A Justiça da Venezuela condenou na noite desta sexta (07/08) a 20 anos de prisão dois cidadãos norte-americanos, Luke Denman e Airan Berry, pela tentativa de invasão do país via mar em maio. Os dois respondiam por terrorismo e posse ilegal de armas.
Segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, Denman e Berry teriam confessado participação. “Ditos senhores admitiram ter participado de delitos de conspiração, associação, tráfico ilícito de armas de guerra e terrorismo tipificados no Código Penal: pelos quais foram condenados à pena de prisão de 20 anos e 9 dias. A audiência continua com outros envolvidos.”
A tentativa de invasão aconteceu em 3 de maio. A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), junto com as Forças de Ações Especiais (FAES) da Polícia Nacional Bolivariana, neutralizaram a incursão de um grupo armado que pretendia se infiltrar no país por meio de uma operação chamada “Gideão”. Mais de 30 envolvidos foram presos.
O grupo armado, procedente da Colômbia, havia planejado realizar uma incursão por via marítima, com lanchas rápidas, por meio da costa da região de Macuto, no norte do país, com o objetivo, segundo o governo, de gerar desestabilização. O objetivo era sequestrar o presidente Nicolás Maduro e dar o golpe.
Contrato
A operação foi comandada pela empresa SilvercorpUSA, e um contrato que detalha todo o procedimento foi encontrado – com a assinatura do líder opositor Juan Guaidó.
Juan José Rendón, assessor de Guaidó que vive em Miami, chegou a confirmar à CNN em Espanhol que contratou e pagou de seu próprio bolso a empresa de segurança norte-americana para invadir a Venezuela e raptar as lideranças políticas do governo.
No contrato assinado por Guaidó, Rendón e o norte-americano Jordan Goudreau, diretor da SilvercorpUSA, fica estabelecido o valor que seria cobrado pela operação, bem como os objetivos de derrubar Maduro e instalar um governo presidido pelo opositor.