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Opinião

Energia nuclear: problema e solução

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A mudança climática e uma terceira guerra mundial são as duas principais ameaças que pairam sobre a humanidade hoje. A energia nuclear está intimamente ligada a essas duas ameaças de forma paradoxal: na primeira como solução e na segunda como problema

Leonam dos Santos Guimarães

2015-12-23T17:31:00.000Z

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A mudança climática põe em perigo os ecossistemas e sistemas sociais de todo o mundo. A degradação dos recursos naturais, a redução da oferta de água e alimentos, as migrações forçadas, elevação do nível do mar, degelo dos polos e catástrofes naturais mais frequentes e intensas poderão afetar significativamente todas comunidades humanas, grandes e pequenas. Esses efeitos relacionados ao clima irão amplificar tensões nos conflitos já existentes no mundo criar novos, agindo como um "multiplicador de ameaças" em regiões cujo equilíbrio já é frágil. Isso aumentará a instabilidade internacional, provocando e exacerbando hostilidades entre os povos e nações.

Wikimedia Commons

Usina nuclear de Bugey, na França

Enquanto isso, as 15.500 armas nucleares que permanecem nos arsenais de apenas alguns estados possuem a força destrutiva de eliminar a vida na Terra como a conhecemos. Com as estratégias de dissuasão nuclear ainda em vigor e centenas de armas em condições de pronto emprego, os riscos de uma guerra nuclear causada por acidente, erro de cálculo ou decisão equivocada permanecem elevados e iminentes em tal ambiente instável.

Apesar do reconhecimento crescente de que a mudança climática e as armas nucleares representam riscos de segurança críticos, as sinergias entre as duas ameaças são amplamente ignoradas. No entanto, os riscos das armas nucleares e do clima interferem entre si, amplificando-se mutuamente. Conflitos induzidos pela mudança climática poderiam contribuir para a insegurança global que, por sua vez, aumentarão a possibilidade de uma arma nuclear ser efetivamente usada, como também propiciar um recrudescimento do terrorismo, incluindo o terrorismo nuclear, além de gerar motivações em diferentes estados para desenvolverem ou adquirirem suas próprias armas nucleares.

Sendo uma parte importante da solução para as mudanças climáticas, a energia nuclear é necessária à efetiva mitigação em tempo dos efeitos da geração de gases de efeito estufa pela queima de combustíveis fósseis. Em combinação com as energias renováveis e o aumento da eficiência energética, a energia nuclear tem a capacidade potencial de substituir significativamente as enormes quantidades de energia fóssil hoje produzida no mundo, sendo economicamente viável e flexível para atender às demandas por geração na base da carga dos sistemas elétricos, ampliados pela descarbonização da economia.

Cabe ressaltar que uma significativa ampliação da geração nuclear implicará um correspondente crescimento da indústria do combustível nuclear mundial, o que torna necessário um reforço no regime internacional de salvaguardas implantado em decorrência do Tratado de Não Proliferação (TNP).

Os conflitos de interesses entre objetivos de longo prazo e as decorrentes medidas concretas de curto prazo tornam a efetiva cooperação internacional em matéria de mudança climática e desarmamento nuclear extremamente difícil. Apesar da crescente conscientização sobre a urgência de abordar os problemas do clima e da ameaça nuclear entre os decisores políticos, os acadêmicos e a sociedade civil, verifica-se uma grande carência de ações concretas, viáveis e efetivas.

Cientistas e engenheiros inventaram as tecnologias para explorar a energia fóssil e a nuclear (tanto para fins civis como militares) e assim eles têm uma responsabilidade especial no contexto atual. Devido à sua experiência, eles podem fazer grandes contribuições para abolir os arsenais nucleares e possibilitar uma transição energética sustentável. Prevenir os perigos da mudança climática e da guerra nuclear exige um conjunto integrado de estratégias que abordam as causas, bem como os impactos sobre o ambiente natural e social.

As instituições são necessárias para reforçar a segurança comum, ecológica e humana, construir e reforçar os mecanismos de resolução de conflitos e soluções energéticas de baixo carbono e ciclos de vida sustentáveis, que respeitem os recursos do mundo vivo.

