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Opinião

Bolsonaro, exterminador do futuro

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Atual presidente dedica-se a destruir a política externa brasileira, faz de tudo para eliminar a ação cultural do Estado e, se derrotado em 2022, tentará um golpe de Estado

Samuel Pinheiro Guimarães

2022-05-19T12:55:00.000Z

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Ainda que sejam aspectos relevantes de sua personalidade e de seu comportamento e que não devem ser minimizados, não é correto afirmar que o Presidente Jair Bolsonaro é um psicopata, desvairado, incoerente, manhoso, ignorante, violento, fascista e genocida e que seu governo é incompetente e sem rumo, sem um projeto para o Brasil. 

Bolsonaro é tudo isto e pior do que isto tudo. Seu governo tem um projeto e este projeto tem como objetivo a destruição do futuro do Brasil.

O projeto econômico de Bolsonaro é um projeto ultra neoliberal cujas premissas são simples:

  • todos os problemas econômicos podem ser resolvidos pela empresa privada;

  • a empresa privada ainda não os resolveu devido à nefasta ação regulamentadora e empresarial do Estado.

A política econômica de Bolsonaro procura, com ardor, desregulamentar as atividades econômicas; privatizar as empresas do Estado; vender os bens do Estado; permitir a autorregulamentação pelas empresas de suas atividades; reduzir os direitos dos trabalhadores.

Na área externa as medidas econômicas têm, com objetivo, abrir amplamente a economia ao capital estrangeiro e às importações; “aferrolhar” essa política econômica neoliberal pela adesão do Brasil à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a obrigação de seguir seus “códigos”; negociar acordos de livre comércio e neles abandonar a possibilidade de usar tarifas de importação; transformar o Mercosul em uma área de livre-comércio.

Projeto social de Bolsonaro

O projeto social de Bolsonaro é uma reversão aos valores mais conservadores da sociedade.

O projeto social de Bolsonaro para o Brasil tem como premissa que marxistas estimularam e implantaram o ateísmo; atacaram a religião cristã e seus padres e prelados; agridem os princípios da Família; atacam os valores da Pátria e da Nacionalidade; incentivam a libertinagem sexual.

Bolsonaro afirma que o interesse do indivíduo é sempre superior ao interesse coletivo; que a corrupção é causada pelo Estado; que a intervenção do Estado na educação é a causa principal da perda dos valores; que as reivindicações das minorias são indevidas por serem essas minorias “inferiores”; que o uso da força para preservar valores é legitimo.

A política de Bolsonaro faz tudo para eliminar a ação cultural do Estado e limitar as iniciativas culturais privadas; beneficiar ao máximo as entidades religiosas cristãs, em especial evangélicas; privatizar o ensino e legalizar o ensino “em casa”; ridicularizar a ciência, os cientistas e os professores; estimular o desprezo e ódio às minorias étnicas, às mulheres, aos LGBTQIA+; fortalecer as polícias e o Ministério Público para combater a corrupção e “enquadrar” seus “inimigos”.

Palácio do Planalto/Flickr
Derrotado nas eleições de 2022 Bolsonaro tentará o golpe de Estado, única possibilidade de escapar dos processos que terá de enfrentar

Projeto político de Bolsonaro

O projeto político de Bolsonaro é a implantação de um sistema político e governamental autoritário, uma ditadura fascista que garanta a liberdade para as empresas e a submissão dos trabalhadores; consolidar na legislação valores sociais ultraconservadores e a própria perpetuação dessa ditadura. 

Seu principal instrumento é armar a população, as polícias e as milícias que pretende usar no golpe fascista, que tentará dar em 2022.

Instrumentos desse projeto político são passar competências e recursos da União para os Estados e Municípios; contratar pessoal sem concurso; nomear indivíduos inexperientes e contrários à ação do Estado em cada área; reduzir recursos das entidades e empresas públicas e assim “justificar” sua privatização; controlar o Poder Judiciário pela nomeação de juízes conservadores.

Bolsonaro ofende os Poderes do Estado; acusa seus adversários de serem comunistas, ateus e pervertidos; acusa o sistema eleitoral de fraudulento; acusa o Congresso e o Judiciário de “não deixá-lo trabalhar”; desacredita os juízes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); afirma que “ pessoas desejam matá-lo”, ofende a imprensa e jornalistas, negou a existência e hoje minimiza a covid-19 e ridiculariza os que a temem.

Política externa de Bolsonaro

Na política externa, Jair Bolsonaro revelou e continua a revelar sua admiração pelos governos e líderes de extrema direita; sua devoção irrestrita aos Estados Unidos e sua fiel adesão às posições americanas à época de Trump; sua admiração por Israel; seu antagonismo em relação à China; e segue a orientação de Steve Bannon, o americano ideólogo e articulador da extrema direita nos EUA e no mundo.

Jair Bolsonaro dedicou-se a destruir a política externa brasileira em seus fundamentos. Assim retirou o Brasil da CELAC e da Unasul; participou, com outros Governos de direita, na criação do Prosul; designou um general para integrar o IV Comando Americano; permitiu a presença de tropas americanas em treinamento no Brasil; participou das manobras de golpe de Estado na Venezuela; anunciou a mudança da Embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, em afronta às decisões do Conselho de Segurança da ONU.

Golpe nas Eleições 2022?

Derrotado nas eleições de outubro de 2022 Bolsonaro tentará o golpe de Estado, sua única possibilidade de escapar dos numerosos processos que terá de enfrentar na Justiça pela enormidade e diversidade de seus crimes contra os brasileiros e o Brasil.

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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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