Frederico I, então príncipe-eleitor da Prússia, faz-se coroar em 18 de janeiro de 1701 em Königsberg e estabelece sua capital em Berlim. É o nascimento do Reino da Prússia no seio do Sacro Império Romano Germânico. Quando o Império tombou sob as investidas de Napoleão Bonaparte, foi o Reino da Prússia que cresceu para atingir seu apogeu no fim do século 19 e proceder à unidade alemã.
Em 1701, Brandemburgo-Prússia tornou-se o Reino da Prússia, com a permissão do Sacro Imperador Romano Leopoldo I da Germânia e do Eleitor da Saxônia, Auguto o Forte, rei da Polônia. Mais tarde, com Frederico II, o Grande, a Prússia tomou da Áustria a província da Silésia, derrotando-a na Guerra dos Sete Anos, concluída em 1763. A Prússia emergiu do conflito como a potência dominante no leste da Alemanha, acrescentando territórios em outras áreas germânicas por meio de casamentos e herança, inclusive a Pomerânia e a costa do Mar Báltico.
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No mapa, o Reino da Prússia está em azul escuro
Durante este período estabeleceu-se a grande máquina militar prussiana e uma eficiente burocracia estatal, instituições que viriam a formar as bases do Estado alemão até 1945. A Prússia expandiu-se em direção ao leste durante o colapso da monarquia polonesa, entre 1772 e 1795. Frederico Guilherme II levou a Prússia à guerra contra a França revolucionária em 1792, mas derrotado em Valmy viu-se forçado a ceder seus territórios ocidentais para os franceses. Frederico Guilherme III reiniciou o conflito, mas o desastre sofrido em Jena fez com que se retirasse da guerra, após ceder ainda mais territórios.
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Derrotado Napoleão definitivamente, o Congresso de Viena de 1815 devolveu-lhe os territórios perdidos e entregou-lhe toda a Renânia e a Vestfália, além de outras áreas. Estas regiões ocidentais viriam a ser de importância vital, pois incluíam o vale do Ruhr, polo da industrialização alemã, em especial as indústrias de armamento. Os ganhos territoriais dobraram a população governada pela Prússia, que saiu das guerras napoleônicas como potência hegemônica, sobrepujando a rival, a Áustria, que havia desistido da coroa imperial em 1806.
A primeira metade do século XIX assistiu a um embate as forças liberais que queriam uma Alemanha federal unida sob uma constituição democrática, e as forças do conservadorismo, que desejavam mantê-la como um conjunto de fracos Estados independentes. Em 1848, Frederico Gulherme IV concordou em convocar uma Assembléia Nacional e outorgar uma constituição. Mas quando o Parlamento de Frankfurt ofereceu-lhe a coroa de uma Alemanha unificada, Frederico Guilherme a recusou, sob o argumento de que assembléias revolucionárias não estariam habilitadas a conceder títulos de realeza. A Prússia aprovou uma constituição semi-democrática, mas o poder das classes proprietárias de terras, os Junkers, permaneceu incólume.
Em 1862, o kaiser Guilherme I nomeou Otto von Bismark, um junker, primeiro ministro da Prússia. Bismarck estava decidido a derrotar tanto os liberais como os conservadores, por meio da criação de uma Alemanha unida e forte, mas sob o controle da classe dominante e da burocracia prussianas. Logrou seus objetivos com três guerras sucessivas, com a Dinamarca em 1864 (Guerra dos Ducados), que deu à Prússia o Schleswig-Holstein, com a Áustria em 1866 (Guerra Austro-Prussiana), que lhe trouxe Hanover e a maioria dos territórios setentrionais alemães, e com a França em 1870 (Guerra Franco-Prussiana), que forçou Mecklemburg, Bavária, Baden, Württemberg e Saxônia a aceitar a incorporação a um Império alemão unificado.
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A Prússia continuou a existir como a mais poderosa província do Império alemão. Derrotada na Primeira Guerra Mundial, a República de Weimar foi obrigada a abrir mão de territórios prussianos a leste, de maneira a permitir a reconstituição da Polônia. A Prússia Oriental permaneceu sob controle alemão, mais uma vez separada do restante do país pelo Corredor Polonês. Em 1934, o governo nazista cancelou a autonomia dos estados alemães.
Com a ocupação soviética, todos os territórios alemães a leste da Linha Oder-Neisse, inclusive a Silésia, a Pomerânia, Brandemburgo Oriental e a Prússia Oriental, foram entregues à Polônia. Cerca de dez milhões de alemães fugiram daqueles territórios. Este êxodo e a nacionalização da terra pelo governo da Alemanha Oriental destruíram os Junkers como classe social e poder político. A Prússia foi formalmente abolida em 1947 por uma proclamação das quatro potências de ocupação.
Outros fatos marcantes da data:
18/01/1871 – Guilherme I da Prússia é proclamado em Versalhes imperador da Alemanha
18/01/1919 – Começa a convenção do Tratado de Versalhes
18/01/1936 – Morre Rudyard Kipling, o poeta que glorificou o Império Britânico na Índia
18/01/1943 – Nazistas retomam as deportações de judeus do Gueto de Varsóvia para o campo de extermínio de Treblinka
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