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Notícias da Semana Passada

Há uma semana: 'E daí?', disse o presidente de um país. Infelizmente, o do nosso

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Em 28 de abril, cada um mais cada um mais cada um somavam mais de cinco mil vidas humanas, sobre as quais o presidente de um país declara: "E daí?". Que dia para se estar vivo.

Lian Tai

Goiânia (Brasil)
2020-05-05T13:30:00.000Z

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Nesta pandemia de coronavírus, as coisas mudam tão rápido que a gente perde a noção do que aconteceu ontem, antes de ontem, há uma semana. O que choca pela manhã já é notícia velha à tarde.

Pensando nisso, Opera Mundi estreou a coluna “Notícias da Semana Passada”. O texto que você lê abaixo foi escrito há uma semana e publicado só agora. 

Com esse "distanciamento temporal", procuramos mostrar o que estava ocorrendo na semana anterior e como a epidemia afetava nossas vidas. A ideia é responder: quem nós éramos na semana passada?

Hoje, publicamos o texto da jornalista e atriz Lian Tai:


Goiânia, 28 de abril de 2020.

"E daí? Quer que eu faça o quê?" - disse o presidente de um país sobre a pandemia que tem matado milhares de cidadãos. O presidente de um país. Infelizmente, o nosso.

A gente não tem para onde correr e não pode nem se aglomerar para sair quebrando tudo. Porque tem uma hora em que a única ação possível é sair quebrando tudo, não pode ser que se aceite esse espetáculo grotesco diário de um governo de imbecis. 

Bolsonaro nomeia Alexandre Ramagem, amigo da família, para novo diretor da Polícia Federal. Assim, se livra das investigações que recaem sobre seus filhos. É isso? E fica sendo isso mesmo. Apesar de saber que Moro vale tanto quanto Bolsonaro, eu tivera meus dias de vibrar em ver a casa caindo. E você? - perguntei à minha amiga Ludmilla. Ela contou que estava angustiada: se o presidente cair, entra Mourão e não vai melhorar. Concordo com ela. Mas ainda assim não dá um certo prazer ver o circo de horrores pegar fogo?


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O prazer acaba tão logo percebo que o presidente não vai cair tão cedo e que, na verdade, ninguém está muito aí. Afinal, corrupção nunca foi a preocupação dessa gente. O cinismo de parte da sociedade brasileira me angustia e procuro alguma pequena esperança. Lembro-me de Andrea, que foi uma das minhas melhores amigas na adolescência, mais tarde virou crente e mais tarde ainda cortei o pouco contato que tínhamos por redes sociais, por vê-la apoiando "Bolsonaro para presidente", ainda anos antes de ele se eleger. Nos tempos em que fomos amigas, ela era uma pessoa muito divertida. E burra não era. Deve ter caído em si! - pensei, esperançosa, enquanto a procurava nas redes sociais. O que encontrei foi uma sequência de postagens negando a pandemia, para defender o sociopata. Que tristeza.

Sei que há exceções, das quais minha grande amiga Leilane, que se diz evangélica, vive me lembrando. Mas, do que observo, parece que boa parte dessas igrejas acaba, sim, levando a drogas mais pesadas, como Bolsonaros, Crivellas, Wilson Witzels e Malafaias. Eu, que sou ateia, acho que falta Jesus Cristo no coração de muitos que se dizem cristãos.

Vai começar a melhorar a partir de 2022, diz meu amigo Marcos, estudioso de astrologia. Parece que tem um tal de Plutão, que tempos atrás até deixou de ser planeta, mas que transita por Capricórnio, fazendo todos os fantasmas reacionários surgirem das trevas. Quando ele entrar em Aquário, esse conservadorismo, que está mais pra fascismo, vai se fragilizar - há anos que Marcos fala sobre isso, há anos que espero ansiosamente a chegada de 2022.

O Brasil parece viver um ataque zumbi. A gente olha pra cara de Nelson Teich, novo ministro da Saúde, e sente medo. "Não era pra ser alguém vivo?" - perguntou minha amiga Janaína, me arrancando gargalhadas. Temos que rir das nossas desgraças. Mas não dá pra rir muito, afinal, os números oficiais já registram mais de cinco mil mortos pela pandemia. Os números oficiais. Quantos serão os mortos reais? Que cara tem esses mortos? Quem chora por eles agora?

Os mortos por covid-19. Cada um deles tem uma cara. Uma história. Talvez um cachorro, talvez filhos, netos. Cada um teve emoções e memórias que só ele tinha. Um mundo inteiro, cada um. Sepultado em vala coletiva, sem velório, sem o jeito único de sorrir meio torto ou falar devagarinho.

