Morreu neste domingo (30/12), aos 65 anos, o ex-chanceler argentino Héctor Timerman, que exerceu a função de ministro de Relações Exteriores do país entre 2010 e 2015, durante o governo de Cristina Kirchner.
Timerman tinha câncer no fígado e fazia tratamento nos Estados Unidos. No entanto, após uma ordem de prisão preventiva, emitida pelo juiz federal Claudio Bonadio, por suposta traição à pátria, o governo norte-americano cancelou o visto e o ex-chanceler teve que interromper o tratamento que fazia no país.
Timerman era jornalista e nasceu em dezembro de 1953. Foi diretor do jornal La Opinión, fundado pelo pai, Jacobo Timerman. O periódico foi expropriado pela ditadura argentina.
Em 1977, o regime de Jorge Rafael Videla sequestrou e torturou Jacobo, obrigando-o a se exilar nos EUA entre 1979 e 1984. No ano seguinte, Héctor também foi obrigado a deixar o país.
Em 2003, foi nomeado pelo governo do ex-presidente Néstor Kirchner cônsul-geral em Nova York, assumindo a chancelaria na administração de Cristina.
Boa parte de sua passagem no ministério foi dedicada à apresentação dos autores do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), ocorrido em 1994 e que deixou 85 mortos e 300 feridos.
O juiz Bonadio acusou Timerman de encobrir o envolvimento de iranianos no caso – o que nunca ficou provado.
(*) Com teleSUR
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