômicas antes de ser eleito

A política ambiental do governo Bolsonaro é frequentemente criticada pelos ecologistas, mas também por vários líderes internacionais. O Brasil já foi alvo de medidas de retaliação no exterior, na tentativa de chamar a atenção para a situação na Amazônia.

Do lado dos líderes mundiais, o presidente francês Emmanuel Macron já criticou abertamente a posição de Brasília sobre a preservação do meio ambiente desde que Bolsonaro chegou ao poder. Em setembro passado, antes de ser eleito, Biden também cogitou a imposição de sanções econômicas contra o Brasil se não houvesse uma desaceleração do desmatamento.  

Muito mais próximo dos ex-presidente norte-americano Donald Trump que do atual governo democrata dos Estados Unidos, Bolsonaro informou que pretende participar da cúpula virtual sobre o clima organizada por Biden na semana que vem. Cerca de 40 liderem mundiais devem marcar presença no evento.

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