Cada um mais cada um mais cada um somam mais de cinco mil vidas humanas, sobre as quais o presidente de um país declara: "E daí?" 

Que dia para se estar vivo.

SaúdeCoronavírus

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Guerra na Ucrânia

Moscou acusa Ucrânia de atacar cidade russa com mísseis

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Pelo menos três pessoas morreram após explosões em Belgorod, diz autoridade local; russos reivindicam tomada de Lysychansk

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T14:31:00.000Z

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A Rússia acusou neste domingo (07/03) a Ucrânia de disparar três mísseis contra a cidade de Belgorod, perto da fronteira ucraniana, em ataques nos quais pelo menos três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis de fragmentação Tochka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod", disse o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, acrescentando que "após a destruição dos mísseis ucranianos, os destroços de um deles caíram sobre uma casa".

Antes, o governador da região, Viacheslav Gladkov, havia informado na rede Telegram que explosões foram registradas na cidade nas primeiras horas deste domingo, danificando 11 prédios residenciais e 39 casas.

"As causas do incidente estão sendo investigadas, as defesas antiaéreas foram ativadas", acrescentou, sem dar mais detalhes.

Gladkov disse que foi rapidamente para as cinco ruas afetadas pelas explosões no norte da cidade, não muito longe do centro.

Um homem e uma criança foram hospitalizados, outros dois feridos foram atendidos no local, segundo autoridades locais.

Desde o início da ofensiva da Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro, o governo russo acusou repetidamente as forças ucranianas de realizar ataques em solo russo, especialmente na região de Belgorod.

Em Belgorod vivem cerca de 400 mil pessoas. A cidade fica cerca de 40 quilômetros ao norte da fronteira com a Ucrânia e é o centro administrativo da região de mesmo nome.

No início de abril, o governador Gladkov acusou a Ucrânia de atacar um depósito de combustível em Belgorod com dois helicópteros.

Belarus também acusa ataques ucranianos

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse que seu exército derrubou mísseis disparados em seu território a partir da Ucrânia e promete responder "instantaneamente" a qualquer ataque inimigo.

"Estamos sendo provocados", disse Lukashenko à agência de notícias estatal Belta. "Devo dizer que cerca de três dias atrás, talvez mais, eles tentaram atacar alvos militares em Belarus a partir da Ucrânia.

Yevgeny Silantyev/TASS/dpa/picture alliance
Segundo autoridade regional, 11 prédios e 39 casas foram danificadas em Belgorod

A Ucrânia disse na semana passada que mísseis disparados de Belarus atingiram uma região de fronteira dentro de seu território.

Russos reivindicam tomada de Lysychansk

O governo da Rússia afirmou que suas forças assumiram neste domingo o controle da última grande cidade controlada pela Ucrânia na província de Lugansk, aproximando Moscou de seu objetivo declarado de tomar toda a região ucraniana de Donbass.

O ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, que tropas russas junto com membros de uma milícia separatista local "estabeleceram o controle total sobre a cidade de Lysychansk", segundo agências russas de notícias.

Combatentes ucranianos passaram semanas tentando defender Lysychansk e impedir que seja tomada pela Rússia, como ocorreu com a vizinha Sievierodonetsk há uma semana.

Um conselheiro do presidente ucraniano previu na noite de sábado que a cidade pode ser ocupada pelos invasores dentro de dias.

As autoridades ucranianas não forneceram imediatamente uma atualização sobre a situação da cidade.

Há uma semana, o governador de Lugansk disse que as forças russas estavam fortalecendo suas posições em uma batalha severa para capturar o último reduto de resistência na província. "Os ocupantes lançaram todas as suas forças em Lysychansk. Eles atacaram a cidade com táticas incompreensivelmente cruéis'', afirmou Serguei Haidai disse no aplicativo de mensagens Telegram.

Um rio separa Lysychansk de Sievierodonetsk. Oleksiy Arestovych, um conselheiro do presidente ucraniano, disse durante uma entrevista online na noite de sábado que as forças russas conseguiram pela primeira vez atravessar o rio pelo norte, criando uma situação "ameaçadora".

Arestovych disse que os invasores não chegaram ao centro da cidade, mas que o curso dos combates indicava que a batalha por Lysychansk seria decidida até segunda-feira.

As forças russas intensificaram no sábado seus ataques à cidade ucraniana de Lysychansk, alegando ter cercado “completamente” o último reduto ucraniano na região de Lugansk. A Ucrânia negou o cerco.

Se Lysychansk cair, toda a região de Lugansk – que junto com Donetsk compõe a região leste do Donbass – poderá ficar sob controle russo, marcando outro avanço estratégico para o presidente russo, Vladimir Putin.

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