O histórico plebiscito no Chile, que aprovou neste domingo (25/10), de maneira maciça, a realização de uma nova Constituinte com membros eleitos exclusivamente para tal, teve amplo apoio nas regiões (o equivalente aos Estados, no Brasil) do país.
Em nenhum deles, a opção ‘aprovo’ obteve menos de 66%. Na lanterna, aparece a região de La Araucania, ao sul do país, com 66,84% de votos ‘sim’ à reforma da Constituição. A região com o maior número de votos a favor de uma nova Carta Magna foi Atacama, no Norte, com 86,28%.
Em todo o país, com 98,05% apurados, 78,27% foram a favor do ‘aprovo’, e 21,73%, do ‘rechaço’.
Os dados foram recolhidos na manhã desta segunda (26/10) no site do Servel, o Serviço Eleitoral do Chile. Você pode passar o mouse ou pressionar com o dedo tanto as regiões do mapa, quanto a escala de cores. Se preferir, use os sinais de + e – para aproximar o mapa.
Tipo de Constituinte
Os chilenos também escolheram como seria formada a Constituinte: se com 100% de membros sem mandatos eletivos no momento, ou com 50% de representantes já exercendo algum cargo público.
A vitória da opção “pura” também foi arrasadora. Em todo o país, com 99,81% apurados, 78,99% foram a favor desta alternativa, e 21,01%, contra. Na divisão por Estados, Ñuble, no centro do país, foi a que menos votou na Constituinte 100% nova – mesmo assim, com 72,94%. A região com maior percentual foi, novamente, Atacama, com 85,09%.
Os também são do Servel. Você pode passar o mouse ou pressionar com o dedo tanto as regiões do mapa, quanto a escala de cores. Se preferir, use os sinais de + e – para aproximar o mapa.
Celebração pós-plebiscito
Comemorações tomaram conta do Chile após o fim da votação e aumentaram após o presidente Sebastián Piñera confirmar a vitória do ‘aprovo’.
Imagens da emissora Tele13 mostraram celebrações em Santiago, Valparaíso e Punta Arenas. O Palácio de la Moneda, sede do governo, foi iluminado com as cores da bandeira do país. Na capital, a manifestação acontece na Praça Itália, centro nevrálgico dos protestos que tomaram o Chile desde o ano passado – e que resultaram no plebiscito deste domingo.
Como foi o voto
Cada eleitor recebeu duas cédulas. A primeira cédula tinha a seguinte pergunta: “Você quer uma nova Constituição?”. As opções de resposta eram “Aprovo” (que significava estar de acordo com que se inicie um novo processo constitucional) e “Rechaço” (que significava manter vigente a atual constituição).
A segunda cédula, por sua vez, fazia a seguinte pergunta: “Que tipo de órgão deveria elaborar a Nova Constituição?”. Neste caso, as alternativas eram “Convenção Constitucional” (onde 100% dos integrantes devem ser pessoas sem cargo público eletivo vigente) e “Convenção Mista” (onde 50% dos integrantes também devem ser pessoas sem cargo público eletivo vigente, enquanto os outros 50%, 77 ou 78 membros, seriam deputados e senadores com mandato vigente atualmente).