Agência Efe
Atualizada às 20h
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, venceu as eleições parlamentares deste domingo (06/04). As primeiras parciais, divulgadas por volta das 19h de Brasília, indicavam que o partido dele, o conservador Fidesz, havia obtido 46% dos votos. O bloco opositor de esquerda, liderado pelos socialistas e composto por cinco partidos, estava com 24% dos votos, à frente do partido de ultradireita Jobbik, com 22%.
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De acordo com uma nova lei eleitoral, o número de cadeiras no parlamento de Budapeste diminuiu e o pleto se reliza em turno único. Segundo a agência Efe, em algumas seções eleitorais no leste do país, o Jobbik chegou a vencer o bloco de esquerda, que se mostrou forte na capital.
O comparecimento às urnas girou em torno de 60%.
Orban já teve inúmeras discussões com a União Europeia e investidores estrangeiros, especialmente sobre os pesados impostos exigidos da maioria dos bancos de capital estrangeiro no país e empresas de telecomunicações e energia e sobre o maior controle estatal do setor de energia.
Ainda assim, muitos húngaros o consideram um “campeão” na luta pela defesa dos interesses nacionais e também apreciam o fato de que, sob seu governo conservador e nacionalista, os impostos pessoais e as contas de eletricidade doméstica caíram.
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O primeiro-ministro prometeu que, se fosse reeleito, manteria suas políticas, continuando a reduzir os preços de energia e a se livrar de hipotecas em moeda estrangeira, que estão sobrecarregando as famílias. Os bancos estrangeiros temem que isso possa acarretar mais perdas.
Os críticos dizem que Orban usou seu mandato para conter controles e balanços democráticos, além da liberdade dos meios de comunicação, acusações que seu governo rejeita. Há ainda o temor de que ele esteja acumulando muito poder, caminhando agora para o segundo mandato.
Quanto ao Fidesz como um todo, o partido se comprometeu a criar mais postos de trabalho, ser duro com o crime, renegociar a dívida do Estado e realizar um referendo sobre a adesão à União Europeia.
Se os resultados forem confirmados e Orban realmente for vitorioso com quase 50% dos votos, isso se traduzirá em uma grande maioria para ele no Parlamento, facilitando a implantação de medidas governistas.