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Jair Bolsonaro se esquiva de qualquer responsabilidade – para começar, em relação a uma vacina contra a covid-19

Thomas Milz

Deutsche Welle Deutsche Welle

Rio de Janeiro (Brasil)
2020-12-09T16:04:07.000Z

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"É só uma gripezinha", "Todos nós vamos morrer um dia" e "Acabou a mamata". Estas são frases de um presidente que tem uma equipe médica 24 horas por dia a seu serviço. E cuja família vive, há décadas, das mamatas dos políticos brasileiros. Ainda por cima tem o foro privilegiado e os serviços de inteligência do governo a seu serviço, para proteger sua família e seus amigos. Além de si mesmo.

Em troca, Jair Bolsonaro se esquiva de qualquer responsabilidade – para começar, em relação a uma vacina contra a covid-19. "Se tiver um efeito colateral ou problema qualquer, já sabem que não vão cobrar de mim", disse o presidente na semana passada. Portanto, você já sabe: é sua decisão se vacinar ou não. Segundo Bolsonaro, há outras opções para quem prefere não se arriscar: "Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma Tubaína." Pronto.

Ele tirou dois médicos do cargo de ministro da Saúde e colocou no lugar um general especialista em logística. Agora que as vacinas contra a covid-19 estão chegando e que são necessários também contêineres de refrigeração e centenas de milhões de seringas, vamos ver se a aposta no homem da logística foi acertada. Senão haverá uma nova revolta da vacina, mas com motivações opostas às da ocorrida em 1904, no Rio de Janeiro. Agora, corre-se o risco de uma guerra para conseguir tomar a vacina.

O presidente, que supostamente já possui anticorpos suficientes, aparentemente fará de tudo para sabotar o início da vacinação em São Paulo, prometido para o dia 25 de janeiro. Não quer que João Doria lucre com a Coronavac. Para isso, a Anvisa pode atrasar a liberação da vacina chinesa em 60 dias.

Reuters/A. Machado
Jair Bolsonaro se esquiva de qualquer responsabilidade - como em relação à vacina, por exemplo

Assim, a vacina de Oxford e da AstraZeneca, aposta do governo federal, ganha um tempo extra para conseguir o feito de ser a primeira aplicada. Mas só no fim de março ou começo de abril. Com isso, a inveja presidencial pode custar milhares de mortes adicionais ao país. Haverá uma responsabilização do presidente por causa dessa jogada política tão mortal?

E não são apenas as mortes adicionais. O ministro da Educação, cujo nome ninguém conhece, não apresentou um plano sobre como reabrir as escolas de forma segura. Em muitos países, as escolas foram mantidas abertas durante a pandemia. Pois principalmente as crianças menores sofrem demais com a falta da convivência social e com as longas horas em frente ao computador, durante as aulas on-line. Pergunto-me por que não há soluções inteligentes, como uma carga horária reduzida e aulas on-line curtas e com menos alunos?

Países asiáticos conseguiram, através de invenções inteligentes, da disciplina da população ou de métodos autoritários, controlar o vírus. Mas eu não queria viver num país autoritário, é claro. Prefiro um país onde haja liberdade. Mas isso não quer dizer que o governo deva se ausentar da sua responsabilidade de proteger a população. Por uma opção de ser negacionista e por causa de uma jogada política. Ou, quem sabe, pelo puro prazer sádico.

--

Thomas Milz saiu da casa de seus pais protestantes há quase 20 anos e se mudou para o país mais católico do mundo. Tem mestrado em Ciências Políticas e História da América Latina e, há 15 anos, trabalha como jornalista e fotógrafo para veículos como o Bayerischer Rundfunk, a agência de notícias KNA e o jornal Neue Zürcher Zeitung. É pai de uma menina nascida em 2012 em Salvador. Depois de uma década em São Paulo, mora no Rio de Janeiro há quatro anos.

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Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-18T22:46:00.000Z

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A multinacional Pfizer alterou novamente seu plano de entrega das vacinas anti-covid à Itália nesta segunda-feira (18/01), o que atrasará o recebimento das novas doses. 

Hoje, a farmacêutica entregou cerca de 103 mil doses ao governo italiano das 397 mil previstas para esta semana. A expectativa é de que somente 53.820 ampolas sejam recebidas amanhã (19/01), enquanto que outras 241 mil devem chegar ao país na quarta (20/01).

A mudança foi divulgada pela Pfizer nesta tarde e um comunicado foi enviado ao gabinete de Domenico Arcuri, da comissão italiana para a pandemia, explicando que o atraso se deve ao novo plano de distribuição para os próximos dias.


Corrida da vacina: quais países já começaram a imunizar contra a covid-19?


"Mais um atraso inacreditável", lamentou o comissário extraordinário da Itália, ressaltando que as novas alterações precisarão ser debatidas durante um encontro com as autoridades regionais.

Segundo Arcuri, diversos governadores italianos já pediram sua intervenção para ajudar na distribuição das doses do imunizante. Uma das hipóteses que devem ser discutidas é o desenvolvimento de uma espécie de "mecanismo de solidariedade", no qual as regiões com mais vacinas ajudam as que têm menos.

Na semana passada, a Pfizer já havia comunicado unilateralmente que a partir desta segunda-feira entregará à Itália cerca de 29% de ampolas de vacina a menos do que o planejamento que havia sido compartilhado com as autoridades italianas. O país, porém, não é o único a sofrer com a medida da farmacêutica, que já foi duramente criticada por nações da União Europeia por não adequar a decisão aos contratos assinados.

A BNT 162b, desenvolvida em parceria com o laboratório alemão BioNTech foi a primeira vacina anti-Covid aprovada no bloco europeu e começou a ser aplicada no dia 26 de dezembro. (*Com Ansa)

Mapa do coronavírus no mundo

Como usar o mapa: Use as abas para mudar de categoria. Em "Totals", você vê os dados consolidados; em "World", os números por país; em "Plots", você vê a evolução dos números em gráficos; em Map, o mapa geral de casos; em US, o número de casos por Estado nos EUA. Caso as abas não apareçam, use a setinha para mudar.

O mapa mundial foi desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins e está disponível somente em inglês.


Veja como está a confirmação dos casos em países selecionados da América Latina (defasagem de 24 horas):

Aqui você vê animações gráficas que mostram a evolução do número de casos e de mortos ao longo do tempo. Essas animações estão sempre um dia defasadas, pois dependem da compilação de dados feita pelo Centro Europeu de Prevenção de Doenças e Controle.

Para ver a animação ao longo do tempo, clique duas vezes no botão de play que se encontra no canto inferior esquerdo.

Gráfico de casos de coronavírus no mundo

Gráfico de mortes de coronavírus no mundo

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(*) A primeira versão deste texto foi publicada em 17 de março de 2020, e está sendo atualizado constantemente nesta URL.

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