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Opera Mundi entrevista Lula

Ninguém gosta de lambe-botas, diz Lula sobre relação de Bolsonaro com EUA

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'O papel do Bolsonaro na relação com os Estados Unidos é uma coisa humilhante', afirma ex-presidente em entrevista exclusiva a Opera Mundi

Haroldo Ceravolo Sereza

Curitiba (Brasil)
2019-09-23T11:00:00.000Z

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista a Opera Mundi, que a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação aos EUA "é uma coisa humilhante" e que essa postura prejudica o próprio governo porque "ninguém gosta de lambe-botas". As declarações foram feitas de em uma entrevista exclusiva, concedida na última quarta-feira (18/09), na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o petista está preso há mais de um ano.

"O papel do Bolsonaro na relação com os Estados Unidos é uma coisa humilhante. [...] Veja, é total subserviência. Isso não faz bem para o Brasil. não faz bem para o Bolsonaro, se você quer saber. Ninguém gosta de quem não se respeita, ninguém gosta de lambe-botas. Ninguém gosta de lambe-botas", disse.

Lula ainda comentou a intenção do presidente de indicar o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, para a embaixada em Washington, afirmando que a responsabilidade nessa questão é do Senado.

"Eu, sinceramente, não vejo preparo político para que o filho de Bolsonaro seja essa pessoa. Bem, se ele quer arcar com as consequências, que arque. É o Senado que, em última hipótese vai investigar, vai pedir para ele fritar um hambúrguer lá dentro do Senado. Pede para ele assar uma linguiça, pede para ele fazer qualquer outra coisa, pois só hambúrguer não é credencial para alguém ser embaixador. Então, a responsabilidade republicana é do Senado", afirmou.

O ex-presidente ainda disse que seria ótimo se o democrata Bernie Sanders, que já manifestou apoio à liberdade de Lula, ganhasse as eleições norte-americanas para a presidência em 2020, mas que não torce para ninguém em específico.


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"Se o Bernie Sanders ganhasse as eleições seria ótimo. Eu não conheço as pessoas, então eu não tenho como dar palpite sobre outro país. A única coisa que eu acho é que um país como o Brasil, o Brasil é muito importante. A única coisa que falta ao Brasil é ele se respeitar. Você aprende uma coisa elementar no berço, você aprende com a sua mãe. Você tem que gostar de ser respeitado e você tem que respeitar os outros", disse.

A entrevista de Lula a Opera Mundi teve como foco os temas internacionais. Entre eles, estão a posição da esquerda após a queda do Muro de Berlim; a relação do Brasil com os EUA; a política externa do governo Bolsonaro; Mercosul; Alca e Foro de São Paulo.

Assista:

Veja íntegra da entrevista de Lula a Opera Mundi:


(*) Edição: Rafael Targino | Redação: Lucas Estanislau, Fernanda Forgerini e Laila Manuelle

Política e Economia

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Hoje na História

Hoje na História: 1937 - morre o megaempresário norte-americano John Rockefeller

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Ele encarnou o símbolo do homem de negócios implacável, astuto e sem alma caracterizado no século XIX

Max Altman

2022-05-23T16:45:00.000Z

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John Davison Rockefeller, homem de negócios rígido, astuto mas sem alma, embora fervoroso batista, o mais marcante e o mais rico dos grandes empresários norte-americanos do final do século XIX, morre em 23 de maio de 1937 em Ormond Beach, Flórida.

A descoberta de uma jazida de petróleo, pela primeira vez, em 27 de agosto de 1859, surge num momento em que as necessidades de claridade não eram mais satisfeitas pelos lampiões tradicionais ou as lâmpadas a óleo.

Aquele óleo negro saído das pedras de Pensilvânia iria revolucionar a vida cotidiana. Esquecidos das lamparinas sujas, custosas e esfumacentas eis que sugue a lamparina a querosene incandescente, uma claridade adequada, de boa luminosidade e relativamente econômica.

A partir da descoberta, ele se dedica à refinar o petróleo bruto, e muito rapidamente, iria dominar a economia do setor. A dominação do setor significava passar pela extração do óleo por meio de poços e ter a capacidade de refinar o produto. E praticamente o único em condições de fazê-lo era John Davison Rockefeller, também fundador da Standard Oil.

Ele iria dominar também as estradas de ferro que transportavam os produtos petroleiros dos locais de extração ao locais de refino, além dos grandes centros consumidores. Passou a ameaçar todos aqueles que se dispunham a com ele concorrer para a construção da arma fatal a solucionar o problema do transporte do petróleo: o oleoduto. E também a fabricar e distribuir no mundo todo os famosos botijões de querosene Jacaré. Os botijões eram distribuídos quase de graça obrigando os usuários a consumir o querosene fabricado pela Standard Oil.

Rockefeller iria visitar uns após outros de seus concorrentes refinadores e propõe a todos eles comprar suas refinarias em troca de um certo volume de ações sem direito a voto de sua própria empresa: a Standard Oil de Ohio.

Usa de métodos muito pouco convencionais, ameaçando os concorrentes em arruiná-los baixando drasticamente o preço do refino. Na verdade, Rockefeller queria era se beneficiar da baixa dos preços de transporte, cujo meio também monopolizava. Pouco demorou para que a Standard Oil viesse a deter 80% do mercado de refino. O produto resultante do refino era a querosene cuja iluminação por intermédios dos lampiões, clareava as noites estendendo pela primeira vez a jornada em muitas horas mais. Mais tarde foi o combustível preferido e adequado que movimentou a nascente indústria do automóvel.

Wikicommons
Rockefeller foi criador da empresa precursora no ramo de petróleo e combustíveis Standard Oil

Era a época do nascimento dos trustes, empresas cheias de tentáculos cujo capital era repartido entre uma minoria de acionistas com direito a voto nas assembleias gerais e os ‘‘trustees’’, acionistas em direito a voto. O abuso da posição dominante dos trustes  como a Standard Oil suscitou a aprovação em 1890 da Lei Shermann ou lei antitruste.

Vinte anos mais tarde, após deter 80% da capacidade de refino em todo o país, por  consequência desta lei e de seus próprios excessos, a Standard Oil foi obrigada a se dividir em 33 sociedades teoricamente independentes. Pouco a pouco, valendo-se das falhas regulamentares, iria se reconstituir em torno da Standard Oil of New Jersey, que seria mais conhecida pelo nome de Esso, depois Exxon e Exxon Mobil para tornar-se a líder de um cartel dominante do setor petrolífero mundial: ‘‘As Sete Irmãs’’, apodo de um cartel oculto que dominou de maneira esmagadora o setor petrolífero mundial durante a primeira metade do século XX.

São compostas dos principais filhos da Standard Oil fundada por John Rockefeller e pulverizada conforme a lei Shermann: Standard Oil of New Jersey (Esso, hoje Exxon-Mobil), Standard Oil of New York (Socony ou Mobil, hoje Exxon-Mobil), Standard Oil of California (Chevron), Texaco (Chevron), Gulf Oil (Chevron), assim como de duas companhias europeias: Anglo-Persian (hoje British Petroleum, ou BP) e Shell.

Também nesta data:

1703 - Surge no Irã a fé baháí
1498 - Após desafiar o papa, Savonarola é morto
1873 - É criada a Real Polícia Montada do Canadá
1992 - O juiz Giovanni Falcone é assassinado pela máfia
1934 - Polícia mata o famoso casal de foras-da-lei Bonnie e Clyde

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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