Portugal pediu nesta quarta-feira (06/04) ajuda a União Europeia para sair da crise financeira que o país enfrenta. Nesta tarde, o primeiro-ministro português, José Sócrates, afirmou que “não há outra alternativa” e lembrou que tentou evitar até o último momento esta decisão
“Estou firmemente convencido, depois de avaliadas todas as alternativas, que a situação tenderá a agravar-se ainda mais se nada for feito. Julgo que chegamos ao momento em que não tomar essa decisão (de recorrer à ajuda externa) causaria riscos que o país não deve correr. O governo decidiu dirigir à União Europeia um pedido de ajuda financeira, afirmou em discurso transmitido pela TV em rede nacional.
Para ele, o agravamento da crise financeira se tornou uma “ameaça para a economia”, se comprometendo a a tentar negociar as condições menos difíceis para os portugueses.
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O premiê, porém, não especificou se a ajuda terá o apoio do Fundo Europeu de Estabilização Financeira ou se será negociado um programa de ajuste nos moldes do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Mais cedo, o FMI divulgou um breve comunicado em que se disse pronto para para colaborar com o país se for necessário. Portugal é terceiro país da União Europeia, depois de Grécia e da Irlanda, a manifestar interesse em receber ajuda financeira do bloco.
Oposição
A principal legenda opositora de Portugal, o PSD (Partido Social Democrata), também havia antecipado seu apoio ao governo socialista interino no pedido de ajuda financeira à União Europa (UE) porque se trata de “uma medida de apoio” que contribui para a segurança nacional.
Em declaração à imprensa, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou tardia a solicitação de ajuda.
“O pedido de ajuda que foi realizado hoje não deve ser encarado pelo país como o fim do mundo ou um ato de desespero e sim como um primeiro passo para não ocultar a realidade e enfrentar nossos problemas com dignidade”, justificou o líder do partido.
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