Somente o efetivo engajamento dos técnicos e das instituições, abolindo as armas nucleares e valorizando a energia nuclear para fins pacíficos, criarão condições para paz e prosperidade duradoura. 

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Coronavírus

Mapa da vacinação no mundo: quantas pessoas já foram imunizadas contra covid-19?

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Veja, em mapas e gráficos, quais países já estão vacinando e quantas doses já foram administradas

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-24T21:31:00.000Z

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A vacina contra o novo coronavírus já existe e começou a ser administrada em diversos países. A primeira dose foi dada no Reino Unido ainda em 2020, e a tendência é que a imunização se espalhe pelo mundo, a depender das ações de cada um dos governos. Nos mapas a seguir, você pode ver quais países já iniciaram a vacinação e quantas doses já foram administradas por país. Os gráficos são do projeto Our World in Data, da Universidade de Oxford.

O Brasil está entre os países que já iniciaram a vacinação. 

Os nomes dos países só estão disponíveis em inglês, mas você pode usar esta tabela como referência para traduzi-los, se precisar.]


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Países que já começaram a vacinação contra covid-19

Os países que aparecem pintados no mapa já estão vacinando. Quanto mais forte a cor, maior o número de doses já aplicadas.


Número de doses de vacina contra covid-19 já administradas (total)

Atenção: cada dose é contada como única. A maior parte das vacinas é aplicada em duas doses. A primeira linha do gráfico (World) mostra a soma total de doses de todo o mundo.

Percentual já vacinado da população de cada país

Países onde já há pessoas totalmente imunizadas com duas doses

Percentual de pessoas por país já totalmente imunizadas com duas doses

Ritmo de vacinação diária, por país

Quantas doses cada país administrou desde 15 de dezembro de 2020 por dia, na média móvel de sete dias.

PaísVacina
ArgentinaSputnik V
AustriaPfizer/BioNTech
BahrainPfizer/BioNTech, Sinopharm
BelgiumPfizer/BioNTech
BrazilSinovac
BulgariaModerna, Pfizer/BioNTech
CanadaModerna, Pfizer/BioNTech
ChilePfizer/BioNTech
ChinaCNBG, Sinovac
Costa RicaPfizer/BioNTech
CroatiaPfizer/BioNTech
CyprusPfizer/BioNTech
CzechiaPfizer/BioNTech
DenmarkModerna, Pfizer/BioNTech
EnglandOxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech
EstoniaPfizer/BioNTech
FinlandPfizer/BioNTech
FrancePfizer/BioNTech
GermanyModerna, Pfizer/BioNTech
GibraltarPfizer/BioNTech
GreecePfizer/BioNTech
HungaryPfizer/BioNTech
IcelandPfizer/BioNTech
IndiaCovaxin, Covishield
IrelandPfizer/BioNTech
IsraelPfizer/BioNTech
ItalyPfizer/BioNTech
KuwaitPfizer/BioNTech
LatviaPfizer/BioNTech
LithuaniaModerna, Pfizer/BioNTech
LuxembourgPfizer/BioNTech
MaltaPfizer/BioNTech
MexicoPfizer/BioNTech
NetherlandsPfizer/BioNTech
Northern IrelandOxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech
NorwayPfizer/BioNTech
OmanPfizer/BioNTech
PolandPfizer/BioNTech
PortugalPfizer/BioNTech
RomaniaPfizer/BioNTech
RussiaSputnik V
Saudi ArabiaPfizer/BioNTech
ScotlandOxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech
SerbiaPfizer/BioNTech
SeychellesSinopharm
SingaporePfizer/BioNTech
SlovakiaPfizer/BioNTech
SloveniaPfizer/BioNTech
SpainModerna, Pfizer/BioNTech
SwedenPfizer/BioNTech
SwitzerlandPfizer/BioNTech
TurkeySinovac
United Arab EmiratesPfizer/BioNTech, Sinopharm
United KingdomOxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech
United StatesModerna, Pfizer/BioNTech
WalesOxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech

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