Atualizada às 10h21
Em clima de comoção, a sexta-feira (06/12) amanheceu de luto na África do Sul com a morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, na noite de ontem (05). Com velas, rosas e flores, milhares de pessoas ao redor do país prestaram homenagens ao ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz. No antigo gueto negro de Soweto, em Johanesburgo, onde Madiba morou por anos, uma multidão se reuniu para saudar aquele que é considerado o “pai da nação”, graças ao brilhante trabalho contra o apartheid.
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Lesedi Motloung, de 19 anos e que vive no bairro, se afastou da multidão que cantava em homenagem ao ex-dirigente. “Queria um momento de silêncio. Estou muito triste. Madiba foi o herói dos jovens da África do Sul”, lamentou em entrevista à Efe.
Passadas as primeiras homenagens, a África do Sul se prepara agora para organizar o funeral de Mandela, que promete ser um dos maiores encontros de líderes e personalidades da comunidade internacional nos últimos tempos. Segundo informações do jornal britânico The Guardian, a cerimônia pode durar mais de 12 dias para atender a agenda de presidentes e ministros.
De acordo com a rede CNN, o planejamento oficial para o funeral foi feito pelo Congresso Nacional Africano, partido de Mandela e do atual presidente, Jacob Zuma, e terá rituais que combinam tradições ocidentais e Thembu – clã nativo de Mandela.
Carlos Latuff
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A expectativa é que todos os presidentes dos EUA ainda vivos compareçam à cerimônia. Do príncipe Charles até o presidente zimbabuano, Robert Mugabe, diversos líderes mundiais já confirmaram presença. Dilma Rousseff deve também embarcar para a África do Sul nos próximos dias.
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Mandela será enterrado na aldeia de Qunu, em Eastern Cape, onde o líder cresceu e também onde estão enterrados familiares do ex-presidente, incluindo três filhos. O corpo do ex-presidente foi transferido na manhã de hoje de sua casa, em Johannesburgo, para um hospital militar em Pretória. Todas as bandeiras nacionais foram reduzidas a meio mastro e o país declarou luto oficial de dez dias.