Os Estados Unidos retornaram formalmente nesta sexta-feira (19/02), após exatos 107 dias, ao Acordo de Paris sobre o clima
Uma das primeiras medidas anunciadas pelo presidente Joe Biden, o retorno ao pacto global marca o compromisso da nova administração de se alinhar com as regras estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para, entre outros pontos, a redução da emissão de gases tóxicos, investimentos em energia verde e para tentar conter em no máximo 2ºC o aumento da temperatura no planeta até 2030.
O responsável pela assinatura será John Kerry que, em abril de 2016, na função de secretário de Estado, assinou a entrada dos EUA no acordo global. Agora, como enviado especial de Biden para questões climáticas, terá a função simbólica de recolocar o país no mesmo caminho.
O ex-presidente Donald Trump anunciou a saída dos EUA do Acordo de Paris em 2019, mas ela só se tornou efetiva em 4 de novembro de 2020 por conta de regras do documento assinado. O republicano era um entusiasta dos antigos métodos de produção de energia, como o uso de carvão e petróleo, e considerava o pacto mundial como “danoso” ao país, além de questionar as mudanças climáticas.
Wikimedia Commons
Ao todo, dos países que são membros formais da ONU, 195 assinaram o documento sobre o clima
Ao todo, dos países que são membros formais da ONU, 195 assinaram o documento. Apenas Nicarágua e Síria não firmaram o acordo.
Biden já declarou por diversas vezes que as questões ambientais são fundamentais para seu governo, assim como eram quando ele estava na função de vice-presidente do governo de Barack Obama, responsável pela entrada do país no pacto.
Nesse sentido, o novo presidente também já começou a implantar uma série de iniciativas para práticas sustentáveis e colocou no plano de retomada pós-covid diretrizes que incentivam a chamada “indústria verde”.