Iossif Vissarionovich Djougachvili, conhecido como Joseph Stalin, é eleito em 3 de abril de 1922 secretário-geral do Partido Comunista Bolchevique por ocasião do XI Congresso do Partido em Moscou.
Ex-comissário político junto às forças armadas, Stalin, “o homem de ferro”, era apoiado por Lênin no início, o que mudou meses mais tarde após essa eleição. Em 1929, cinco anos após a morte de Lênin, Stalin viria ser o chefe inconteste da União Soviética, e permaneceria no poder até sua morte em 1953.
Secretário-geral do Partido Comunista era o título do máximo responsável pelo Secretariado do Comitê Central. Durante os primeiros anos da União Soviética, o cargo foi exercido pelos membros do Secretariado do Comitê Central: Iakov Sverdlov, Nikolai Krestinsky, Elena Stasova e Viatcheslav Molotov. Tratava-se, no entanto, apenas de um cargo administrativo. A direção, de fato, era exercia por Lênin.
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Churchill, Roosevelt e Stalin (da esq. para a dir.) na Conferência de Yalta, em 1945
Isso mudou quando Stalin tornou-se líder indiscutível do Politburo do Comitê Central. Ao completar 50 anos, em 1929, Stalin havia conseguido fazer do secretário-geral a principal função política na União Soviética. Era, ao mesmo tempo, líder do Partido, chefe de Estado e de governo. Poucos políticos ampliaram seu poder de forma tão despercebida como Stalin.
No início de 1922, era pouco conhecido na Rússia. Lênin criticava a lentidão do processo pós-revolucionário e sugeriu ao Politburo a escolha de um secretário-geral para coordenar as atividades no partido. Stalin foi candidato único. Suas responsabilidades eram mais burocráticas que políticas. Os destacados bolcheviques da época viam nisso uma tarefa incômoda.
Todos se viam como grandes teóricos e pensadores. Não acreditavam que as ambições de Stalin os afetassem. Entretanto, foi conquistando espaço, paulatinamente. Dois meses depois da eleição de Stalin, Lênin sofreu seu primeiro derrame cerebral e o secretário-geral foi incumbido pelo partido de preparar uma nova Constituição, que ligasse mais a Federação das Repúblicas Socialistas a Moscou, mas mantivessem suas identidades próprias.
Leia mais:
1953 – Kruchev é escolhido para o Secretariado do Partido Comunista
1945 – Conferência de Yalta pressagia a Guerra Fria
Hoje na História: 1943 – Forças soviéticas rompem o cerco a Leningrado
Hoje na História: 1939 – É assinado o pacto Molotov-Ribbentrop
Enquanto se recuperava de um segundo derrame, sugeriu em seu testamento político que os companheiros encontrassem uma maneira de substituir Stalin. “Proponho aos camaradas a refletir uma maneira de substituir Stalin desse posto e nomear em seu lugar um homem que, sob todos os aspectos, possa se distinguir do camarada Stalin por uma superioridade, ou seja, que seja mais paciente, mais leal, mais polido e mais atencioso aos demais camaradas”.
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Em 1936, o então secretário-geral Stalin conversa com Nikita Kruchev, que assumiria o cargo pouco após sua morte, em 1953.
Isso não chegou a acontecer, pois Lênin não se recuperou do quarto derrame, morrendo em janeiro de 1924. Nos funerais de Lênin, ficou claro que Stalin ascendera à principal figura política na Rússia, conseguindo afastar seu principal crítico, Leon Trotski.
Em 1941, pouco antes da invasão nazista, foi nomeado formalmente chefe do governo, assumindo oficialmente a liderança absoluta do país. O próprio Stalin propôs abolir o cargo em dezembro de 1927, depois do XV Congresso do Partido. A proposta foi, porém, rechaçada. Contudo, após o XVII Congresso, não foi nomeado nenhum secretário-geral e o cargo deixou de facto de existir. Desde 1934, Stalin assinava os documentos simplesmente como Secretário do Comitê Central, até a sua morte em 1953.
Outros fatos marcantes da data
1862 – Escritor francês Vitor Hugo publica “Os Miseráveis”
1865 – Na Guerra de secessão dos EUA, os Unionistas conquistam a cidade de Richmond dos Confederados.
1917 – Lênin volta à Rússia do exílio e dá início à liderança bolchevique na Revolução Russa.
1948 – Presidente Harry Truman, dos EUA, assina o Plano Marshall
Após a morte de Stalin, com a reestruturação do Comitê Central e do Politburo, Georgi Malenkov foi incluído no Secretariado ao ser nomeado primeiro-ministro. A queda de Malenkov permitiu que Nikita Kruchev assumisse o cargo de primeiro-ministro e poder, desse modo, consolidar a sua posição dentro do Secretariado. Em 7 de setembro, Khruchev foi designado como primeiro-secretário do Comitê Central.
No plenário do Comitê Central de 8 de abril de 1966, Leonid Brejnev foi nomeado secretário-geral, retomando a linha de concentração de cargos. Após Brejnev, o seguinte secretário-geral foi Mikhail Gorbachev. Renunciou ao seu cargo em agosto de 1991, após um golpe de Estado, sendo substituído por Vladimir Ivashko durante cinco dias, até o fim das atividades governantes do Partido Comunista da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas no dia 29 daquele mês.
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