Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Meio Ambiente

Noruega deve reativar Fundo Amazônia se Bolsonaro perder

Encaminhar Enviar por e-mail

Ministro do Meio Ambiente norueguês diz que projeto poderia ser retomado 'muito rapidamente' se oposição vencer pleito

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-06-23T12:21:11.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

A Noruega está pronta para retomar os pagamentos ao Brasil no âmbito do Fundo Amazônia se houver uma mudança de governo após as eleições de outubro, como sugerem as pesquisas de opinião, que indicam vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT ao Planalto.

"Se acontecer o que as pesquisas indicam e houver uma mudança [de governo] no Brasil, temos grande esperança de que poderemos retomar rapidamente uma parceria boa e ativa", afirmou Espen Barth Eide, ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, à agência de notícias Reuters nesta quarta-feira (22/06).

"O que eles já disseram, do lado da oposição, tem sido muito positivo", afirmou, acrescentando que o fundo poderia ser retomado em questão de "semanas ou meses", "considerando que a oposição faça o que diz que fará".

Na terça-feira, Lula lançou as diretrizes de seu programa de governo, que se compromete com o desmatamento líquido zero no país, o fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente e o combate ao crime ambiental. O terceiro colocado nas pesquisas, Ciro Gomes (PDT), também se compromete em combater o desmatamento na Amazônia e fortalecer a proteção ao meio ambiente.

Fundo está paralisado desde agosto de 2019

De 2008 a 2018, a Noruega transferiu 1,2 bilhão de dólares (R$ 6,2 bilhões) para o Fundo Amazônia, que paga para o Brasil prevenir, monitorar e combater o desmatamento. As taxas de desmatamento na Amazônia desaceleraram até 2014, em conjunto com a adoção de políticas públicas contra o desmate ilegal.

A Noruega é, de longe, o maior doador, seguido pela Alemanha. O fundo tem hoje cerca de R$ 3 bilhões não utilizados, segundo organizações não-governamentais.

Reuters/U. Marcelino
De 2008 a 2018, a Noruega transferiu R$ 6,2 bilhões para o Fundo Amazônia

A Noruega suspendeu os repasses em agosto de 2019, após o governo Jair Bolsonaro extinguir unilateralmente dois comitês que eram responsáveis pela gestão do fundo, rompendo o acordo entre os países que definia as regras do projeto. A verba era administrada por uma equipe montada para cumprir essa tarefa dentro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez na ocasião críticas à gestão do fundo e acusações genéricas de irregularidades em organizações não-governamentais, rechaçadas pela Noruega.

A interrupção dos repasses ocorreu em meio à alta do desmatamento da Amazônia, que sinalizou ao governo norueguês que Brasília não estava mais interessada em conter o desmate ilegal da floresta.

Planos para o futuro do fundo

Se o Fundo Amazônia for retomado, as verbas poderiam ser usadas para restaurar estruturas de governança ambiental enfraquecidas durante o governo Bolsonaro, afirmou Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima, que representa 65 organizações não-governamentais ambientalistas do Brasil.

Por exemplo, "o dinheiro deveria ser usado para financiar operações de campo das polícias local e federal para combater crimes ambientais" como a mineração ilegal e o corte de madeira, disse Astrini.

Em seguindo, as transferências de recursos para o fundo devem voltar a ser vinculadas aos resultados apresentados pelo Brasil no combate ao desmatamento, para funcionarem como incentivo para proteger a Amazônia, afirmou Anders Haug Larsen, chefe de políticas públicas da organização Rainforest Foundation Norway.

Política e Economia

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Sociedade

Chuvas na Austrália causam enchentes na região de Sydney e 85 mil devem deixar suas casas

Encaminhar Enviar por e-mail

Em menos de uma semana choveu mais do que a média esperada para todo o mês de junho na cidade australiana

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-07-06T16:59:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

As chuvas fortes e incessantes na costa leste da Austrália provocam enchentes históricas na região de Sydney, onde diversas estradas e pontes estão encobertas pelas águas. Nesta quarta-feira (06/07), milhares de australianos deixavam suas casas em busca de locais mais seguros ao norte do país.

As cheias começaram na semana passada e estão longe de terminar. Só na cidade de Sydney, em quatro dias caíram 208 mm de chuvas, mais do que a média esperada para todo o mês de junho.

Com isso, os rios transbordaram, deixando bairros inteiros inundados. As autoridades australianas deram ordem de evacuação para 85 mil habitantes.

Algumas estradas e pontes estão debaixo d’água, reduzindo as possibilidades de rota de fuga dos habitantes. Os serviços de resgate de Nova Gales do Sul já receberam mais de 7 mil pedidos de ajuda e fizeram centenas de resgastes nos últimos dias, conforme relatou Ashley Sullivan, um dos responsáveis pelos serviços de resgate local para a televisão News Channel.

#NSWRFS aviation crews undertook reconnaissance over the Windsor area of Sydney this afternoon, as we continue to assist the @NSWSES with flood and storm damage. Crews are also helping with the clean-up where waters are receding. pic.twitter.com/YkQdFWW45J

— NSW RFS (@NSWRFS) July 6, 2022

O governo federal declarou estado de calamidade pública por desastre natural em 23 áreas do Estado de Nova Gales do Sul, incluindo a capital Sydney. Os serviços meteorológicos preveem que as chuvas continuarão na região até o final de semana.

Twitter/NSW RFS
Serviços de resgate de Nova Gales do Sul já receberam mais de 7 mil pedidos de ajuda

Chuvas históricas

O total de chuvas deste ano para a região já é a maior registrada desde 1890. Até agora, Sydney acumulou 1769 mm de precipitação, 191mm a mais do que o recorde de mais de um século.

Com as tempestades contínuas, o ano de 2022 deve ser o mais chuvoso da região desde 1859. Faltando cinco meses para seu fim, 2022 já aparece como o 11° ano com mais chuvas em Sydney no histórico de registros, segundo a agência meteorológica Weatherzone.

Nesta quarta, o primeiro-ministro Anthony Albanese visitou a área afetada e prometeu que seu governo se dedicará a buscar "soluções de longo prazo" para os desastres naturais que têm atingido a costa do país.

Embora "a Austrália sempre tenha sido propensa a inundações e incêndios florestais", os cientistas advertem que a mudança climática tornará esses eventos mais frequentes e intensos. "É o que está acontecendo", afirmou ele.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados