A Justiça dos Estados Unidos considerou nesta sexta-feira (08/04) o cubano nacionalizado venezuelano Luis Posada Carriles, ex-agente da CIA, inocente no processo que o acusa de mentir para autoridades de imigração. As informações são da agência Telesur e do site Cubadebate.
Após um julgamento de mais de três meses no Texas, a juíza Kathleen Cardone rejeitou o pedido de extradição de Posada Carriles feito pela Venezuela ao absolvê-lo de culpa nos onze processos aos quais respondia nos EUA, onde é acusado de fraude, obstrução de processos, omissão de informações, falsas declarações no pedido de asilo político e falsidade ideológica.
“Isso demonstra que, nos EUA, a dramatização pesa mais que as provas. Montaram um tremendo teatro e conseguiram persuadir o júri. Sequer mostraram todas as provas que existiam por determinação da própria juíza”, afirmou o representante legal da Venezuela no pedido de extradição, José Pertierra.
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Para o representante, era “obrigação” dos EUA extraditar Posada Carriles para Caracas, onde ele responderia por 72 processos de homicídio qualificado em que é acusado na Venezuela.
A solicitação da extradição foi feita há seis anos pelo governo de Hugo Chávez, que garantiu que “continuará insistindo para que se faça justiça”. “Agora esperamos que os EUA pelo menos levem a sério as solicitações feitas pela Venezuela e façam aquilo que exigem os tratados internacionais”, disse Pertierra.
Acusações
Entre as acusações pelas quais Posada Carriles foi inocentado, estavam um falso testemunho sobre os ataques a hotéis em Havana em 1997 e a participação no mesmo ataque, que matou o turista italiano Fabio di Celmo, de 32 anos.
Além disso, autoridades cubanas garantem que o cubano nacionalizado venezuelano participou dos ataques explosivos a instalações turísticas de Cuba em 1997 e 1998 e de ter maquinado a explosão de um avião comercial da companhia Cubana de Aviación, em 1976, um ataque que matou todos os 73 passageiros e tripulantes da aeronave, um DC-8 que voava de Barbados à Jamaica.
Durante os meses de julgamento, aberto no dia 10 de janeiro, pelo menos 130 pessoas prestaram depoimentos. Relatórios elaborados por autoridades cubanas e venezuelanas também serviram como provas, mesmo assim, o ex-agente da CIA foi declarado inocente.
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