Acidente nuclear é avaliado em nível 4 e coloca Japão em alerta
Acidente nuclear é avaliado em nível 4 e coloca Japão em alerta
A explosão ocorrida na manhã deste sábado (12/03) em usina nuclear da província de Fukushima, no nordeste do Japão, resultou em um acidente nuclear classificado como nível 4 pela Nisa (Agência de Segurança Nuclear e Industrial) japonesa.
Pela Ines (Escala Internacional de Eventos Nucleares), segundo a qual os acidentes desse tipo variam do nível 0 (quando não há nenhuma anomalia) ao nível 7 (acidente grave), a falha no sistema de refrigeração de um dos reatores da usina japonesa corresponde a um acidente com consequências de alcance local.
Assim mesmo, o vazamento de material radioativo em Fukushima já está sendo noticiado como o mais grave da história do Japão e o pior desde a catástrofe ocorrida em 1986 na usina ucraniana de Chernobil, avaliada como de nível 7 da Ines.
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Especialistas temem que, com o sistema de refrigeração com problemas, um possível aquecimento do reator da Usina Fukushima provoque um processo de fusão do combustível usado no reator, o que elevaria a temperatura, gerando gases que poderiam não ser contidos pelo edifício de concreto que abriga o reator, cujo recipiente é feito de aço, pois ainda não se sabe ao certo o quanto a estrutura foi danificada pelo terremoto de 8.8 graus de magnitude ocorrido na sexta-feira (11/03).
Ontem mesmo, o governo japonês já havia informado que os níveis de radiação dentro da usina Fukushima 1 haviam aumentado quatro mil vezes. No portão da usina, a radiação aumentou oito vezes. Esta manhã, as autoridades japonesas admitiram que material radioativo como césio e iodo radioativos vazou do interior da usina.
Após avaliar a situação e descartar outras soluções, o governo anunciou que vai usar água do mar misturada a ácido bórico para tentar contornar o problema. Além disso, doses de iodo serão distribuídas entre a população a fim de prevenir o câncer de tireóide, uma das doenças que mais afetou às pessoas expostas a radiação de Chernobil.
Por precaução, cerca de 45 mil pessoas tiveram que deixar a região, onde só permaneceram equipes de resgate e especialistas que avaliam o grau de contaminação e o comprometimento da usina. A zona de segurança, a princípio de 10 quilômetros, foi ampliada para 20 quilômetros.
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Maioria dos norte-americanos apoia restrições a armas, diz pesquisa
Levantamento foi realizado após massacre em escola do Texas que ocorreu em 24 de maio
Uma pesquisa divulgada na última quarta-feira (25/05) aponta que a maioria dos americanos quer leis mais rígidas sobre armas de fogo.
A sondagem foi realizada pelo instituto Ipsos para a agência Reuters e chega na esteira do massacre em uma escola de Uvalde, no Texas, que deixou 19 estudantes e dois professores mortos na última terça (24/05).
O ataque foi cometido pelo jovem Salvador Ramos, que comprara as armas legalmente após ter completado 18 anos de idade.
De acordo com a pesquisa, 84% das pessoas defendem a checagem de antecedentes na venda de qualquer tipo de armas de fogo, enquanto 70% são favoráveis a leis que permitiriam o confisco de armamentos de indivíduos considerados como ameaça à segurança pública.

Fibonacci Blue/Flickr
Protesto pelo controle de armas em Minnesota, nos EUA, em 7 de março de 2018
Além disso, 72% apoiam o aumento da idade mínima para comprar armas de 18 para 21 anos. Por outro lado, apenas 35% dos entrevistados disseram estar confiantes de que o Congresso vai tomar medidas para restringir o acesso a armas.
A sondagem também mostrou que 54% das pessoas acreditam que portar uma arma é a melhor maneira de se proteger de um tiroteio, enquanto 45% apoiam que professores e funcionários de escolas básicas andem armados.
No próximo dia 11 de junho, a capital Washington deve ser palco de um grande protesto em defesa da restrição do acesso a armas de fogo, convocado pelo movimento March for Our Lives (Marcha pelas Nossas Vidas), fundado em 2018, após o massacre que deixou 17 mortos em uma escola de Parkland, na Flórida.