O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar, neste final de semana, em Doha, no Catar, de um fórum de debates organizado pela rede de TV Al Jazeera. O tema do encontro é “O mundo árabe em transição: o futuro chegou?”.
Lula será um dos principais oradores, ao lado do ministro dos Assuntos Estrangeiros da Turquia, Ahmet Davutoglu, segundo informações do site do evento. O fortalecimento das relações com o Oriente Médio e a África foi uma das prioridades da política externa do ex-presidente.
De acordo com informações de sua assessoria, o ex-presidente vai falar, no domingo (13/03) pela manhã, sobre a transição democrática no Brasil e sobre outros aspectos da democracia no País e no continente americano.
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Nos seminários, que ocorrerão de sábado (12/03) a segunda-feira (14/03), vão ser discutidos assuntos como as mudanças políticas que estão acontecendo no mundo árabe, o papel da mídia nos processos de transformação política e os desafios da cobertura jornalística em zonas de conflito.
Serão debatidos também temas como a atuação dos jovens nos protestos ao redor do mundo árabe, o uso das redes sociais, a questão palestina, a política norte-americana para o Oriente Médio, entre outros. Vão participar lideranças políticas, sociais, jornalistas e acadêmicos.
Durante seu governo, Lula buscou inserir o Brasil na mediação de conflitos na região, especialmente nas negociações de paz entre israelenses e palestinos e na assinatura, junto com a Turquia, de um acordo sobre o programa nuclear iraniano, esforço que não impediu a imposição de mais sanções ao Irã pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O ex-presidente visitou vários países do Oriente Médio e Norte da África durante seus dois mandatos, alguns deles mais de uma vez. Além da ofensiva diplomática, o governo se empenhou na promoção de cooperação técnica e do comércio.
Responsável pela política externa do governo Lula, o ex-chanceler Celso Amorim participou na semana passada de um evento semelhante, também organizado pela Al Jazeera, em Doha.
De acordo com matéria publicada no site da emissora em inglês, Amorim disse que a experiência do Brasil, na transição da ditadura militar, que durou de 1964 a 1985, para a democracia, pode ser útil para outros países, inclusive para nações árabes que passam por mudanças de regimes.
“Quem pensaria que um intelectual, um metalúrgico e uma revolucionária se seguiriam a uma ditadura militar”, disse ele, segundo o site, referindo-se, respectivamente, aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula e à atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
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