O candidato da coligação de esquerda Ganha Peru, Ollanta Humala, consolidou-se no primeiro lugar das intenções de voto para a Presidência peruana, segundo as últimas pesquisas divulgadas neste fim de semana pelos quatro principais institutos do país andino. Este domingo (03/04) é o prazo final segundo a justiça eleitoral peruana para a divulgação de resultados de pesquisas de opinião e de debates televisivos.
O primeiro turno da eleição será disputado daqui a uma semana (10/04) e, pelos prognósticos anunciados até agora, promete ser muito acirrado, já que cinco candidatos aparecem com possibilidades reais de passar para o segundo turno. As informações são da versão online do jornal El Comercio.
De acordo com as pesquisas, o quadro mais provável é que Humalla, que se encontra em fase de ascensão e lidera em todos os levantamentos, disputaria o segundo turno, marcado para 5 de junho, com o ex-presidente Alejandro Toledo, que chegou a liderar com folga até o início de março.
Leia mais:
Humala amplia diferença para segundo colocado, mostra pesquisa no Peru
Partido de filha de Fujimori deve ter maioria no Congresso peruano
Esquerda peruana assina acordo de unidade política
Fujimori coordena campanha política da filha diretamente da prisão, revela jornal
Neonazismo no Peru: movimento racista poderá participar de eleições em 2011
Humala, Keiko Fujimori e Toledo lideram pesquisas pré-eleitorais no Peru
Em debate morno, candidatos à Presidência do Peru prometem fim da violência e da desigualdade social
O candidato da coligação Peru Possível está em segundo lugar em quatro pesquisas, mas muito próximo de Keiko Fujimori, da Força 2011, de apenas 35 anos, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, que se encontra preso.
Neste sábado (02/04), o instituto IMA deu o primeiro lugar para Humalla com 26,1%. É onde Toledo, em segundo, obtém seu melhor resultado, com 22%, em que a margem de erro de dois pontos não o colocaria na situação de empate técnico.
Keiko aparece em terceiro, com 17,8%, seguida pelo ex-ministro da Economia e neoliberal Pedro Pablo Kuczynski, que encabeça a coligação Aliança pela Grande Mudança, com 15,7% e também está em ascensão. Por fim, o ex-prefeito de Lima Luis Castañeda, da Solidariedade Nacional, com 11,9%. Castañeda já chegou a aparecer em segundo lugar, mas caiu muito no último mês e aparece em quinto em todas as sondagens.
Neste domingo (03/04), outros três institutos consolidaram a tendência de crescimento e liderança de Humalla. O Ipsos Apoyo o coloca com 27,2%, seguido por Keiko (20,5%), Toledo (18,5%), Kuczynski (18,1%) e Castañeda (12,8%).
O CPI indicou o melhor desempenho do progressista, que lidera com 28,5%. Toledo (19,6%) é seguido de perto por Keiko (19,1%) e Kuczynski (17,8%). Castañeda apareceu com 14%.
Por fim, o Imasen aponta: Humalla (25,1%), Toledo (20,4%), Keiko (18,1%), Kuczynski (16,3%) e Castañeda (11,9%).
Ainda esta noite, a Datum divulgará o resultado de seu último balanço. Na sexta-feira (01/04), ela divulgou um levantamento em que Humala teria crescido quatro pontos percentuais, somando 21,4% da preferência. Neste levantamento, Toledo aparece em terceiro, com 17,4%, praticamente empatado com Kuczynski (17,5%) e Keiko Fujimori (16,4%). Luis Castañeda obteve 12,6% dos votos.
Polêmicas
Como já havia ocorrido na eleição anterior, vencida por Allan García, o militar aposentado Ollanta Humala é acusado de ter ligações com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, criticado por meios de comunicação e dirigentes de partidos conservadores no Peru. Humala declarou recentemente não ter qualquer ligação com o mandatário da Venezuela, pedindo inclusive para que ele pare de intervir em sua campanha eleitoral.
Na última sexta-feira, o presidente chileno, Sebastián Piñera, afirmou que, caso Humala seja o vencedor no Peru, a relação entre os dois países iria mudar completamente. Entretanto, evitou fazer mais comentários e disse que “não poderia interferir na eleição” peruana.
Até o início da segunda metade de março, Humala amargava o terceiro ou quarto lugar nas pesquisas, somando por volta de 15%. Toledo e Castañeda caíram muito e não conseguiram recuperar-se desde então. Keiko manteve-se estável, sempre entre 17 e 18%. E Kuczynski é outra grande surpresa, pois até o início do mês não alcançava os 10%.
Uma das poucas chances possíveis para os candidatos alterarem o quadro atual é último debate televisivo, realizado na noite deste domingo e que pode ser acompanhado ao vivo neste link.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL