Em reunião com o presidente da Colômbia, Iván Duque, que contou com a presença do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, nesta segunda-feira (20/01), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo aproveitou para atacar o governo de Nicolás Maduro que segundo ele gerou uma crise humanitária com “consequências devastadoras”.
“Maduro foi destrutivo. Podemos ajudar a oposição a continuar se unindo, continuar construindo forças”, disse o secretário em referência ao apoio dos EUA pelo reconhecimento de Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
Em sua conta no Twitter, o Ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, respondeu às afirmações do Secretário Pompeo criticando seu trabalho como ‘marionete’ no país andino. “A @SecPompeo. Ele acha difícil entender que, como marionete, ele e seu trabalho foram um fracasso monumental na Venezuela. Em vez de aceitá-lo e optar pela diplomacia, ele agora se dedica a expor seu fantoche derrotado para o mundo. De qualquer forma… O que mais se poderia esperar?”, escreveu.
A @SecPompeo le cuesta entender que como titiritero, él y su obra fueron un fracaso monumental en Venezuela. En vez aceptarlo y optar por la Diplomacia, se dedica ahora a pasear a su títere derrotado por el mundo. En fin…¿Qué otra cosa se podía esperar? https://t.co/p2EaZgfY62
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) January 20, 2020
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Pompeo está na Colômbia para participar da Terceira Conferência Ministerial Hemisférica de Luta Contra o Terrorismo que acontece no país.
Em seu encontro com Duque, no qual estiveram presentes representantes de 25 países, ente eles o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, em vez de tratar da luta contra o terrorismo, Mike Pompeo preferiu se aprofundar nas questões que envolvem a Venezuela. “O mundo deve continuar apoiando os esforços do povo venezuelano de devolver a democracia e acabar com a tirania de Nicolás Maduro, que tem um impacto não apenas nos venezuelanos, mas em toda a região”, disse o Secretário de Estado dos EUA.
Sobre o mesmo tema, após a reunião com Pompeo, o presidente colombiano reiterou seu apelo por novas eleições na Venezuela. “Essa é a importância do que você e eu falamos hoje, e que tornamos público nos últimos dias: o apelo urgente por eleições livres e críveis na Venezuela”, enfatizou o presidente.
U.S. Department of State / Flickr
Mike Pompeo, Secretário de Estado dos EUA e Iván Duque, presidente da Colômbia
Guaidó deixa Venezuela ilegalmente
Para se reunir com o presidente da Colômbia e o Secretário de Estado dos EUA, Juan Guaidó deixou a Venezuela sem cumprir os requisitos regulares, uma vez que o político está proibido de deixar o país.
A agência de notícias Associated Press (AP) afirma em uma reportagem que “não está claro como Guaidó deixou a Venezuela. Mas é a segunda vez que desafia a proibição de viajar imposta pela corte suprema pró-governamental da Venezuela e atravessa a fronteira em segredo”.
A ida de Guaidó para a Colômbia para participar da Terceira Cúpula Hemisférica de Luta contra o Terrorismo contrasta com a sua relação com o grupo narco-paramilitar “Los Rastrojos”, diz uma matéria publicada pela Agência Venezuelana de Notícias (AVN).
De acordo com a matéria, o vínculo de Guaidó com o grupo é evidenciado por uma série de fotos divulgadas pelo ativista Wilfredo Cañizares que denunciou o traslado de Guaidó por parte dos paramilitares no dia 23 de fevereiro de 2019 para o show Venezuela Aid Live realizado em Cúcuta, no norte da Colômbia.